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E é com os acordes épicos e com versos falados em alemão no texto do cientista Albert Eisten na voz de Marlin Wick, que Sehnsucht abre com sua harmonia positiva e mais sinfônica este Armageddon, que segue ainda neste idioma em Erwachen, só que agora com os vocais encorpados de Robert "Robse" Dahn que estão praticamente urrados, de certa forma contrastando com o clima medieval deveras melódico proposto pelo Equilibrium se tornando bastante cativantes com breves dedilhados do baixista Makki e um ritmo mais pesado, porém, excelente. Na sequencia temos as melodias singulares de Katharsis, que começam teoricamente calmas até se alternarem com linhas mais cadenciadas, onde destaco os solos de guitarras de Dom R. Crey e René Berthiaume, além seu pomposo ritmo repleto de vocais mais agressivos.
Detentora de um ritmo melodioso envolvente, que recebem as flautas de Christoph Wellm, Robert Leuschner, Martin Hahn e Sebastian Fauth em meio a vocais menos urrados, a quarta faixa de Armageddon Heimat apresenta uma jeito mais próximo a um Gothic Rock sendo bem saborosa de se apreciar e conta com mais uma outra convidada, Jenny Böhm nos vocais femininos alimentando ainda mais a vibração da canção. A primeira e uma das únicas com versos em inglês é a mais épica e agressiva até aqui, pois, Born To Be Epic conta com algumas viradas de efeitos diferentes, que combinaram com essa linhagem medieval do quinteto. A furiosa Zum Horizont percorre os trilhos do Power Metal com vocais urrados, porém, daqueles que são possuidores de variações interessantes em seu decorrer deixando a canção mais intrigante e levando o ouvinte para dentro de seu universo, inclusive, produzindo uma vontade de dançar em seus trechos mais voltados ao Folk.
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O interlúdio voltado ao Gothic Metal chamado Koyaaniskatsi conta com a voz de Hans-Jörg Karrenbrock lendo o texto de Stefan Hertrich em uma ótima harmonia mais tranquila e pomposa, graças aos teclados tocados por René Berthiaume e aos demais músicos da banda em seus respectivos instrumentos. No final de Armageddon temos o início melancólico de Eternal Destination, que torna-se mais robusto e com vocais raivosos em um andamento cinematográfico, porém, cadenciado, que se conectam aos trechos falados de Charly em uma virada mais viajante, que é implodida em seu final, notadamente mais destruidor em uma letra que critica a humanidade e o que esta faz com o Planeta Terra.
A mistura de elementos de seu Folk Metal/Epic Metal, vocais urrados, letras na sua maioria em alemão e um andamento por vezes instigante fazem deste Armageddon um álbum a ser diluído em várias sessões de audição e uma oportunidade concedida pela Shinigami Records de conhecer uma inspirada banda germânica que não é de Thrash Metal ou Power Metal como é o caso do Equilibrium.
Nota: 9,0.Sites: www.equilibrium-metal.net ou www.facebook.com/equilibrium.
Por Fernando R. R. Júnior
Março/2017