Grave - Burial Ground
9 Faixas - Shinigami Records - 2011

    Da época que o nome da banda era Corpse e Putrefaction até o nome definitivo de Grave se passaram 25 anos que os suecos da cidade de Visby deixaram sua marca no mundo do Death Metal, sendo que o primeiro registro com nome definitivo foi o álbum Into The Grave em 1991 e o último é o recém lançado no Brasil pela Shinigami Records Burial Ground, que teve sua produção, mixagem e masterização do guitarrista e vocalista Ola Lindgren e o baterista Ronnie Bergerstähl no Estúdio Souless em Estocolmo. Completam o atual line-up da banda Magnus Martinsson na outra guitarra e Tobias Cristiansson no baixo, que entrou na banda ainda em 2010.

    Liberation abre o feroz e rápido Death Metal do Grave, que tem claro os guturais de Ola Lindgren mostrando muita raiva e exibem uma base instrumental muito consistente e bem trabalhada. Em Semblance In Black eles continuam com a sua avalanche extrema com o baterista Ronnie Bergerstähl metralhando seu kit impiedosamente e os guitarristas Ola Lindgren e Magnus Martinsson trazem um pouco mais de cadência mais ao final da música. Dismembered Mind aplica mais ênfase nos solos distorcidos de guitarra e no ritmo da bateria que ganham em velocidade e fúria, especialmente quando Ola Lindgren urra com ainda mais raiva. Assim o quarteto sueco eleva ainda mais o peso da música, porém com muita competência e técnica, como percebe-se nas viradas que eles realizam que ligam à quarta música, Ridden With Belief, novamente com muitas distorções e um riff crescente que ganha mais garra com a atuação do baterista Ronnie Bergerstähl e também nos primeiros urros de Ola Lindgren. Com a arena criada, eles aceleram com violência o andamento e mostram uma verdadeira porrada sonora.

    Conqueror é a seguinte e seus riffs altamente pesados estão combinados com muitos repiques na bateria em um ritmo um pouco mais cadenciado que é vocalizado com muita brutalidade por Ola Lindgren. Outcast entra destruindo com velocidade na bateria e na guitarra, além de uma nova sessão dos mais raivosos urros pronunciados pelo vocalista do Grave, que sofrem variações muito precisas da banda. Sexual Mutilation que originalmente saiu no demo do Grave de 1989, é a fúria em estado pleno. Os brutais níveis que são exibidos nesta regravação provam quão extremo a banda já foi, pois os riffs, a bateria e os vocais estão totalmente crus e altamente velozes.

    Com a participação de Karl Sanders do Nile na pesada Bloodtrail, chegamos na oitava faixa de Burial Ground, que possui um ritmo matador mesmo com o peso de bateria que está interligado perfeitamente às palhetadas nas guitarras e claro, urros, muitos urros um mais furioso que o outro. A faixa título, Burial Ground, é a seguinte e iniciada com um dedilhado mais sombrio que é suplantado pelas guitarras de Ola Lindgren e Magnus Martinsson e também muitos repiques de bateria que de forma cadenciada recebem os guturais de Ola Lindgren, que prosseguem brutalmente até encerrarem o cd.

    Burial Ground é um Death Metal feito por uma banda que está na cena desde os anos 90, que mantém a pegada pesada e extrema. Para a galera que gosta de ouvir um som que te dá vontade de bater a cabeça e botar para fora sua raiva este novo cd do Grave é a pedida.
Nota: 8,0.

Site: http://www.grave.se/ e www.myspace.com/gravespace.

Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2011

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