Firewind - The Premonition
10 Faixas - Shinigami Records - 2010

    Para quem não acompanhou a carreira do Firewind, saiba que a banda grega de power metal é onde o jovem guitarrista grego Gus G. ( ou  Kostas Karamitroudis se preferir e recém convocado para a banda solo de Ozzy Osbourne no lugar de nada menos que Zakk Wilde ) esteve trabalhando desde 1998 quando a banda foi formada. Além dele, o Firewind é atualmente composto por Apollo Papathanasio nos vocais, Mark Cross ( ex-Helloween ) na bateria, Petros Christo ( Petros Christodoylidis ) no baixo e Bob Katsionis ( Babis Katsionis ) teclados e guitarra.

    Seu mais recente lançamento, The Premonition, saiu na Europa em 2008, em 2010 no Brasil pela Shinigami Records e foi gravado e mixado no Studio Fredman na Suécia entre novembro e dezembro de 2007 por Fredrik Nordström e Henrick Udd, para coroar a ótima gravação a capa e encartes são mais um trabalho de grande qualidade do brasileiro Gustavo Sazes.

    Into The Fire abre o cd no violão mais calmamente, mas apenas até o momento em que a guitarra de Gus G. tome conta do som e traga a saborosa velocidade do power metal com dos gregos à superfície com solos de teclados, bateria e claro, guitarra; e certamente, as melodias do refrão irão te pegar rapidamente. Com um talento em franca ascensão na guitarra, não é de se estranhar que o solo inicial de Head Up High seja eletrizante, porém, menos acelerado e a faixa é cantada com muita categoria por Apolo Papathanasio; outro ponto a ser destacado é o solo de teclados de Bob Katsionis, com notórias influências do estilo de Jens Johansson do Stratovarius. 

    Mercenary Man é um típico power metal melódico que levanta o astral do ouvinte pelo ritmo positivo, pois o refrão em coro e a emocionada atuação do vocalista fizeram sobressair a técnica do conjunto e deram para esta terceira faixa um videoclipe. Angels Forgive Me mantém o ótimo ambiente e exibe um solo inicial de teclado até a alta velocidade dos outros instrumentos entrarem em ação e darem à ótima roupagem desta quarta música de The Premonition, e nesta Gus G. se destaca em um solo de guitarra excelente e esperado, porém, jamais indispensável. Mais uma vez, o vocalista Apolo empolga com seu jeito de cantar e mostra que sua entrada na banda foi mais que acertada.

    Remebered exibe uma aceleração de guitarra e bateria comum em bandas de thrash metal, entretanto, seu decorrer é bem mais pesado que as anteriores, mesmo com as doses de melodia que Apolo Papathanasio coloca em sua voz, e não posso esquecer de comentar os solos cheios de vontade que Gus G. e Bob Katsionis deixam nos seus poucos mais de três minutos.

    My Loneliness apresenta alguns dedilhados iniciais que fazem desta semi-balada um grande momento do cd, pois os vocais de Apolo Papathanasio passam muita emoção em meio à uma admirável harmonia feita pelos demais membros da banda e é muito interessante observar como a música fica mais grandiosa e épica durante seu andamento. Antes do final, Gus G. deixa sua assinatura com mais um virtuoso solo de guitarra.

    Circle Of Life possui riffs de guitarra mais cadenciados com forte pegada de bateria de Mark Cross, vocais em coro e refrão mais grudento, e embora essas características sejam comuns à bandas de power metal, elas são apreciadas sempre que as ouvimos, ainda mais da forma competente que o Firewind realiza. Aliás, aproveito o momento, e te convido para degustar a sutileza técnica do solo de Gus G.. The Silence Code  é mais viajante em seu início até que Gus G. dispare solos rápidos que ditam o ritmo desta oitava canção, que são amplificados com as vibrantes intervenções do baterista Mark Cross e do vocalista Apolo Papathanasio.

    Maniac foi inclusa como bônus e o cover, sucesso dos anos 80 com Michael Sembello na trilha do filme Flashdance ficou muito bem interpretado pelo Firewind e certamente será muito bem aceita ao vivo, mesmo com a roupagem mais heavy metal. Para confirmar, vide os solos caprichados solos de guitarra e teclados. Life Foreclosed mostra, além dos dedilhados e dos teclados, que ambientam a linha mais obscura que o quinteto aplicou nesta última faixa, ares mais épicos com bastante peso promovido pelo batera Mark Cross e muitos solos de Gus G., que lembram um pouco do Gamma Ray, ainda mais no jeito cativante de cantar de Apolo Papathanasio que encerram o The Premonition brilhantemente e confirmam a qualidade dos gregos.

    Quem acostumou com Blind Guardian, Helloween, Stratovarius, Angra, Gamma Ray, entre outras, vai apreciar facilmente o Firewind, e se prestar mais atenção em cada solo de Gus G., conseguirá compreender facilmente porque o "Príncipe das Trevas" ( Ozzy Osbourne ) o recrutou para sua banda solo, e fico aqui pensando no upgrade que o grego vai trazer ao "Madman" quando ele ajudar nas composições de um novo trabalho ( em tempo nada contra o Zakk Wilde ).
Nota: 8,5.

Site: www.firewind.gr e www.myspace.com/firewind

Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2010

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