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Gamma Ray -
Alive'95 - Anniversary Edition
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A nova capa, que é mais bonita que a original, mostra Fangface, o mascote da banda com a indefectível guitarra Fly vermelha de Kai Hansen fazendo o 'horns up' ( símbolo do Metal com os dedos ) foi desenhada por Hervé Monjeaud. Além disso, como se tornou um padrão nestes sensacionais relançamentos temos um encarte com muitas páginas com fotos da época da tour, letras das músicas e um prefácio escrito por Matthias Mineur para posicionar o fã com o álbum em um tempo em que o line up do Gamma Ray era o seguinte: Kai Hansen nos vocais e guitarra, Dirk Schlächter na guitarra, Jan Rubach no baixo e Thomas Nack na bateria.
O show começa com a empolgada plateia vibrando fortemente aos gritos de "Olê... Olê... Olê..." alternados para "Hey... hey... hey" com a emblemática Land Of The Free abrindo o cd, título do álbum que é o motivo desta tour e onde já podemos observar como o Gamma Ray é mais pesado ao vivo e como esta remasterização garantiu mais qualidade ao trabalho. Com a energia em alta, Kai Hansen saúda a plateia e anuncia o hino Power Metal Man On a Mission, que exala uma força avassaladora e veloz direto nos fãs, e agora, em nós que estamos ouvindo o cd. Mesmo já tendo assistido o Gamma Ray ao vivo algumas vezes e comprovado a potência que são os seus solos de guitarras, quando pego um álbum ao vivo, ainda assim volto a me impressionar.
Aos berros de "Gamma Ray... Gamma Ray", Kai Hansen anuncia a Rebellion In Dreamland fechando uma trinca matadora do Land Of The Free e esta foi recebida nas palmas e teve seus versos cantados por todos, afinal, sua eletricidade já é deveras impactante no estúdio, no palco então, é fulminante, pois, seus solos de guitarras são deveras alucinantes, ou seja, é uma flecha certeira em nossas almas. O desfile de hoje clássicos, mas, que na época eram canções dos primeiros álbuns do Gamma Ray continua com Space Eater do Heading For Tomorrow de 1990, que chega aos toques feitos pelo baixista Jan Rubach junto a um ritmo duplo de guitarras cadenciados personificados por Kai Hansen e Dirk Schlächter que nos inspiram a socar o ar durante os agudos poderosos do então novo vocalista ( que acumulou o posto depois que Ralf Scheepers saiu ), que em seus prolongamentos garantem uma intensa atividade do público.
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E isso foi amplificado pouco depois, afinal, nesta época a fase de Kai Hansen no Helloween era sempre lembrada pelo Gamma Ray e representava um estouro, afinal tem como ficar parado com a explosiva Ride The Sky em versão pesadíssima, que passa por cima de nós como um trator e causando uma alegria imensa nos fazendo perceber porque estes alemães são os criadores do Power Metal? Creio que seja impossível. Isso continua com a envolvente Future World, que logo em suas primeiras notas já coloca os fãs detonarem de vez com o fervor proporcionado pelo Gamma Ray ao executar este clássico e graças aos movimentos existentes na canção, isso aumenta significativamente, além de alguns prolongamentos inclusos para que aquela costumeira chamada de Kai Hansen para que os fãs participassem com a banda antes de seus solos finais, que inflamam de vez o show.
O clima de festa prossegue em Heavy Metal Mania, um cover do Holocausto gravado no single de Rebellion In A Dreamland, que é um 'integrante' praticamente fixo dos set lists e que sempre marcou com sua adrenalina suas apresentações dos alemães. Finalizando este primeiro cd Alive'95 Anniversary Edition temos a devidamente rápida e puro sangue Power Metal Lust For Life, que é do álbum Heading For Tomorrow e dispara toda a sua voltagem, que está consideravelmente maior nesta versão ao vivo que finaliza o álbum. A título de curiosidade, esta era exclusividade da versão japonesa do Alive'95.
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Sem pausar e com poderosíssimos riffs nas guitarras de Kai Hansen e Dirk Schlächter, o Gamma Ray segue acelerando ao máximo com Future Madhouse se mantendo no Insanity and Genius em outro Power Metal que é para um dos definidores do estilo, afinal, a dupla literalmente tocou centenas de notas por minuto. Por fim, a longa, melódica e lustrosa Heading For Tomorrow, que intitula o primeiro cd dos alemães e sempre provoca a participação dos fãs devido a sua magnitude que temos a cada solo, a cada verso, a cada toque de baixo e de bateria... ufa!!! Cumpriu muito bem a responsabilidade de encerrar brilhantemente este disco.
Alive'95 Anniversary Edition, que no Brasil foi lançado pela Shinigami Records nos relembrado do primeiro e muito importante álbum ao vivo dos alemães, que assim como todos os outros seis álbuns comemorativos dos 25 anos de Heavy Metal de Hamburgo/25 anos do Gamma Ray são imprescindíveis para os fãs. E a tour que ouvimos uma parte neste disco marcou também a dupla Joey De Maio e Eric Adams do Manowar que disseram: "O Gamma Ray é a melhor banda que fizemos uma turnê juntos. E se eles consideraram desta maneira, só posso acrescentar que venham mais álbuns ao vivo e de estúdio como são estes sete fabulosos discos relançados nestas celebrações. Longa vida ao Gamma Ray e ao Heavy Metal de Hamburgo.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2019
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