|
Quando uma banda anuncia um novo disco, todos os fãs já se enchem de alegria, quando esse disco é ao vivo, ficamos ainda mais contentes e
quando se trata da maior banda de heavy metal de todos os tempos, aí não tem jeito, é motivo para total e completa alegria do mundo headbanger.
É amigos e amigas do Rock On
Stage, estou falando do novo lançamento do Iron Maiden, o disco ao vivo
Death On The Road, que está saindo também em DVD,
registrando tudo que aconteceu na cidade alemã de Dortmund, cujo show foi realizado
na segunda feira, dia 24 de novembro de 2003, nos primeiros shows da
turnê do álbum Dance Of Death ( que passou também pelo Brasil e
tive o privilégio de curtir no Pacaembu em 2004, leia
review e um show que foi idêntico ao que ouvimos neste cd. )
|
Mas vou me restringir esta resenha ao cd, que é um álbum duplo e mais um ao vivo da vasta coleção do
Iron Maiden. O álbum tem uma introdução que remete aos rituais pagãos da Idade Média (
característica já usada no último ao vivo, o álbum Rock In Rio
), seguida da empolgante porrada de abertura com Wildest Dreams, cantada junto com o público, que
marca também o início do álbum Dance of Death, ( outra
característica desta nova fase do Iron Maiden, tocar a primeira
música do último disco de estúdio ).
Parece que o tempo não passa para Bruce Dickinson,
Steve Harris, Nicko McBrain, Adrian Smith, Janick Gers
e Dave Murray.
Vemos que Bruce com quase 50 anos ( ele vai fazer 48 ), não para quieto no palco e continua com aquela voz de trovão que sempre
cria o delírio da galera ao vivo. O mesmo pode se dizer do trio de guitarristas que faz cavalgadas espetaculares em todo o disco e a bateria incansável de
Mr. McBrain e o baixo galopante de Steve Harris.
|
|
Seguindo com as clássicas Wrathchild, Can I Play With Madness
( que desde os álbuns Live In Donnigton e A Real Live
One não apareciam nos shows ) e The Trooper que são executadas com a perfeição de sempre e levantam a galera na Alemanha. Apesar
desta seqüência clássica inicial, o que é mais legal neste disco, é ouvir as músicas novas, como por
exemplo a seguinte Dance of Death que na abertura, já nos
traz um clima sinistro em uma execução perfeita da música
( E o performático Bruce a introduz dizendo aquela velha frase: " Existem
mais coisas entre o céu e a terra que pressupõe a nossa vã
filosofia". Uma dessas coisas, com certeza é a instutuição de
heavy metal que é o Iron Maiden!!! ). É fantástico ouvir o
público de Westenfallenhalle em Dortmund acompanhando trechos da música na palmas.
|
|
|
Rainmaker, e a aclamada Brave New World seguem no
primeiro disco da bolachinha dupla, sendo que na segunda Bruce
Dickinson solicita a participação do público, que não é diferente nos demais discos ao vivo da donzela, mas fã que é fã não liga para esse detalhe e inclue o disco na coleção.
Uma explosão e efeitos de tiros marcam o início de uma das melhores músicas do disco, que é tocada com todos os seus 10 minutos,
estou falando de
Paschendale, que ao vivo, o afiadíssimo Iron Maiden, novamente a deixou
ainda mais espetacular do que a gravação de estúdio, para isso veja os solos do trio de guitarristas da
banda. Em Lord Of The Flyes, Bruce Dickinson mostra que pode cantar
as músicas de qualquer fase do
Maiden, afinal, somente um mestre dos vocais como ele pode ter esse direito.
|
No segundo cd temos No More Lies, que também é do álbum
Dance Of Death e nota-se o delírio dos alemães cantando, batendo palmas e
gritando com força os já tradicionais
'ooooo'. Seguindo com a sequência clássica que é para desbaratinar qualquer fã e pode ser considerada uma aula de heavy metal
temos:
Hallowed By The Name, Fear of the Dark e Iron Maiden
- esta última, onde
for tocada, é sempre maravilhoso ouvir os berros de "Scream for me....."
Após essa "aula", temos uma pausa e um momento mais calmo com
Journeyman, onde nota-se a presença dos violões, o que é um tanto quanto estranho em se tratando de
Iron Maiden, mas extraordinário em se tratando de música. Para fechar, temos
outro clássico com The Number Of The Beast ( que jamais poderá sair do set do
Iron Maiden ) e Run To The Hills.
Bem, caros amigos e amigas, o Iron Maiden em 2005,
excursionou promovendo o DVD The Early Years 1 que concentra seu repertório nos 4 primeiros discos da donzela.
Neste ano de 2006 teremos mais um álbum de estúdio e com certeza uma nova turnê mundial.
E este é um show que valer ver novamente.
Por que? Ouça Death On The Road e veja se consiga ficar parado e não cantarolar nenhuma parte do disco.
|
|
Outros dois destaques a serem mencionados são: a
excelente produção do álbum feita por Kevin
Shirley e Steve Harris e a ótima capa ( que mostra o Eddie
em uma carroça como " a morte na estrada" ) à
cargo de Melvyn Grant, responsável também pelas
ilustrações de Fear Of The Dark.
Mais um ao vivo, e agora é assim, disco novo, tour, disco ao vivo e
DVD ao vivo, é difícil manter a coleção atualizada, mas ainda
assim, lhes digo: Esse álbum é indicado para todos os fãs de heavy metal e em especial aos
" maidenmaniácos doentes ", como este que vos escreve.
Mais Iron Maiden: www.ironmaiden.com
Por Fernando R. R. Júnior
|