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Light The Torch -
You Will Be The Death Of Me
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O aspecto de união enfatizado por Howard Jones está explícito nesta fala do músico: "Apesar de eu ser meio solitário, esta banda tornou-se uma família de verdade. Minhas experiências com Ryan e Fran - dentro e fora da banda - realmente nos uniram. Acho que este álbum realmente mostra e representa quem somos como grupo". Informação que é completada por Francesto Artusato: "Cada segundo neste álbum foi devidamente planejado. O desempenho de Howard me dá arrepios, porque parece tão vivo. Há muita emoção nele. Eu conheço o cara muito bem, neste ponto, e nossa amizade é uma grande parte do Light The Torch".
Esta ideia fica evidenciada também na capa de You Will Be The Death Of Me, que é bonita e sombria ao mesmo tempo com sua cruz e suas caveiras, cujo desenho é de Francesco Artusato e este lembra sobre como foi a gravação do cd nas seguintes palavras: "Durante todo o processo de gravação, Howard ficou na minha casa comigo e minha esposa. Eu gosto de cozinhar e uma noite, durante a primeira semana de pré-produção, eu fiz a janta para todos. Uma compilação com 'Sign Your Name' começou a tocar e eu pensei: Eu posso fazer uma versão que soaria incrível! Howard também conhecia e amava a música. Por mais louco que parecesse, funcionou muito bem".
Sendo que o vínculo entre eles está devidamente forte como o som, conforme Howard Jones enfatiza: "Nós queríamos fazer um álbum de fácil audição, totalmente divertido e que não afrouxasse. Ao mesmo tempo, mostramos um pouco de coração, paixão e conexão. É o que sempre pretendemos fazer com esta banda". Em tempo, a masterização deste álbum é do renomado Ted Jensen e feita no Sterling Sound em Nashville no Tenensse nos Estados Unidos. Conhecendo estas considerações dos músicos do Light The Torch vou a partir de agora comentar mais detalhes de You Will Be The Death Of Me.
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De princípio sombrio e até viajante, Become The Martyr marca a sétima de You Will Be The Death Of Me e percebemos elementos que a deixam mais acessível para execuções em rádios com Howard Jones interpretando seus versos com muita habilidade, mesmo quando ele rasga a voz e em tese adiciona uma sequencia mais pesada na canção, mas, o que marca são as movimentações eletrônicas. O álbum segue com Something Deep Inside, que até detém um ritmo envolvente, mas que é aniquilado quando Howard Jones solta toda a ira que é capaz de colocar na música. Outra que é teoricamente leve é I Hate Myself, digo teoricamente porque seu estilo melódico mascara os seus trechos de irritação, embora, com as incursões dos sintetizadores, o Light The Torch não colocou tanto peso na canção, mas por outro lado aplicou excelentes variações em seu andamento deixando-a bastante criativa.
Entretanto, para recompensar, o ódio pleno é resgatado em Denying The Sin e em sua maior parte são urros e vocais rasgados em uma base instrumental cheia de habilidade e técnica como podemos perceber nos solos de Francesco Artusato em sua guitarra, mas claro, quem aprecia a versatilidade de Howard Jones poderá conferir seus vocais normais em trechos pontuais. A penúltima é Comeback To The Quicksand, que acalma um pouco depois do esmagamento anterior com o vocalista expressando por uma linhagem melodiosa e atraente, mas que após seus solos de baixo e de guitarra possui também algumas breves partes vigorosas. No final de You Will Be The Death Of Me, uma surpresa: a versão do Light The Torch para Sign Your Name do cantor de Rhythm and Blues Terence Trent D'arby, que ficou muito bem tocada por todos na banda e até detentora de um andamento viajante.
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