Além de Shagrath
nos vocais, Silenoz na guitarra e
Galger na guitarra, neste show o Dimmu Borgir contou com Cyrus
( Susperia )no baixo,
Gerlioz nos teclados ( ex-God Seed e ex-The
Kovenant ) e Daray ( ex-Vader ) na bateria, além do maestro
Rune Halvorsen conduzindo a Norwegian Radio Orchestra & Choir. A masterização é de
Chris Sansom e foi realizada no Propeller Mastering em outubro de 2016, enquanto
que a sombria capa é de Joachim Luetke, Florian Gintenreiter e
Hannes Valtiner.
A abertura em tons
épicos, porém sinistros, ocorre com Xibir em uma atuação marcante
da orquestra e do coro, que trazem rapidamente a participação do público,
que se liga na pesada, rápida e devastadora Born Treacherours,
onde eclodem os vocais aterrorizantes e urrados de Shagrath, que graças a
presença do coro ficaram ainda mais sombrios e é nas modificações de andamento
que notamos o vigor deste mortífero Black Metal. Em poucas palavras, o vocalista
anuncia Gateways e seu infernal ritmo e coro trazem Shagrath urrando
os versos em um ambiente cadenciado, que recebem a participação de Agnete
Kjølsrud em alguns trechos no levando a ares mais dramáticos entre a
destruição apresentada neste início.
Para a canção que empresta seu nome a
banda, a Dimmu Borgir temos duas versões deste clássico do
Abrahadabra na sequencia, primeiro uma só com a Norwegian Radio Orchestra & Choir dotada de
uma singela beleza em sua condução instrumental e logo depois, a
segunda com a
presença dos músicos do Dimmu Borgir conferindo o seu Black Metal mais
melódico através dos vocais agressivos de Shagrath, que em determinadas
partes conta com a interação da galera.
Logo na abertura do segundo cd temos
os portões do inferno escancarados com Vredesbyrd, onde Shagrath exala seus
vocais rasgados nesta composição, que alterna trechos mais
pesados com outros melódicos. Para a seguinte, o vocalista convoca a
participação dos fãs e grita o título da música, que é a Progenies Of The
Great Apocalypse, que prossegue com esta impetuosa apresentação do Dimmu Borgir, que somente nas intervenções feitas pelo coro e pelo grandioso
fundo da orquestra se tornam mais suaves em mais duas canções do Death
Cult Armageddon.
Em seguida temos The Serpentine
Offering, que foi registrada no cd In Sorte Diaboli de
2007, onde percebemos que mesmo com o seu
andamento devidamente firmado no Black Metal, a aliança com a orquestra
elevou o elo maquiavélico que a música nos envia tanto que os versos cantados pelo coro
nos lembram de um ritual profano. Fear And Wonder do Puritanical
Euphoric Misanthropia de 2001 foi outra em que apenas
tivemos a atuação do coro e da orquestra nos transportando para outro lugar
produzindo sensações emocionantes, sendo importante frisar que o Dimmu
Borgir acertou em deixa-los comandar estas faixas teoricamente mais
instrumentais.
As uniões de
grandes nomes do Rock
Progressivo, Hard Rock, Heavy Metal e Thrash Metal com orquestras sempre se
provaram excelentes e agora com este Forces Of The Northern Night - Live At Oslo Spektrum
do Dimmu Borgir temos a certeza que o Black Metal também pode
fundir-se com uma orquestra e um coro como o Schola Cantorum sem perder suas características mais
tenebrosas. Além da versão em cd lançada pela Shinigami
Records, existe também o DVD, que a julgar pelas fotos do encarte,
percebemos que o vídeo é tão grandioso quanto o cd e possivelmente mais
magnífico satisfazendo os fãs que esperaram seis longos anos colocarem as
mãos neste álbum.
Nota: 8,5.
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