H.E.A.T. - II
11 Faixas - Shinigami Records/Ear Music - 2020

    A banda sueca de Hard Rock H.E.A.T. formou-se em Upplands Väsby na Uplândia no ano de 2007. Nestes 14 anos de atividades foram seis álbuns de estúdio - já contando com este último - que foi lançado em 2020 e nomeado como II.

    E o quinteto formado por Erik Grönwall nos vocais, Dave Dalone na guitarra, Jimmy Jay no baixo, Jona Tee nos teclados e Don Crash na bateria prepararam o disco da forma que ele soaria se tivesse sido lançado em 2019. Este motivo aconteceu por conta da produção, que ficou totalmente à cargo da banda, especificamente do tecladista Jona Tee e do guitarrista Dave Dalone, que tiveram a liberdade para executaram seu Hard Rock aliado ao Rock Clássico do jeito que queriam retornando para suas origens.

    As gravações ocorreram no Yardstreet Studios em Solna, no Rocksound Rach em Västeras e no Studio 57, sendo todos localizados na Suécia. A mixagem é de Tobias "Audio" Lindell e a masterização é de Thomas Plec Johansson. Já a capa que mostra o logotipo da banda emitindo faíscas e com o II em evidência é do baterista Don Crash.

    Logo na abertura de II, as linhas Hard Rock oitentistas da segunda metade da década ficam comprovadas com Rock You Body e se você é fã do disco Hysteria do Def Leppard, certamente vai se identificar com a eletricidade depositada aqui pelo H.E.A.T., que além dos vocais cheios de vigor, incluiu solos de guitarras envolventes e um refrão que fica na cabeça facilmente. Depois deste começo animado, eles prosseguem a festa ligando os motores com Dangerous Ground, cujas melodias te puxam para dentro da música, afinal, o H.E.A.T. não economizou nos seus bons riffs, no seu ótimo e grudento refrão e também em seu ritmo cativante para conseguir isso. Em seguida temos Come Clean, que querendo ou não... traz um aroma de Europe ( fase dos anos 80 ) no ar e que é altamente contagiante com Erik Grönwall cantando seus versos com um feeling imenso e também devo salientar os belos solos de Dave Dalone em sua guitarra.

    Para a quarta de II, os suecos nos enviam a alto astral Victory, que logo em seus solos de guitarra e teclados combinados na fervente atmosfera Hard Rock me levam a dizer... você será capturado graças às linhas executadas por eles e quando perceber você já estará cantando junto a Erik Grönwall, particularmente o seu refrão, que é para berrar e socar o ar pela tenacidade que nos é trazida. Ouro merecido destaque de Victory são seus solos de guitarra feitos por Dave Dalone, que são dignos de um guitar hero. Com uma pegada de Blues, We Are Gods é um Hard'n'Heavy dotado de um estilo bastante atraente, que te acerta em cheio até porque o H.E.A.T. aplica um crescimento durante seu solo de guitarra, que lhe confere outra dimensão à música e seu clima de 'arena' levará diretamente aos palcos ( quando isso for possível novamente ).

    A explosiva Adrenaline é  mais uma que tornaremos fãs dela instantaneamente, pois, aqui o H.E.A.T. disparou uma faixa com um formato festivo e positivo, vocais em coro, seu andamento instrumental executado com capricho e puramente centrado nos anos 80, ou seja, todos os elementos para fixar em sua memória caro leitor(a) do Rock On Stage. Sempre inflamados, os suecos souberam dosar muito bem a voltagem de suas composições e nesta One By One isto é feito através dos solos de guitarras, cujo andamento de média velocidade deixa os teclados assumirem o controle, salvo - é claro -  quando chega a hora de Dave Dalone solar sua guitarra brilhantemente e Erik Grönwall cantar passando toda sua alegria a cada estrofe resultando em um baita Hard Rock de primeira.

    A oitava é a balada - que jamais poderia faltar em um álbum de Hard Rock - chamada Nothing To Say e o vocalista do H.E.A.T. coloca muita emoção em sua voz a cada verso, sendo que a maneira que a música eleva seu ambiente apaixonado, você sente mais a necessidade de acompanhar sua letra e que será apreciada imediatamente. Heaven Must Have Won An Angel exibe um início deveras elaborado até seu Hard Rock pulsante tomar conta da canção, que marca um grande momento do cd  com formosas suas melodias, vocais dedicados e um refrão para novamente cantar com a banda.

    Com toques robustos na bateria tocados por Don Crash e um ritmo Rock'n'Roll distinto, Under The Gun pode e deverá ser executada nos shows do H.E.A.T., pois esta música é daquelas que te fazem pular e agitar consideravelmente. Fechando este álbum temos a empolgante Rise, cujo andamento também te coloca para curtir cada um de seus minutos com o H.E.A.T. e além de participar no refrão com o vocalista, seja gritando apenas o seu título com os demais, a música te coloca para socar o ar ao passar de seus minutos.

    Além de despertar uma saudável nostalgia, este disco II do H.E.A.T., que no Brasil saiu graças à parceria da Shinigami Records com a Ear Music, traz o seguinte pensamento para a mente: como foram formidáveis e felizes os anos 80 e da mesma forma... como faz um bem danado ter ouvido e conhecido tantas bandas desta época. Em suma, além de superarem o anterior ( o Into The Great Unknown - confira resenha ), quero enfatizar como é delicioso ouvir um álbum assim nos dias de hoje, que é tocado por uma galera que possui aquele carisma único, incendiário e viciante. E mesmo sem o vocalista Erik Grönwall, que saiu da banda em 2020 marcando o retorno de Kenny Leckremo ao posto de frontman do H.E.A.T., a verdade é que teremos muito mais deste ambicioso quinteto sueco.
Nota: 9,5.

Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2021

Site Oficial: http://www.heatsweden.com/.   
Facebook: https://www.facebook.com/heatsweden/.      
Youtube: https://www.youtube.com/user/Heatband.  
Instagram: https://www.instagram.com/heatsweden/.       
Twitter: https://twitter.com/heatsweden.     
Itunes: https://itunes.apple.com/se/artist/h-e-a-t/id377983386.     

Voltar para Resenhas