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Imminence
- Turn The Light On
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Já Harald Barrett comentou sobre este assunto: "Apesar de termos trabalhado mais e com mais intensidade do que nunca, o processo de composição foi libertador e sem obstáculos. Eu conseguia acordar de manhã e me sentir inspirado a escrever uma música com uma abordagem completamente diferente da que escrevemos no dia anterior. Acho que eu e Eddie fizemos o nosso melhor para manter nossas mentes abertas durante a composição do álbum. Realmente não havia regras. Na verdade, nunca tivemos uma ideia concreta de como queríamos que o álbum fosse, o que era um pouco preocupante na época. Fomos em outra direção musical com This Is Goodbye e a estrada na nossa frente não era muito clara. Com o tempo, vimos Turn The Light On tomando forma diante de nossos olhos e então sabíamos que tudo o que tínhamos a fazer era confiar em nossos próprios instintos e na nossa criatividade".
A belíssima capa cheia de flores que foi criada pelo artista Jakob Koc esconde uma outra ideia, que é explicada por Eddie Berg: "Neste ponto, ele praticamente faz parte do Imminence, sendo muito influente na aparência e no resultado do nosso universo visual desde o início. Há algo sobre sua abordagem simplista que está relacionado comigo profundamente. Ele se desenvolve continuamente ao lado da banda e acho que ele realmente se superou dessa vez. A arte de capa é uma representação perfeita das letras, com a bela e brilhante fachada escondendo algo muito mais escuro embaixo, condizente com o ícone distintivo que simboliza esperança e luz no escuro. Os símbolos tornaram-se praticamente uma marca registrada da banda e esta capa é definitivamente a minha favorita até agora".
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Em Paralized, o tom entristecido repete-se nesta segunda faixa em suas primeiras notas que mostram um piano, mas, aqui os vocais estão consideravelmente mais agressivos, exceto em suas passagens Melódicas, sendo que ambos os lados são conduzidos perfeitamente pela banda com destaque ao baterista Peter Hanström e ao baixista Christian Höijer com seus toques opacos. E exalando muita fúria Room To Breathe é a terceira do cd e exceção do seu refrão melodioso, a ordem foi de soar bastante colérico a cada um de seus versos provocando certamente momentos de bastante headbanging em seu ritmo devidamente rude.
Depois o Imminence começa até mais leve e até um pouco Pop em Saturated Soul e adiciona um tanto de potência ao passar de seus minutos de forma que agradará os mais jovens. Para Infectious, o quinteto agregou elementos estranhos à canção que em uma primeira audição e mesmo com uma tendência mais calma, o lado onde seu ódio é exposto com muitos urros que aparecem com a firmeza necessária tornando a faixa interessante. Na sexta de Turn The Light On, a The Sickness, eles nos enviam uma composição onde os rugidos são bastante proeminentes, assim como sua baste Melódica, entretanto, a crueza obtida com os vocais em consonância com o baixo ressaltam o Metalcore contido em suas entranhas.
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A penúltima é Lighthouse e é definitivamente uma das mais encorpadas e rancorosas do cd, onde o Imminence buscou aplicar toda a sua ira nos vocais e nos toques sempre opacos de baixo deixando apenas poucos instantes Melódicos, que trazem novamente o violino tocado pelo vocalista. Finalizando o cd temos aos toques de piano Love & Grace levando muita emoção até o ouvinte em uma interpretação intimista de Eddie Berg na mais esbelta composição deste álbum do Imminence.
Para amantes de Killswitch Engage, All That Remains, Trivium e Bullet For My Vallentine este Turn The Light On do Imminence que saiu no Brasil em 2020 graças à parceria da Shinigami Records com a Arising Empire será um belo item em sua coleção, pois, incorpora o Metalcore com alguns flertes intrigantes com o Pop, além do inesperado uso do violino e do piano em diversas canções, cuja temática foi definida por Eddie Berg da seguinte forma: "O novo álbum do Imminence chama-se Turn The Light On e incentiva a lançar luz sobre a escuridão que carregamos. As letras do álbum abordam o conflito interior, insegurança, depressão e autodestruição. A música sempre foi, e agora mais do que nunca, uma saída e uma maneira de lidar com essas emoções. Este é o meu testemunho de minha doença mental. É o trabalho mais importante que já fizemos como banda".
Nota: 8,0.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2021
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