|
Eternal Idol -
Renaissance
|
Com toda a pompa e circunstância que os italianos que tocam Metal Melódico aplicam em suas canções, Into The Darkness abre o cd com ótimas variações instrumentais e Fabio Lione liberando ótimas evoluções de sua voz junto aos vocais líricos de Claudia Layline. Interessante de se mencionar também nesta primeira canção de Renaissance é que a inclusão de trechos dramáticos amparados nos toques no piano para os vocalistas duelarem e exporem suas habilidades nos vocais, que pouco depois retornam ao seu refrão concedendo uma climatização maior à música. Depois temos Black Star, uma composição cadenciada e de ares modernos com uma ótima atuação dos vocalistas te envolvendo à maneira que cantam seus versos em que saliento os solos de teclados feitos pelo convidado Giulio Bogoni. Para Dark Eclipse somos expostos à uma faixa mais calma onde tanto Fabio Lione quanto Claudia Layline expressam suas vozes com muita emoção em um ritmo que me lembrou um Gothic Rock e nos capturando com ele.
A quarta de Renaissance é Whitout Fear e logo em suas primeiras notas sentimos um mergulho no Metal Sinfônico acontecer com o andamento que nos é apresentando, sendo que Fabio Lione canta totalmente à vontade com seu conhecido carisma e enfatizo também os ótimos solos realizados pelo guitarrista Nick Savio, além do momento épico em que Claudia Layline canta exalando muito feeling suas partes em que notei influências do Angra.
|
|
A penúltima de Renaissance é Lord Without Soul, onde além de seus ares modernos, os italianos nos fizeram perceber o brilho de Claudia Layline logo em seu princípio e também as intervenções providenciais de Fabio Lione diante de um bom ritmo instrumental com um pé no Gothic Rock, feito para relaxar e apreciá-lo de olhos fechados. Aos dedilhados e vocais suaves, o disco fecha com sua canção título, a longa Renaissance, que te cativa graças à entrega dos italianos à sua melodia e aos seus versos até conferirem suas partes melódicas e mais rápidas se elevando consideravelmente o seu potencial transformando-a na melhor canção do cd. Aliás, o Eternal Idol se superou nesta última faixa com a adição de várias camadas no seu decorrer, ora mais calmas, ora mais viajantes e ora mais robustas.
A pergunta que me faço ao finalizar esta resenha é... Renaissance cumpriu a missão de ser um dos melhores discos do ano anterior? Não, porém, mesmo assim como em sua maior parte se trata de um trabalho bastante calmo, sinfônico, de flertes com o Gothic e por muitas vezes viajante, além de contar com vocais de um dos mestres do Metal Melódico italiano... posso dizer que é muito bom sim e que sua audição é deveras necessária nestes tempos tão obscuros que vivemos para esquecermos um pouco desta realidade absurda que estamos. Em suma, quem aprecia cada uma das bandas que Fabio Lione já colocou sua icônica voz, quem aprecia Symphonic Metal e quem adora bandas com vocais femininos duelando com os masculinos pode ouvir em alto e bom volume nomes como o Eternal Idol e especificamente, este álbum.
Nota: 8,5.Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2021
|
|
|