Iron Maiden -  Death On The Road - EMI
16 faixas - 2005
 

    Quando uma banda anuncia um novo disco, todos os fãs já se enchem de alegria, quando esse disco é ao vivo, ficamos ainda mais contentes e quando se trata da maior banda de heavy metal de todos os tempos, aí não tem jeito, é motivo para total e completa alegria do mundo headbanger.

    É amigos e amigas do Rock On Stage, estou falando do novo lançamento do Iron Maiden, o disco ao vivo Death On The Road, que está saindo também em DVD, registrando tudo que aconteceu na cidade alemã de Dortmund, cujo show foi realizado na segunda feira, dia 24 de novembro de 2003, nos primeiros shows da turnê do álbum Dance Of Deathque passou também pelo Brasil e tive o privilégio de curtir no Pacaembu em 2004, leia review e um show que foi idêntico ao que ouvimos neste cd. )     

    Mas vou me restringir esta resenha ao cd, que é um álbum duplo e mais um ao vivo da vasta coleção do Iron Maiden. O álbum tem uma introdução que remete aos rituais pagãos da Idade Média ( característica já usada no último ao vivo, o álbum Rock In Rio ), seguida da empolgante porrada de abertura com Wildest Dreams, cantada junto com o público, que  marca também o início do álbum Dance of Death,  ( outra característica desta nova fase do Iron Maiden, tocar a primeira música do último disco de estúdio ).

    Parece que o tempo não passa para Bruce Dickinson, Steve Harris, Nicko McBrain, Adrian Smith, Janick Gers e Dave Murray. Vemos que Bruce com quase 50 anos ( ele vai fazer 48 ), não para quieto no palco e continua com aquela voz de trovão que sempre cria o delírio da galera ao vivo. O mesmo pode se dizer do trio de guitarristas que faz cavalgadas espetaculares em todo o disco e a bateria incansável de Mr. McBrain e o baixo galopante de Steve Harris.

    Seguindo com as clássicas Wrathchild, Can I Play With Madness ( que desde os álbuns Live In Donnigton e A Real Live One não apareciam nos shows ) e The Trooper que são executadas com a perfeição de sempre e levantam a galera na Alemanha. Apesar desta seqüência clássica inicial, o que é mais legal neste disco, é ouvir as músicas novas, como por exemplo a seguinte Dance of Death que na abertura, já nos traz um clima sinistro em uma execução perfeita da música ( E o performático Bruce a introduz dizendo aquela velha frase: " Existem mais coisas entre o céu e a terra que pressupõe a nossa vã filosofia". Uma dessas coisas, com certeza é a instutuição de heavy metal que é o Iron Maiden!!! ). É fantástico ouvir o público de Westenfallenhalle em Dortmund acompanhando trechos da música na palmas. 

    Rainmaker, e a aclamada Brave New World seguem no primeiro disco da bolachinha dupla, sendo que na segunda Bruce Dickinson solicita a participação do público, que não é diferente nos demais discos ao vivo da donzela, mas fã que é fã não liga para esse detalhe e inclue o disco na coleção.

    Uma explosão e efeitos de tiros marcam o início de uma das melhores músicas do disco, que é tocada com todos os seus 10 minutos, estou falando de Paschendale, que ao vivo, o afiadíssimo Iron Maiden, novamente a deixou ainda mais espetacular do que a gravação de estúdio, para isso veja os solos do trio de guitarristas da banda. Em Lord Of The Flyes, Bruce Dickinson mostra que pode cantar as músicas de qualquer fase do Maiden, afinal, somente um mestre dos vocais como ele pode ter esse direito.    

    No segundo cd temos No More Lies, que também é do álbum Dance Of Death e nota-se o delírio dos alemães cantando, batendo palmas e gritando com força os já tradicionais 'ooooo'. Seguindo com a sequência clássica que é para desbaratinar qualquer fã e pode ser considerada uma aula de heavy metal temos: Hallowed By The Name, Fear of the Dark e Iron Maiden - esta última, onde for tocada, é sempre maravilhoso ouvir os berros de "Scream for me....."

    Após essa "aula", temos uma pausa e um momento mais calmo com Journeyman, onde nota-se a presença dos violões, o que é um tanto quanto estranho em se tratando de Iron Maiden, mas extraordinário em se tratando de música. Para fechar, temos outro clássico com The Number Of The Beast ( que jamais poderá sair do set do Iron Maiden ) e Run To The Hills.

    Bem, caros amigos e amigas, o Iron Maiden em 2005, excursionou promovendo o DVD The Early Years 1 que concentra seu repertório nos 4 primeiros discos da donzela. Neste ano de 2006 teremos mais um álbum de estúdio e com certeza uma nova turnê mundial. E este é um show que valer ver novamente. Por que? Ouça Death On The Road e veja se consiga ficar parado e não cantarolar nenhuma parte do disco.

    Outros dois destaques a serem mencionados são: a excelente produção do álbum feita por Kevin Shirley e Steve Harris e a ótima capa ( que mostra o Eddie em uma carroça como " a morte na estrada"  ) à cargo de Melvyn Grant, responsável também pelas ilustrações de Fear Of The Dark.

    Mais um ao vivo, e agora é assim, disco novo, tour, disco ao vivo e DVD ao vivo, é difícil manter a coleção atualizada, mas ainda assim,  lhes digo: Esse álbum é indicado para todos os fãs de heavy metal e em especial aos " maidenmaniácos doentes ", como este que vos escreve.

Mais Iron Maiden: www.ironmaiden.com

Por Fernando R. R. Júnior

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