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Desta vez Frank Novinec e Wayne Lozinak nas guitarras, Chris Beattie no baixo, Matthew Byrne na bateria e o citado Jamey Jasta nos vocais foram ao Dexters Lab Studio em Milford/Connecticut ao lado do produtor Chris "Zeuss" Harris ( Rob Zombie e Soulfly ) e Josh Wilbur ( Megadeth e Lamb Of God ), sendo que este último fez a mixagem para habilitar ainda mais categoria ao impetuoso som do Hatebreed. A masterização é de Chris "Zeuss" Harris e foi realizada no Planet Z em Wilbraham/MA nos Estados Unidos. A capa é do brasileiro Marcelo Vasco, que foi responsável por ilustrar os últimos do Krisiun e do Slayer ( para ficar em apenas dois de seus muitos e qualitativos trabalhos... ) mostrando alguém ( ou seja... nós ) preso em sua própria sociedade... é para se pensar no choque de realidade proposto nestes tempos de consumismo sem se preocupar com nada.
The Concrete Confessional começa com a faixa A.D., onde somos expostos a uma rapidez enorme e também a muito ódio nos vocais de Jamey Jasta, que logo de cara já capturam o ouvinte e faz este querer 'banguear' durante sua audição. Outro destaque nesta primeira música vai para os intensos e caóticos solos de guitarras de Wayne Lozinak e Frank Novinec nos trechos em que o ritmo está mais cadenciado. De ares modernos e muita fúria em seus versos, Looking Down The Barrel Of Today caminha de forma densa e um tanto que cadenciada até desabar com garra e muita cólera diretamente em nossos ouvidos.
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Depois os americanos aceleram e lançam o caos com a frenética Us Against Us, que é repleta de solos de guitarras e uma atuação marcante do baterista Matthew Byrne, que não para quieto e recomendo também ficar de olho na sua letra. Após alguns pesados toques do baixista Chris Beattie, o Hatebreed ataca com a impiedosa Something´s Off, que é possuidora de linhas mais modernas e significativas doses de agressividade nos vocais em um andamento mais rude, que são excelentes para o 'headbanging' - mesmo quando se ouve em casa - ou para fomentar o desejo entrar em uma roda nos shows.
Se estava achando que The Concrete Confessional era um álbum matador até aqui, então se ligue no poder de fogo contido em Remember When, que mescla velocidade e trechos arrastados com muito vigor nos vocais enraivecidos de Jamey Jasta e a colocam como uma das melhores do cd. Mas, a força do Hatebreed continua a te contagiar ainda mais com a 'fuzilante' Slaughtered In Their Dreams, que segue sempre com muita fúria nas vocalizações e conta com vários solos de guitarras que realmente te inflamam conduzindo a uma vontade de sacudir o pescoço e interagir com a banda ( imagino como ela deva funcionar ao vivo ). Na décima do cd, eles aceleram passando por cima de tudo sem piedade, sendo que The Apex With In soa na medida como um Hardcore violento e cheio de alterações cativantes, onde encontramos um Jamey Jasta destronando a mesmice estabelecida em muitos meios com sua voz.
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Creio que a melhor definição para a audição de The Concrete Confessional resida nas palavras de Jamey Jasta quanto ao título do cd: "O Heavy Metal é uma purificadora, terapêutica e catártica experiência para muitos. Você está lá sendo esmagado pelas guitarras e sentindo alguém gritando na sua cabeça, compartilhando a sua dor e diversos aspectos da sua vida através de palavras, poemas ou músicas. Não tem nada parecido com isto. Você poder confessar os seus pensamentos negativos e eliminá-los. Enquanto você está no show, não existem contas para pagar ou problemas para lidar. Você pode ser livre". E o vocalista conseguiu não só explicar o sentimento muito bem, pois, é isso mesmo... liberdade é o que sentimos, após expurgar a raiva que a nossa vida cotidiana nos impõe. E que bom que temos como trilha sonora para este processo um álbum como este do Hatebreed, que executou cada uma de suas faixas com a devida técnica, acidez, potência e destruição. Não é por acaso que eles foram indicados ao Grammy e são presença constante nos mais renomados festivais mundiais.
Nota: 9,5.Sites: www.hatebreed.com e www.facebook.com/hatebreed.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2016