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Lancer -
Mastery
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E como manda os fundamentos do Power Metal, o Lancer começa Mastery com Dead Raising Towers pesado, além de toda velocidade das guitarras incrustada e também com vocais empolgantes em um ritmo animado com o refrão pronto para clamar nossa participação. Em seguida, temos Future Millennia, que exibe seu andamento rápido de solos melodiosos e com uma base Heavy Metal, onde de vocais Isak Stenvall aparecem me lembrando bastante do nosso Angra. Para a canção título, a Mastery, o Lancer apresenta um início elaborado, que posteriormente aumenta seu peso e exibe um refrão em coro altamente inspirador para cantar com eles neste verdadeiro tributo ao Helloween, que teve direito aos vocais do inigualável Michael Kiske junto a Isak Stenvall, que juntos inflamam a música. A liga que os suecos aplicaram nesta faixa certamente conquistará o fã facilmente, confirme reparando por exemplo nos toques feitos pelo baixista Emil Oberg e pelo baterista Sebastian Pedernnera.
De ares mais épicos em seus dedilhados e nos seus vocais em sua parte inicial, Victims Of The Nile ganha mais força em seu decorrer e aqui... Isak Stenvall coloca a prova sua potente voz caprichando nos agudos e nos inspirando a socar o ar, fato que se amplifica quando eles aceleram o ritmo da música, onde concedo o destaque aos solos de guitarras feitos por Ewo Solvelius e Frederik Kelemen em perfeita sincronia com o baixo e a bateria, que pouco depois retornam com o estilo do princípio e a finalizam de forma grandiosa se tornando a minha favorita deste quarteto de canções. Em Iscariot, o quinteto aborda aquele que seduzido pelo dinheiro fez o que fez com Jesus Cristo através de um Power Metal acelerado e flamejante no padrão do Gamma Ray, cujas vocalizações e condução instrumental cheia de variações são instantaneamente impactantes e agradáveis para os fãs do estilo. Mais cadenciada, Follow The Azrael versa sobre o anjo da vingança da fictícia e secreta Ordem de São Dumas em um formato deveras cativante com os sempre polivalentes vocais de Isak Stenvall, porém, quando eles aceleram a música é quando sentimos o tamanho de sua energia. Atenção ao trecho mais lento e nos repiques feitos pelo baterista Sebastian Pedernnera, que abrem espaço para os solos de guitarras e outra incursão mais rápida.
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Terminando Mastery, o Lancer nos coloca diante do Heavy Metal Melódico de The Wolf And The Kraken, que é bastante infectante e detentora de ótimos solos de guitarras, além de contar também com um refrão de fácil assimilação e que fica na memória. Escondida do tracklist do álbum, os suecos incluíram uma outra versão de Follow The Azrael em uma pegada cheia de voltagem em que os vocais e os solos de guitarras são explorados ao máximo e envoltos em uma base marcante de baixo e bateria ( aliás, em todo o disco ) em que necessito ressaltar o trabalho de Emil Oberg e Sebastian Pedernnera, respectivamente.
Mesmo sem revolucionar o Power Metal, até porque se fizessem isso, o álbum Mastery não seria tão bom quanto é, os suecos do Lancer provaram que são fieis e capazes de nos mostrar músicas de acordo com os mandamentos do estilo e com um detalhe importante: sem utilizar teclados em nenhuma canção, garantindo a vibração com baixo, guitarra, vocais e bateria desta forma, como explica Isak Stenvall: "Nós queríamos que este álbum soasse tão semelhante quanto possível de como nós somos ao vivo, e com isso eu quero dizer sem overdubs, sem teclados e, claro, sem edição corrigindo cada nota que tocamos, colocando-a na ordem 'correta'. Você pode escrever músicas de Metal variadas e bombásticas com só quatro instrumentos, está tudo nos arranjos. É por isso que o nosso álbum soa tão orgânico!". Em suma, ouça e divirta-se com o som deste lançamento da Shinigami Records no Brasil.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2018
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