|
Gamma Ray -
Land Of The - Free
Anniversary Edition
|
A mixagem é do experiente Charlie Bauerfeind e a remasterização deste relançamento comemorativo é de Eike Freese ( Deep Purple e Dark Age ) e foi realizada no Chamaleon Studios em 2017. Além das músicas que vou comentar mais detalhadamente abaixo, este Land Of The Free Anniversary Edition conta com um grande encarte cheio de fotos e memorablia, além da nova capa de Hervé Monjeaud.
A hoje clássica e que se faltar em um show do Gamma Ray já reclamamos, a Rebellion In Dreamland abre o cd com seu estilo épico com os vocais de Kai Hansen provocando um sentimento de alegria ao ouvi-la e os demais acrescentaram sua roupagem Power Metal em um ritmo que inspira a agitar e acompanhar sua letra com o encarte nas mãos enquanto somos expostos às suas transformações deliciosas de se curtir. Esta longa e bela aula de Power Metal conta com solos reluzentes de Kai Hansen e Dirk Schlächter em suas guitarras caracterizando o porque se tornou tão importante ao grupo. Depois continuando este clássico fundamental quando se fala de Power Metal temos a rápida Man On a Misson com Kai Hansen cantando de uma forma que nos passa sua empolgação facilmente em outro convite para cantar com ele seus versos, especialmente o refrão, que está lindamente em coro. E como faz bem saborear as partes onde o Gamma Ray promove algumas modificações na música deixando claro o seu grau de afiação. Se nas duas primeiras eles já impactam, o que dizer de Fairy Tale, a curta e veloz terceira faixa que entra a toda potência descarrilando o trem? Creio que a palavra para definí-la seja maravilhosa.
|
|
Retomando o peso e a velocidade, temos o Power Metal envolvente de Salvation's Calling, que é robusto em seu andamento, vocalizado no padrão descontraído de Kai Hansen e sempre contendo suas relevantes linhas para o delírio dos admiradores do estilo do Gamma Ray. A faixa título, Land Of The Free é simplesmente uma pedrada certeira no coração do fã ao mesclar trechos mais calmos com outros mais rápidos através de contagiantes vocais em coro, que trouxeram a importante presença de Michael Kiske junto a Kai Hansen em um ritmo Power Metal positivo, onde é um desafio não cantarolar seu refrão logo de cara e mais ainda... não admirar seus belos solos de guitarras.
Para The Savior, o quarteto nos entrega uma música mais cadenciada em seu andamento inicial e de formosos dedilhados em seu decorrer, que se ligam a Abyss Of The Void e trazem seus vocais cheios de feeling, até seu formato heroico tomar conta e nos fascinar facilmente, aliás, atenção aos toques do baixista Jan Rubach e a evolução que esta nona faixa é submetida tornando-a tão importante quanto as demais. A inflamável Time To Break Free começa com seu aroma confiante e com suas atraentes linhas instrumentais e de vocais ( novamente com a presença de Michael Kiske ), que transitam pelo Power Metal e pelo Heavy Metal, que envolve com habilidade em seu alto astral festivo em que o ouvinte será conclamado a gritar seu título com a banda. Afterlife, que também foi composta em homenagem ao baterista Ingo Schwichtenberg ficou com a responsabilidade de encerrar este primeiro cd deste Land Of The Free Anniversary Edition e com seu estilo Power Metal de ótimas melodias de média velocidade e vocalizações repletas do carisma de Kai Hansen, cumpre a tarefa com louvor. Enfim, um clássico do Power Metal.
|
|
Mesmo com boa parte do ano de 2017 com Kai Hansen envolvido com o seu retorno no Helloween, ele achou tempo para registrar com a atual formação do Gamma Ray novas versões instrumentais para Dream Healer do segundo álbum Sign No More de 1991 e Tribute To The Past do terceiro Insanity And Genius de 1993, que ficaram consideravelmente legais, porém, a falta dos vocais é sentida, mesmo sendo ao vivo no estúdio. Entretanto, repara-se também como suas execuções estão perfeitas. Particularmente, eu preferia uma versão destas músicas de um show, porém, Kai Hansen não... e para terminar Land Of The Free Anniversary Edition temos mais duas músicas regravadas neste formato ao vivo no estúdio diretamente do Chamaleon Studios, só que do ano de 2016; são elas: a Heaven Can Wait ( do primeiro registro Heading For Tomorrow de 1990 ) e a Valley Of The Kings ( do quinto trabalho, o Somewhere Out In Space de 1997 ).
Será que a intenção de Kai Hansen era de nos colocar para cantar sua letra como um karaokê ou estas quatro faixas são o resultado de excelentes Jam Sessions especiais do Gamma Ray para este álbum? São questões em que não saberemos suas respostas, porém, o que vale é que sentimos o poder de fogo do Gamma Ray nestes últimos anos, mesmo que seja um poder instrumental apenas.
|
|