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Destruction -
Thrash Anthems II
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A primeira pedrada é a Confused Mind do Eternal Devastation de 1986, que chega aos dedilhados e depois inflama-se em um Thrash Metal rápido e esmagador em que é impossível não ser contagiado com tamanha adrenalina exposta pelo trio, que é vocalizada de forma intensa por Schmier. Do EP Sentenced Of Death de 1984 foi escolhida a dilacerante ( e clássica ) Black Mass, um Thrash vigoroso em que os solos de guitarra feitos por Mike ditaram ( e ditam até hoje ) o caminho da canção, que é vocalizada com toda a crueza por Schmier liberando seu rolo compressor sonoro cravado pelos alemães em um ritmo frenético. Sem diminuir o peso e muito menos a rapidez, Front Beast do Cracked Brain de 1990 vem para cima desferindo suas pancadas sonoras, que são executadas com a tradicional precisão germânica nos convidando para abrir uma roda.
O melhor de nomes como o Destruction é que eles não param de fulminar nossos ouvidos por nada e Dissastified Existence - gravada no Release From Agony de 1987 - sentimos isso acontecer a cada eletrizante solo de guitarra tocado por Mike e também na fervorosa cozinha de Vaaver e Schmier, sendo que este último canta com uma fúria simplesmente insana. United By Hatred - gravada originalmente no Eternal Devastation - traz solos mais Heavy Metal, que seguem por linhas cadenciadas, cujas letras narram sobre as batalhas entre os romanos e os alemães através de acelerações marcantes na junção instrumental com os vocais, que nos fazem desejar socar o ar e ir para a roda novamente. Sem pestanejar, o Destruction nos expõe a The Ritual do Infernal Overkill, que é datada de 1985 com suas massacrantes linhas Thrash, que são obtidas na guitarra de Mike e na bateria de Vaaver em vocais ásperos, que trazem uma letra blasfêmica em que recomendo uma atenção especial aos solos de guitarra.
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Ao retonar ao Cracked Brain, os alemães enviam uma música cadenciada com a Rippin' You Off Blind, que se torna um incontrolável Thrash encorpado, que amplia seus domínios a cada evolução dos solos de guitarra e dos toques na bateria do jeito que apreciamos, onde facilmente seu refrão berrado nesta versão por Schmier voltará a sua memória. A última do tracklist normal aparece após gritos agonizantes e percorre a linhagem exterminadora do Destruction, pois, Satan's Vengeance do Release From Agony pode ser comparada a uma metralhadora .50 em ação ao disparar suas poderosas notas por todos os lados e em velocidade terminal. Como bônus temos a versão do trio para Holiday In Camboja dos Punks do The Dead Kennedys, que ficou obviamente mais raivosa e mais pesada, porém, manteve suas origens.
Como temos só clássicos matadores dos álbuns dos anos 80 do Destruction... dizer que Thrash Anthems II é um disco excelente e cativante o tempo todo é quase que uma redundância, pois, o fã já sabe disso há décadas, porém, a 'joia da coroa' aqui é poder conferir a produção mais limpa que nos anos 80 e o poder de fogo deste line up ao regravá-las. Enfim, um tributo ao melhor do Destruction feito pelo próprio Destruction, que ainda serve para muitos garotos novos descobrirem porque o trio é um dos melhores e mais renomados do Thrash Metal Teutônico.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2018
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