Eternal Idol - Renaissance
10 Faixas - Shinigami Records/Frontiers Records - 2021

    A banda italiana Eternal Idol teve origem na cidade de Vincenza no final de 2015 e em 2020 lançou o seu segundo álbum de estúdio nomeado como Renaissance, sendo que sua formação atual está renovada com Fabio Lione ( Rhapsody e Angra ) e Claudia Layline dividindo os vocais, Nick Savio ( Hollow Haze ) na guitarra, Andrea Buratto ( Secret Sphere  e Hell In The Club ) no baixo e Enrico Fabris na bateria enquanto que os teclados foram comandados pelo convidado Giulio Bogoni.

    As letras ficaram à cargo de Fabio Lione e Nick Savio cuidou da composição musical e dos arranjos orquestrais para Renaissance, que foi  gravado no Domination Studio em San Marino entre setembro de 2019 a janeiro de 2020 com os processos de mixagem e masterização feitos por Simone Mularoni ( DGM e Sunstorm ) enquanto que a produção tem a assinatura de Fabio Lione e Nick Savio.

    Na capa temos uma mulher renascendo em uma grande cidade, que foi desenhada por Stan-W Dekero e o objetivo do Eternal Idol com este Renaissance é de trazer aos fãs do Metal Melódico e Sinfônico um dos melhores discos lançados no ano anterior ( que por aqui saiu em 2021 graças a parceria da Shinigami Records com a Frontiers Records ) superando o seu predecessor chamado The Unrevealed Secret de 2016, que tinha a cantora Giorgia Colleluori nos vocais e Camilo Colleluori na bateria, e assim, a partir de agora examino atenciosamente para ver se eles conseguiram.

    Com toda a pompa e circunstância que os italianos que tocam Metal Melódico aplicam em suas canções, Into The Darkness abre o cd com ótimas variações instrumentais e Fabio Lione liberando ótimas evoluções de sua voz junto aos vocais líricos de Claudia Layline. Interessante de se mencionar também nesta primeira canção de Renaissance é que a inclusão de trechos dramáticos amparados nos toques no piano para os vocalistas duelarem e exporem suas habilidades nos vocais, que pouco depois retornam ao seu refrão concedendo uma climatização maior à música. Depois temos Black Star, uma composição cadenciada e de ares modernos com uma ótima atuação dos vocalistas te envolvendo à maneira que cantam seus versos em que saliento os solos de teclados feitos pelo convidado Giulio Bogoni. Para Dark Eclipse somos expostos à uma faixa mais calma onde tanto Fabio Lione quanto Claudia Layline expressam suas vozes com muita emoção em um ritmo que me lembrou um Gothic Rock e nos capturando com ele.

    A quarta de Renaissance é Whitout Fear e logo em suas primeiras notas sentimos um mergulho no Metal Sinfônico acontecer com o andamento que nos é apresentando, sendo que Fabio Lione canta totalmente à vontade com seu conhecido carisma e enfatizo também os ótimos solos realizados pelo guitarrista Nick Savio, além do momento épico em que Claudia Layline canta exalando muito feeling suas partes em que notei influências do Angra.

    E a vocalista exala muita emoção na balada Away From Heaven que chega no piano praticamente chamando Fabio Lione para juntos nos trazerem uma belíssima composição sinfônica, viajante e que é uma delícia de se ouvir aonde os fãs do Rhapsody sentirão o clima da banda presente em suas melodias. Em seguida temos Not The Same com ares Progressivos e um crescimento mais pesado à maneira que seus minutos passam com ambos os vocalistas se entregando totalmente em partes com Fabio Lione cantando com mais força e Claudia Layline com muita suavidade, porém, sempre embasados por longos e esbeltos solos de guitarra executados por Nick Savio.

    Na sétima, que foi nomeada como The Edge temos um começo até que pesado nos levando à leveza dos vocais de Claudia Layline em uma atmosfera que flerta com o Pop, porém, conta com alguns solos de guitarra mais pronunciado feitos para que a vocalista possa brilhar. Flying Over You é outra que pega mais leve e suas linhas até ficam um tanto encorpadas ao passar de seus minutos nas vocalizações de Fabio Lione, que chegam inclusive a se tornarem um pouco progressivos.

    A penúltima de Renaissance é Lord Without Soul, onde além de seus ares modernos, os italianos nos fizeram perceber o brilho de Claudia Layline logo em seu princípio e também as intervenções providenciais de Fabio Lione diante de um bom ritmo instrumental com um pé no Gothic Rock, feito para relaxar e apreciá-lo de olhos fechados. Aos dedilhados e vocais suaves, o disco fecha com sua canção título, a longa Renaissance, que te cativa graças à entrega dos italianos à sua melodia e aos seus versos até conferirem suas partes melódicas e mais rápidas se elevando consideravelmente o seu potencial transformando-a na melhor canção do cd. Aliás, o Eternal Idol se superou nesta última faixa com a adição de várias camadas no seu decorrer, ora mais calmas, ora mais viajantes e ora mais robustas.

    A pergunta que me faço ao finalizar esta resenha é... Renaissance cumpriu a missão de ser um dos melhores discos do ano anterior? Não, porém, mesmo assim como em sua maior parte se trata de um trabalho bastante calmo, sinfônico, de flertes com o Gothic e por muitas vezes viajante, além de contar com vocais de um dos mestres do Metal Melódico italiano... posso dizer que é muito bom sim e que sua audição é deveras necessária nestes tempos tão obscuros que vivemos para esquecermos um pouco desta realidade absurda que estamos. Em suma, quem aprecia cada uma das bandas que Fabio Lione já colocou sua icônica voz, quem aprecia Symphonic Metal e quem adora bandas com vocais femininos duelando com os masculinos pode ouvir em alto e bom volume nomes como o Eternal Idol e especificamente, este álbum.
Nota: 8,5.

Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2021

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