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Lamb Of God -
Lamb Of God
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Isso, de certa forma, se tornou fácil para D. Randall Blythe encontrar, afinal, nossa sociedade está cada vez mais caótica, conforme atesta o vocalista ao dizer: "Tudo está mudando tão rapidamente que é impossível apontar o dedo em uma direção específica pois isso amanhã mudará. Então eu escolhi compor esse álbum sobre o ambiente mental global que permitiu que essa situação fodida ocorresse. Anotei uma lista de tópicos que gostaria de abordar: onde toda essa loucura começou?, a doença social de onde tudo decorre. Acredito que todos os nossos problemas decorrem da criação da cultura de consumo, começando com a Revolução Industrial. E foi isso que inspirou a música 'Gears'".
Mas, não pense que esta raiva é para ser absorvida de forma aleatória, para Willie Adler, o correto é ouvir o álbum Lamb Of God na sequencia correta, segundo as suas palavras: "Os álbuns devem ser ouvidos do começo para o fim. Temos o privilégio de poder lançar um álbum no mundo. [Mas] você pode ter várias músicas ótimas, mas, se elas não estiverem na ordem certa, um álbum simplesmente deixa de ser o que deveria ser". E John Campbell conclui o raciocínio ao dizer: "Toda vez que lançamos um disco, temos muitas discussões acaloradas sobre [a ordem das músicas]. Nós o encaramos como um álbum mais do que apenas uma coleção de músicas. O que nos leva de volta à decisão de chamar o álbum simplesmente de Lamb Of God".
Já sobre a escolha do título John Campbell pontua: "Nós estamos muito convictos sobre este álbum e sobre quem e o que somos". E D. Randall Blythe finaliza: "Colocar nosso nome é uma declaração, Este é o Lamb Of God. Aqui e agora." Lamb Of God foi gravado no Studio 606 em Northridge na Califórnia com gravações adicionais realizadas no The Halo Studio em Westbrook/ME, no Flagship Studio em Virginia Beach/VA e no In Your Ear Studios em Richmond/VA.
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Na quarta temos toques opacos de baixo de John Campbell ao fundo e uma verdadeira destruição pouco depois, que deixam claro a criatividade da banda, mesmo em uma faixa mais áspera como Reality Bath cheia de vocalizações ferozes e envolventes. Em New Colossal Hate, D. Randall Blythe solta cada pedacinho de sua ira e nos acerta com sua letra deveras atual a ponto de despertar a vontade se manifestar contra esta porcaria toda que temos no mundo ( que acho que não preciso entrar em detalhes ), sendo que isso é feito diante de um ritmo cativante e deveras robusto em que saliento novamente os toques do baixista John Campbell, que se aproxima de um Thrash/Death Metal.
Não pense que pelo início suave de Ressurection Man, o Lamb Of God vai aliviar... pelo contrário, o quinteto envia outra faixa totalmente dilaceradora e repleta de urros totalmente grosseiros como eles ( e nós ) gostamos para culminarem em um ponto onde devemos pular bastante a abrir aquela roda nesta composição cadenciada, onde o Groove praticado por eles se faz presente e contagiante, porém, o melhor é para o final em que elevam a violência ao máximo acelerando o andamento. Na sétima do cd, a ríspida Poison Dream, D. Randall Blythe recebe Jamey Jasta do Hatebreed para juntos manterem o nível de brutalidade ouvido aqui intacto em meio aos sempre cativantes solos de guitarras feitos por Mark Morton e Willie Adler revelando as linhas rudes impostas aqui.
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Este novo e autointitulado álbum do Lamb Of God, que foi lançado no Brasil graças à parceria da Shinigami Records com a Nuclear Blast mantém a tradição dos americanos de nos entregar um disco firme, feroz, coeso, técnico, atordoante e que será do agrado dos exigentes fãs da banda em que Art Cruz substituiu muito bem Chris Adler tocando como um relógio as habilidosas linhas instrumentais criadas pelos demais.
Embora não tenha sido criado para refletir toda a ignorância, burrice e incapacidade de muitos dos governantes estão demonstrando diante da atual pandemia e todos os problemas que são gerados por conta disso, Lamb Of God é uma adequada trilha sonora para chegarmos em casa e liberarmos toda a maldade que recebemos por esta completa inaptidão destas ditas autoridades preocupadas com o povo. Em suma... se é um caos extremo que você quer caro leitor(a) do Rock On Stage é o que você terá nos 44 implacáveis minutos deste cd.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2021
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