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H.E.A.T. -
II
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Logo na abertura de II, as linhas Hard Rock oitentistas da segunda metade da década ficam comprovadas com Rock You Body e se você é fã do disco Hysteria do Def Leppard, certamente vai se identificar com a eletricidade depositada aqui pelo H.E.A.T., que além dos vocais cheios de vigor, incluiu solos de guitarras envolventes e um refrão que fica na cabeça facilmente. Depois deste começo animado, eles prosseguem a festa ligando os motores com Dangerous Ground, cujas melodias te puxam para dentro da música, afinal, o H.E.A.T. não economizou nos seus bons riffs, no seu ótimo e grudento refrão e também em seu ritmo cativante para conseguir isso. Em seguida temos Come Clean, que querendo ou não... traz um aroma de Europe ( fase dos anos 80 ) no ar e que é altamente contagiante com Erik Grönwall cantando seus versos com um feeling imenso e também devo salientar os belos solos de Dave Dalone em sua guitarra.
Para a quarta de II, os suecos nos enviam a alto astral Victory, que logo em seus solos de guitarra e teclados combinados na fervente atmosfera Hard Rock me levam a dizer... você será capturado graças às linhas executadas por eles e quando perceber você já estará cantando junto a Erik Grönwall, particularmente o seu refrão, que é para berrar e socar o ar pela tenacidade que nos é trazida. Ouro merecido destaque de Victory são seus solos de guitarra feitos por Dave Dalone, que são dignos de um guitar hero. Com uma pegada de Blues, We Are Gods é um Hard'n'Heavy dotado de um estilo bastante atraente, que te acerta em cheio até porque o H.E.A.T. aplica um crescimento durante seu solo de guitarra, que lhe confere outra dimensão à música e seu clima de 'arena' levará diretamente aos palcos ( quando isso for possível novamente ).
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Com toques robustos na bateria tocados por Don Crash e um ritmo Rock'n'Roll distinto, Under The Gun pode e deverá ser executada nos shows do H.E.A.T., pois esta música é daquelas que te fazem pular e agitar consideravelmente. Fechando este álbum temos a empolgante Rise, cujo andamento também te coloca para curtir cada um de seus minutos com o H.E.A.T. e além de participar no refrão com o vocalista, seja gritando apenas o seu título com os demais, a música te coloca para socar o ar ao passar de seus minutos.
Além de despertar uma saudável nostalgia, este disco II do H.E.A.T., que no Brasil saiu graças à parceria da Shinigami Records com a Ear Music, traz o seguinte pensamento para a mente: como foram formidáveis e felizes os anos 80 e da mesma forma... como faz um bem danado ter ouvido e conhecido tantas bandas desta época. Em suma, além de superarem o anterior ( o Into The Great Unknown - confira resenha ), quero enfatizar como é delicioso ouvir um álbum assim nos dias de hoje, que é tocado por uma galera que possui aquele carisma único, incendiário e viciante. E mesmo sem o vocalista Erik Grönwall, que saiu da banda em 2020 marcando o retorno de Kenny Leckremo ao posto de frontman do H.E.A.T., a verdade é que teremos muito mais deste ambicioso quinteto sueco.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2021
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