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Ministry
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Moral Hygiene
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Este novo Moral Hygiene sucede o aclamado Amerikkkant de 2018 ( considerado pela Loudwire como o discurso sobre o Estado da União de Al Jourgensen ) e como uma reação da chegada de Donald S. Trump ao poder, conforme o músico relata: "com AmeriKKKant eu fiquei em choque com a vitória de Trump. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que tinha que fazer algo. Porque eu acredito que se você é um músico ou um artista, você deve expressar o que está acontecendo ao seu redor por meio de sua arte. Isso vai acontecer, você fazendo isso de forma consciente ou inconsciente. Moral Hygiene, no entanto, progrediu ainda mais em uma advertência do que acontecerá se não agirmos. Há menos raiva, mas há mais reflexão e apresento alguns convidados para ajudar a consolidar esta narrativa".
E apesar das mensagens sérias de Moral Hygiene, Al Jourgensen se declara mais positivo que antes ao afirmar: "isto pode parecer loucura, mas estou mais esperançoso em 2021 do que em pelo menos duas décadas, porque eu vejo as coisas mudando; as pessoas estão começando a ver através de toda a besteira e querem voltar ao decoro real na sociedade. Nós poderíamos apenas tratar bem os outros e ser bem tratados em troca. Eu nunca pensei que o Ministry estaria na posição de pregar os valores tradicionais, mas isto é ser rebelde agora".
Na capa de Moral Hygiene temos uma moça segurando uma bandeja no estilo dos anúncios dos anos 50 na América e desta vez com itens importantes e que parecem esquecidos pela humanidade, itens como "caixa de sanidade", "esperança enlatada" e "opiniões liofilizadas" em uma criação de Billy Morrinson ( que integra o Royal Machines e a banda do cantor Billy Idol ). O processo de mixagem foi realizado por Al Jourgensen e Michael Rozon enquanto que a e masterização é de Dave Donnely e feita no DNA Mastering.
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Salientando as mentiras ( ou fake news ) que nos são empurradas diariamente como verdades, temos Disinformation, cujo lado Industrial se faz presente tornando a canção diferenciada ao som que costumamos ouvir, porém, com uma letra atual e totalmente aplicável à realidade destes últimos anos, seja no Brasil ou lá fora e para Al Jourgensen ( e todo mundo que pensa livremente um pouco ): "A solução para desinformação não é surtar, mas buscar pelas notícias em fontes confiáveis e pensar criticamente a respeito de tudo que você ouve", conforme dito por ele nos versos da canção. A encorpada e cadenciada Search and Destroy traz como convidado o ex-Megadeth ( e atual Dieth ) David Ellefson no baixo, além de Billy Morrison na guitarra enquanto que Al Jourgensen canta liberando toda sua raiva em meio aos efeitos industriais que incluíram na versão da composição do The Stooges.
Depois ainda com David Ellefson no baixo atuando notavelmente temos Believe Me ( com letra centrada na complicada eleição americana de 2020 em que muitos erroneamente contestam o seu resultado ), que chama a atenção nos toques de violão em seu andamento, que faz esta sexta canção de Moral Hygiene soar interessante aos padrões do Ministry culminando em um final surreal, que se interliga com algumas vozes ao fundo em Broken System, faixa que Al Jourgensen está mais embrutecido e nos convoca a agir e salvar o planeta embalado por um ritmo pulsante, constante e devidamente fortificado. Mergulhando definitivamente no lado Industrial, Al Jourgensen apresenta We Shall Resist, que é praticamente um discurso e uma verdadeira conclamação para que nós resistamos à esta ascensão de líderes que flertam com o fascismo no mundo enfrentando estes novos opressores.
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