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Neste seu segundo álbum como vocalista do H.E.A.T., Erik Grönwall esteve acompanhado de Eric Rivers na guitarra, Jona Tee nos teclados, Jimmy Jay no baixo e Don Crash na bateria, sendo que as gravações, mixagem e produção de Tearing Down The Walls são assinadas Tobias Lindell, que foi vencedor do Grammy e já trabalhou com Europe, Hardcore Superstar e Mustasch. Já a masterização é de Mats Lindorfs e foi realizada no Cutting Room em Estolcomo na Suécia e a capa com a banda e um grupo de manifestantes em uma cidade destruída é de Vitalys Alexius.
Point Of No Return abre Tearing Down The Walls com dedilhados no violão e uma envolvente chama nos teclados, que pouco depois trazem a energia de seu Hard Rock vocalizado com competência por Erik Grönwall junto aos solos de Eric Rivers culminando em um refrão de fácil memorização e também ótimas evoluções recebidas pela música em seu decorrer já demonstrando quão afiado o H.E.A.T. estava neste disco.
Depois temos a empolgada e contagiante A Shot At Redemption, um Hard Rock de vocais melodiosos, com momentos em coro e linhas instrumentais com esbeltos dedilhados, além dos toques devidamente certeiros na bateria feitos por Don Crash, que ficam ainda melhores assim que os solos de guitarras eclodem e vale complementar que a canção é possuidora de um refrão que gruda na cabeça, enfim, os suecos sabem mesmo a receita de como fazer uma ótima composição. A adrenalina de Tearing Down The Walls continua com a fortalecida e vibrante Inferno através de seus elementos festivos, que aparecem em seu ritmo e também em seus vocais, que bastam apenas uma audição para que você se torne fã desta música, onde novamente Erik Grönwall se destaca.
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A balada repleta de sentimento - cujo nome é All The Nights, dá ênfase ao piano tocado por Jona Tee e também aos vocais de Erik Grönwall - não poderia faltar em um disco de Hard Rock e o H.E.A.T. entregou uma música deveras formosa e sedutora. Em Eye For An Eye, o quinteto retorna ao Hard Rock mais tradicional com vocais em coro nos momentos certos unindo isso a um ótimo refrão e um andamento instrumental de muita voltagem, que é consideravelmente cativante. Adicionando mais garra, o H.E.A.T. nos mostra Enemy In Me, um Hard Rock que captou as influências modernas e que é dono de um aspecto para deter rapidamente os ouvintes de suas melodias. Para encerrar esta garbosa obra Tearing Down The Walls temos Laughing At Tomorrow com um clima grandioso, animado e divertido, que certamente produzirá prazer em todos os fãs espontaneamente, seja através de seus vocais ou de suas atraentes linhas instrumentais, que mais uma vez nos convidam à cantar com o quinteto participando ativamente da música.
O H.E.A.T. nos brindou com um excelente álbum neste Tearing Down The Walls, que contém refrãos e canções melodiosas nos pontos exatos, junção correta de Hard Rock e AOR em alguns outros e saibam caros leitores(as) do Rock On Stage, que ouvindo atentamente cada uma de suas músicas facilita bastante entender porque porque Erik Grönwall foi escolhido para ser o atual frontman do Skid Row. Todavia, não pense que o H.E.A.T. ficou lamentando a sua saída, pois, os suecos rapidamente trouxeram de volta o predecessor dele no cargo, o vocalista Kenny Leckremo e lançaram o álbum Force Majure em 2022 mantendo a ótima pegada da banda, mas, isso é uma outra história, que um dia contarei por aqui.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2024
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