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Eufobia
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No ano de 2018, o Eufobia sagrou-se vencedor do W:O:A: Metal Battle e graças à isso pode apresentar no palco do Wacken Open Air, mas o assunto desta resenha é o terceiro álbum de estúdio autointitulado, que veio à tona em 2016 e foi gravado Desislav "Deso" Velchev no De Sound Studio, cujos processos de mixagem e masterização foram realizados por Petar "Pepino" Bratanov no Pepinio Records Studio. Vamos à ele.
A abertura acontece com Graveyard através de solos criativos e rápidos, que trazem o feroz Thrash/Death Metal do quarteto, que te captura pela intensidade que é tocado e também pela variação instrumental destacando em muito o baixista Stefan "Steff" Abajiev, além de toda a agressividade dos vocais de Nikola "Nikki" Bojakov. Depois continuam seu fuzilamento sonoro com a agressiva Hater, que contém evoluções marcantes de baixo e de bateria para que os solos de guitarras exibam suas aceleradas melodias ( que possuem uma lembrança de Megadeth ) e assim Nikola "Niki" Bojakov cante seus versos com muita fúria aplicada em cada um deles. Diretos como um disco de Thrash Metal deve ser, o Eufobia ataca na terceira com a destruidora Liquid Of Reaction, que entre seu ritmo veloz apresenta alguns solos melódicos realizando assim uma excelente virada e transformando esta em uma canção excelente para se banguear durante sua audição.
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Para Scarecrow somos expostos à uma aniquiladora composição da banda com direito a 'paradinhas', que te inspiram a abrir uma roda e agitar incessantemente quando eles aumentam a velocidade da música, que provavelmente é o que acontece nos shows, sendo que dá para notar a coesão da banda seja nos vocais ( sempre furiosos ) ou nos instrumentos ( repare no baixo com toques opacos entre as 'riffleramas' nas guitarras ). Na mais colérica faixa do cd, a Cyber Pervert, Nikola "Niki" Bojakov soltou seus guturais ante a uma linhagem de baixo, bateria e guitarras, que estão simplesmente trituradores e no encerramento do cd, eles colocaram a matadora Tears Of Defloration, que alia muito bem seus momentos velozes com os cadenciados junto a vocais que destilam uma ira imensa a cada verso, onde percebe-se que é pelo andamento das guitarras que foram ditados os caminhos da música.
Fico contente quando pego um cd de locais que em tese não são genitores de grandes nomes do Heavy Metal, como é o caso da Bulgária e ao ouvir este álbum do Eufobia vejo que eles souberam mesclar suas influências de Thrash e Death Metal com a correta violência em cada uma das dez faixas resultando em um trabalho fervente do começo ao fim dos seus detonantes trinta minutos. Se gosta dos discos do Kreator e Exodus antigos com o tempero melódico que o Megadeth aplica em suas composições e com toda a cólera presente no Death Metal, então trate de conhecer este quarteto.
Nota: 8,5.Por Fernando R. R. Júnior
Julho/2020
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