Carnifex - Slow Death
 10 Faixas - Shinigami Records - 2016

    Dois anos após o lançamento do aclamado álbum Die Without Hope de 2014, o quinteto de Deathcore Carnifex, que teve sua formação em San Diego na Califórnia nos Estados Unidos no ano de 2005 está de volta com o seu sexto álbum de estúdio, cujo título é Slow Death, que foi composto no ritmo da banda, sem se preocupar com prazos.

    Desta maneira Scott Ian Lewis nos vocais, Jordan Lockrey e Cory Arford nas guitarras, Fred Caldero no baixo e Shawn Cameron na bateria gravaram Slow Death no Audiohammer Studios em Sanford na Flórida entre 15 de fevereiro a 15 de março de 2015 junto a Jason Suecof ( que entre outros, já trabalhou com Death Angel, Chelsea Grin e Job For A Cowboy ). Os processos de mixagem e masterização são assinados por Mark Lewis ( responsável por álbuns do The Black Dahlia Murder, Whitechapel, Devildriver e Deicide ), a capa é da Godmachine e o layout é do nosso Marcelo Vasco ( que desenhou as capas do Slayer, Machine Head, Krisiun e tantos outros ).

    A introdução sombria, sinistra e melancólica presente em Dark Heart Ceremony abre o cd com o quinteto disparando o seu Deathcore urrado de andamento mais arrastado e fornecedor de doses extremas de peso em sua parte instrumental, porém, eles incluíram também alguns trechos melódicos com solos mais longos em uma mescla interessante. Para a faixa título, a Slow Death, o Carnifex já entra para arrebentar com uma faixa técnica e cadenciada, onde novamente os vocais de Scott Ian Lockrey estão urrados e exalando muita fúria a cada verso, sendo que dá para perceber o desejo da banda em nos mandar um som esmagador. Entretanto, o quinteto soube adicionar trechos melódicos na canção a deixando ainda mais interessante, mas lógico, sempre naquela pegada infernal.

    Antes que comece a aniquilação de Drown Me In Blood temos um breve momento calmo e depois o caos raivoso do Carnifex é desferido sem piedade nesta mistura insana de Death Metal com o Metalcore, que aparece através de muitos urros em um ritmo cadenciado e com algumas linhas melodiosas. Ao elevar o nível da destruição reinante neste Slow Death, o Carnifex apresenta a matadora e mais cadenciada Pale Ghost, onde além de todos os seus vocais guturais temos o produtor Jason Suecof no solo de guitarra nesta que é a mais "animal" até aqui.

    Sempre extremas, as canções não apresentam tantas  modificações em suas execuções, porém, conseguem tornarem-se mais coléricas uma após a outra... e em Black Craddles Burning, a fúria latente de seus urros é sentida junto ao seu andamento obscuro e cadenciado.

    Consistindo de uma base melódica ao fundo, o quinteto continua a sua "exterminação sonora" com Six Feet Closer To Hell, que apresenta variações em alguns pontos, mesmo diante do constante massacre estrondoso feito pelos norte-americanos. Para Necrotoxic eles aceleram o ritmo provocando um estilo devastador com vocalizações expelindo muito ódio em cada verso de sua letra ao serem pronunciados por Scott Ian Lewis.

    Os dedilhados mais calmos de Life Fades A Funeral, uma canção instrumental permitem que possamos respirar e apreciar a nova participação de Jason Suecof na guitarra, pois, sabemos que isso não vai durar muito e que o avassalador Deathcore do quinteto voltará a imperar, como é o que acontece assim que Countess Of The Crescent Moon, a nona faixa de Slow Death, entra sem misericórdia com solos de guitarras fulminantes com a presença de Sims Cashion em meio aos urros furiosos. Para o término do cd nada melhor que uma faixa assombrosa, urrada ao máximo e com um andamento devastador, como é o caso de Servants To The Horde, que o quinteto não economizou em suas doses gigantescas de raiva a cada instante.

    Para os amantes das sonoridades mais extremas de nomes este Slow Death do Carnifex mostra como um dos mais aterrorizantes álbuns do ano de 2016. Se este tipo de trabalho se adéqua entre os seus preferidos, então mergulhe de cabeça neste lançamento da Shinigami Records.
Nota: 8,0.

Sites: http://www.carnifexmetal.com/ e www.facebook.com/CarnifexMetal.

Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2017

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