Com um
ruído de um tubo Castle abre o Pop/Rock da cantora Halsey em uma
atmosfera viajante e descompromissada, onde percebemos os seus bons
vocais, que já cativam o ouvinte. Um tanto que intimista, a segunda
do cd Hold Me Down mostra uma entrega maior dela em um ritmo
Pop, que está um tanto que repetitivo e com influências mais
voltadas ao Indie Rock. Em New Americana, a vocalista canta com
muito 'feeling' este Pop, daqueles que são bastante infectantes,
especialmente por conter ares voltados para um hino. Apresentando efeitos que fazem Drive se tornar uma
canção distante e emocionada em uma atuação muito dedicada de Halsey,
com a clara intenção de nos transportar para o mundo disto pico
imaginado por ela, isso dura até que suas linhas mais Pop se efetivem em um formato diferente,
mas, muito interessante. Na sequencia temos Hurricane, que é tocada
como o padrão presente aqui neste Badlands em uma base Pop, onde seu maior
destaque reside nos vocais compenetrados de Halsey em uma
letra inspirada no livro The Wanderess de Roman
Payne sobre um garoto que gosta de brincar com o sentimento das
garotas e a vingança que foi aplicada nele.
Depois, chega a vez de
Roman Holiday, que não chega a diferir tanto das demais e seria
uma canção típica e adequada para a trilha de seriados
americanos de Sitcom, quando os personagens estão
em um momento romântico. Sempre flertando com linhas que ora estão
mais intimistas e viajantes e ora mais dançantes, Ghost marca a
sétima de Badlands, que prossegue com Colors,
canção possuidora de um estilo mais açucarado e que pode ser uma
forte candidata a hit do cd, além de conter uma ótima letra de
muitas metafóras. Colors Pt II ( uma das
exclusividades desta 'Deluxe Edition' de Badlands ) entra como um prolongamento mais
viajante da anterior, que ficou adequado ao estilo escolhido
pela cantora neste cd. Embora o fio condutor seja voltado
ao Pop dançante, Strange Love é razoavelmente cativante de se
ouvir por conta da leveza aplicada pela vocalista, entretanto,
sua letra é cheia de críticas, confira.
Ainda neste tipo de
orientação recebemos a Coming Down, que parece mais largada em
sua audição, entretanto, o seu diferencial é o jeito suave que
Halsey canta seus versos. A décima segunda de Badlands
chama-se
Hauting e pende mais para o lado Pop/Eletrônico sem acrescentar
muita coisa, apenas a linda interpretação da garota de cabelos
azuis. Consideravelmente mais introspectiva em seus dedilhados e
em seus vocais, Gasoline mostra a cantora conduzindo a canção de
um formato mais calmo as dedilhados, exceção feita para alguns
pontos mais acalorados e dançantes em mais uma letra que nos
fazem entender o porque do aviso "Parental Advisory Explicit
Content" no cd.
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Halsey deve ser uma apreciadora de
músicas intimistas, pois, em Control temos mais uma composição voltada
para este caminho, mas, por trás de sua leveza ela emita suas metáforas
religiosas. Chegando ao final do cd encontramos a Young God,
notadamente viajante e com vocais que procuram trazer mais energia (
onde seus versos são sobre sexo, sentimento de imortalidade dos
adolescentes e perda da virgindade - todos temas que não são
politicamente corretos... ) e I Walk The Line, um cover do
mestre Johnny Cash, que ficou significativamente melancólico e tenta se tornar
animado em seu decorrer com a bela atuação de Halsey, que
imprimiu seu estilo nesta canção.
O que torna este
Badlands
desafiador em sua audição para um fã de Rock e suas ramificações reside
no fato
que Halsey não esconde sua admiração por linhas intimistas,
introspectivas e até progressivas poderia arriscar aqui, entretanto, os apelos mais Pop
dançantes que temos em todo o cd deixam cansativo para nós. Porém, se
gosta de músicas que sejam neste estilo, saiba que Halsey realizou um
ótimo trabalho e quem se interessar por sua sonoridade poderá conferir a
cantora ao vivo no Lollapalooza 2016 no Brasil.
Nota: 7,0.
Sites:
http://iamhalsey.com/ e
http://www.facebook.com/HalseyMusic/.
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2016
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