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A abertura acontece com a faixa Intro com aquele clima infantil de circo, que traz a violenta e rápida Your Window Is Open desferindo seus vocais urrados e seu ritmo alucinante totalmente sem piedade para quem está ouvindo o início desta aberração sonora ( repare nos solos de guitarras e compreender sua loucura ), que teve sua letra inspirada em Richard Ramirez ( serial killer, estuprador, pedófilo, assaltante e satanista, que cometeu seus crimes entre 1984 e 1985 e ganhou os apelidos de The Walk In Killer, Valley Intruder - por conta de assassinatos cometidos no Vale de San Gabriel - e Night Stalker ), que utilizou armas de fogo, facas, chave de roda, martelo, chutes e pisões em seus ataques e ainda por cima desenhava pentagramas com batons nos locais dos crimes e nos corpos das vítimas. Ele foi condenado à 19 penas de morte, mas acabou morrendo por conta de um linfoma, enquanto aguardava por sua execução em San Quentin.
Depois em Joe Ball Was His Name, que narra um pouco da história de Joseph Douglas Ball, conhecido como o Alligator Man e que era suspeito de matar 20 mulheres até a década de 30 e 'livrava-se' dos corpos de suas vítimas alimentando seus crocodilos de estimação e o Macabre apresenta uma música de vocais grotescos e com um andamento até que leve e com um teor de sarcasmo, bem ao contrário do que este monstro fazia. A próxima atrocidade sonora é a intensa e estranha Stinky, que exibe interessantes toques do baixista Nefrarios, passando por linhas de vocais obscurecidas e porque não dizer enlouquecidas, um ritmo quase que divertido se o tema de sua letra não fosse o que é... que é sobre John Wayne Gacy, o serial killer e estuprador que recebeu o codinome Palhaço Assassino, que torturou, estuprou e matou ao menos 33 jovens entre 1972 e 1978 no condado de Cook em Illinois, resultando em uma condenação de 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte.
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A nona de Carnival Of Killers é a Slaughter House e com um tom de suspense e um formato sombrio, que sofre várias alterações de ritmo passando por partes que transitam entre o Doom e o Death Metal, sempre se tornando mais caótica a cada momento ao contar mais sobre Albert Hamilton Fish ( um pedófilo, masoquista, serial killer e canibal norte-americano de Washington DC que ficou conhecido como o Lobisomen de Wysteria e o Vampiro do Brooklyn ), que molestou mais de 100 crianças, suspeito de muitas mortes, que raptou e desapareceu com a criança Grace Budd, a quem a letra da música se refere. Ao menos esta peste chamada Albert Hamilton Fish foi condenado à morte na cadeira elétrica em 1936.
Breaking Point traz ótimos solos de guitarra feitos por Corporate Death, que abrem atormentada The Lake Of Fire de vocais e ritmo barbaramente agressivos ( repare nos solos de guitarra como são envolventes ), que conta mais sobre Leonard Lakes ( ou Leonard Thomas Lake, também conhecido como Leonard Hill e muitos outros pseudônimos ), mais um serial killer norte-americano, que junto ao cúmplice Charles Ng foram responsáveis por cerca de 25 estupros, torturas e assassinatos na cabana remota perto de Wilseyville no Condado de Calaveras na Califórnia, à 150 milhas leste de San Francisco. Este detestável ser humano ao ser preso em 1985 por porte de armas ilegais, fraude e roubo de automóveis engoliu pílulas de cianeto e morreu quadro dias depois.
Para a Warte, Warte, o trio colocou versos em alemão, pois, sua letra foi inspirada em Fritz Haarmann ( ou Friedrich Heinrich Karl Haarmann, O Vampiro de Hanover ou O Carniceiro de Hanover, que pelo bem da humanidade foi executado após ter sido provado o assassinato de 27 adolescentes, entretanto, atribuem-se à ele mais de 100 vítimas ). A alcunha de vampiro foi dada por conta da confissão de seus crimes ao ser preso ao dizer que violava suas vítimas e através de uma mordida cortava a carótida e a traqueia delas. Já a música, o Macabre optou por um estilo que foi criado através de uma versão Punk Rock de um hit germânico dos anos 50 passando um ar de serenidade a esta composição, que sabemos que é incorreto, afinal... a temática escolhida pela banda neste disco foi de mostrar alguns dos piores psicopatas que temos notícia.
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Quase no final, de um andamento mais lento - porém cavernoso - e com agudos sinistros a lá Mercyful Fate temos Corpse Violator, que é detentora de uma pegada devidamente aterrorizante e finalizando temos The Murder Mack, que chega como um rolo compressor arrebentando com tudo, exceção de seu maluco refrão, sendo que a canção conta mais sobre Mack Ray Edwards, um operador de equipamento pesado americano, que foi condenado por abuso sexual infantil e assassinatos em série de seis crianças em Los Angeles na Califórnia entre 1953 e 1970, que antes de ser executado na prisão cometeu suicídio por enforcamento em sua cela.
Se você sobreviveu a demência total promovida pelo Macabre e que incluiu nos instantes finais de Carnival Of Killers aquela jovialidade das músicas de circo... saiba que afirmo com certeza... este é um dos álbuns mais bizarros e estranhos álbuns que já ouvi na vida, que ficou tão centrado nos assassinos em série e em suas histórias, que a parte musical que deveria ser mais voltada aos estilos como Death, Thrash e ao Grind, quase desapareceram neste verdadeiro universo de loucuras doentio, que eles classificam como Murder Metal.
Nota 7,0.Por Fernando R. R. Júnior
Março/2022
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