Iron Maiden - Dance of Death 
 EMI 11 - faixas
 

    E mais um lançamento do Iron Maiden chegou nas lojas do mundo inteiro no mês de setembro, precisamente no dia 8, e nós, aqui do Rock On Stage, não poderíamos deixar passar despercebido mais uma aula de heavy metal que a melhor banda de heavy metal do mundo nos proporciona com este novo e maravilhoso trabalho chamado Dance of Death.

  O agora sexteto, que é composto o Iron Maiden, grava o segundo trabalho de estúdio com três guitarras  Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers, somados a voz fenomenal de Bruce Dickinson, o baixo espetacular de Steve Harris e a sempre competente bateria de Nicko McBrain


    Bem falando do disco, a capa, na nossa opinião não é o melhor trabalho realizado por um artista, em se tratando de um trabalho do Iron Maiden. Mas o som...   O Iron Maiden conseguiu de novo, mandou novamente 11 músicas que logo serão clássicos do heavy metal e estarão sendo pedidas por todos os ouvintes em programas de rádios especializados em metal. A música que abre o disco é Wildest Dreams ( Adrian Smith/Steve Harris ), que é perfeita, tem um refrão marcante e mostra tudo o que temos para ouvir em mais de uma hora de som. Nota-se que a voz de Bruce Dickinson está melhor do que nunca. O Iron Maiden como sempre é a única banda do mundo que não cria só músicas, mas sim hinos e esta com certeza já é mais um.
  
   A segunda faixa do Dance of Death é Rainmaker ( Dave Murray/Bruce Dickinson/Steve Harris )com riffs rápidos e muito bem trabalhados. Preste atenção no maravilhoso dueto de guitarras na parte do solo, é de deixar qualquer mortal arrepiado. 
Em seguida o primeiro momento épico com uma grande canção No More Lies ( Steve Harris ), que na primeira ouvida nos lembra um pouco a música The Clansman do  Virtual Evelen, com uma forte pegada na bateria no refrão e riffs maravilhosos. É uma das canções longas do disco, mas num trabalho tão excelente como este, tempo é o que menos se percebe. 

   O que se destaca também nesta música são as famosas frases de guitarras que todos nós cantarolamos sempre nos shows da Donzela. Notamos a presença sempre marcante dos teclados de Michael Kenney. Montsegur  ( Janick Gers/Steve Harris/Bruce Dickinson ) rápida e com uma grande dose de peso é a quarta faixa do cd, como é percebido nos solos de guitarras e bateria que no refrão da música tornam-se mais melódicos. Este som nos remete aos tempos do Powerslave pois tem uma levada a lá The Duellits  com o Bruce buscando notas altíssimas, se superando cada vez mais. É ...o Iron Maiden é fantástico.

    Depois temos a canção título do artefato: Dance of Death  ( Janick Gers/Steve Harris )uma das mais compridas do play e das que vale voltar para ouvir de novo. Outra canção épica, com um começo que lembra algo da era medieval, porém mais para o lado celta. É uma música realmente que marca na primeira audição, a variação, a riqueza trabalhada, os teclados, os solos e a sempre pegada competente de bateria de Nicko McBrain fazem de Dance of Death realmente um grande momento do disco. Uma faixa bem fantasmagórica que com certeza poderia ser incluída em qualquer espetáculo teatral. Realmente um pacto com a inspiração.

    Gates of Tomorrow ( Janick Gers/Steve Harris/Bruce Dickinson ) - faixa seguinte, outro grande momento de heavy metal de qualidade, a consistência de banda que é sentida é coisa que somente os melhores entre os melhores podem fazer. Mais uma faixa que é uma verdadeira porrada sonora com refrão bem marcante feito em dueto de voz pelo próprio Bruce. Sétima faixa do álbum, New Frontier  ( Nicko McBrain, Adrian Smith, Bruce Dickinson ) tem solos e voz rápidos de forma muito gostosa de se ouvir. E podemos perceber que a Donzela investiu novamente em guitarras matadoras e pesadas, rendendo-se novamente ao típico heavy metal tradicional. Esta faixa é uma grande prova disso.

    Em seguida o começo melodioso de Paschendale ( Adrian Smith/Steve Harris ), que alterna riffs pesados competentemente tocados pelo trio de força das guitarras - Smith, Gers e Murray,  e partes dedilhadas de forma perfeita, se encaixando com a voz de Bruce. Esta é uma típica faixa cadenciada que se por acaso for tocada nos shows teremos que treinar nossos hey...hey...hey!!! . O interessante é que no meio da música há uma tímida investida do Iron Maiden no prog-metal. É outro grande momento do disco e outra faixa longa, mas meu amigo ( a ) para quem gosta é um prato cheio.

  

    Mais um momento melódico do disco com Face In The Sand  ( Adrian Smith/Steve Harris/Bruce Dickinson )- e desta vez sente-se todo o poder de fogo do baixo de Steve Harris e uma grande participação dos teclados. Quase não se percebe que trocou de faixa devido à grande perfeição da música, e pelo fato dela ser também totalmente cadenciada. E mais uma vez notas altas vindas da voz do Bruce. Age of Innocence ( Dave Murray/Steve Harris ) - estamos quase chegando ao final do álbum, com mais uma bela canção com variações na voz de Bruce, que talvez não tivessem sido experimentadas antes. E  baixo / guitarras com rapidez excelentes alternando partes melódicas com refrão hard-rock, riffs bem encaixados e pesados.

 
  A música que fecha o disco é Journeyman ( Adrian Smith/Steve Harris/Bruce Dickinson ) uma quase balada que parece retomar o ambiente sonoro da canção Dance of Death e encerra o artefato de forma maravilhosa. A forte presença de teclados é novamente marcante. Nota-se também que é uma faixa totalmente acústica ( guitarra sem distorção ), lembrem-se que isso quase aconteceu somente no álbum Killers com a faixa Prodigal Son.
  
   Reserve já o seu, porque este disco do Iron Maiden - Dance of Death, com certeza vai figurar entre os  melhores discos de 2003. Agora é só esperar quando a turnê deste formidável trabalho vai passar pelo Brasil e conferir ao vivo tudo isto. É .... eles voltaram, prepare sua "air guitar". Desculpe-nos mas vamos ouvir o álbum inteirinho novamente. Up The Irons!!!!

Mais Iron Maiden: www.ironmaiden.com

Por Fernando R. R. Júnior

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