Depois temos a canção
título do artefato: Dance of Death ( Janick Gers/Steve
Harris )uma das mais compridas do play
e das que vale voltar para ouvir de novo. Outra canção épica, com um começo que lembra algo
da era medieval, porém mais para o lado celta. É uma música realmente
que marca na primeira audição, a variação, a riqueza trabalhada, os
teclados, os solos e a sempre pegada competente de bateria de Nicko
McBrain fazem de Dance
of Death realmente um grande momento do disco. Uma faixa bem
fantasmagórica que com certeza poderia ser incluída em qualquer
espetáculo teatral. Realmente um pacto com a inspiração.
Gates of Tomorrow ( Janick Gers/Steve Harris/Bruce Dickinson ) - faixa
seguinte, outro grande momento de heavy metal de qualidade, a
consistência de banda que é sentida é coisa que somente os melhores
entre os melhores podem fazer. Mais uma faixa que é uma verdadeira
porrada sonora com refrão bem marcante feito em dueto de voz pelo próprio
Bruce. Sétima faixa do álbum, New
Frontier ( Nicko McBrain, Adrian Smith, Bruce Dickinson ) tem solos e voz rápidos de forma muito gostosa de se
ouvir. E podemos perceber que a Donzela investiu novamente
em guitarras matadoras e pesadas, rendendo-se novamente ao típico heavy
metal tradicional. Esta faixa é uma grande prova disso.
Em seguida o começo
melodioso de Paschendale ( Adrian Smith/Steve Harris ), que alterna riffs pesados competentemente
tocados pelo trio de força das guitarras - Smith, Gers e Murray,
e partes dedilhadas de forma perfeita, se encaixando com a voz de Bruce.
Esta é uma típica faixa cadenciada que se por acaso for tocada nos
shows teremos que treinar nossos hey...hey...hey!!! . O interessante é
que no meio da música há uma tímida investida do Iron Maiden no
prog-metal. É outro grande momento do disco e outra faixa longa, mas meu amigo ( a )
para quem gosta é um prato cheio.
Mais um momento
melódico do disco com Face In The Sand ( Adrian Smith/Steve
Harris/Bruce Dickinson )- e desta vez sente-se todo
o poder de fogo do baixo de Steve Harris e uma grande
participação dos teclados. Quase não se percebe que trocou de faixa
devido à grande perfeição da música, e pelo fato dela ser também
totalmente cadenciada. E mais uma vez notas altas vindas da voz do Bruce. Age of Innocence ( Dave Murray/Steve Harris ) - estamos quase chegando ao final do
álbum, com mais uma bela canção com variações na voz de Bruce,
que
talvez não tivessem sido experimentadas antes. E baixo /
guitarras com rapidez excelentes alternando partes melódicas com refrão
hard-rock, riffs bem encaixados e pesados.
A música que fecha o disco é Journeyman (
Adrian Smith/Steve Harris/Bruce Dickinson ) uma
quase balada que parece retomar o ambiente sonoro da canção Dance of
Death e encerra o artefato de forma maravilhosa. A forte presença de
teclados é novamente marcante. Nota-se também que é uma faixa totalmente acústica (
guitarra sem
distorção ), lembrem-se que isso quase aconteceu somente no álbum Killers
com a faixa Prodigal Son.
Reserve já o seu, porque este
disco do Iron Maiden - Dance of Death, com certeza
vai figurar entre os melhores discos de 2003. Agora é
só esperar quando a turnê deste formidável trabalho vai passar pelo
Brasil e conferir ao vivo tudo isto. É .... eles voltaram, prepare sua
"air guitar". Desculpe-nos mas vamos ouvir o álbum inteirinho
novamente. Up The Irons!!!!
Mais Iron Maiden:
www.ironmaiden.com
Por Fernando R. R. Júnior