Municipal Waste - Slime and Punishment
14 Faixas - Shinigami Records - 2017

    Gravado de acordo com o tempo da banda, o novo álbum de estúdio do Municipal Waste, o Slime and Punishment só foi lançado cinco anos após o anterior, o The Fatal Feast ( Waste in Space ) e marcou a entrada de Nick Poulos na guitarra ao lado de Tony Foresta nos vocais, Ryan Waste na guitarra e vocais, Phil "LandPhill" Hall no baixo e backing vocals e Dave Witte na bateria. O Municipal Waste surgiu em 2001 na cidade de Richmond na Virginia nos Estados Unidos e desde então detona com fúria o seu Crossover/Thrash Metal influenciado por nomes do porte de Suicidal Tendencies, D.R.I., Nuclear Assault e Anthrax, que nestes 16 anos de carreira nos rendeu seis álbuns de estúdio ( contando este lançamento da Shinigami Records no Brasil ), três EP´s e quatro splits.

    Este disco teve seu processo de gravação realizado no Blaze Of Torment Studios comandado por Phil "LandPhil" Hall ( que estuda engenharia musical ) junto a Josh Hall e Rob Caldweel. Para a mixagem e masterização, o quinteto escolheu Bill Metoyer ( que já trabalhou com o Slayer, W.A.S.P., Dark Angel e Lizzy Borden ) e na capa vemos o mascote da banda preso à uma parede em um desenho de Andre Bouzikov ( que já criou a capa dos álbuns Massive Agressive e The Art Of Partying ) e o layout do cd é do nosso conhecido brasileiro Marcelo Vasco.

   Para a abertura de Slime and Punishment, o Municipal Waste ataca com a dilacerante Breathe Grease, que chega detonando para valer com seus vocais furiosos e passa aquela adrenalina Thrash Metal em sua parte instrumental. Sem tempo para pensar, eles seguem com a veloz como um raio Enjoy The Night, que após uma sequencia de riffs cadenciados é encerrada, ou seja, é curta, direta e bem 'sangue no zóio'. Dying Situations continua o raivoso álbum com seu estilo colérico de solos encorpados e vocais repletos de ira, além de acelerações de andamento para banguear ou abrir uma roda.

    As faixas são sempre de pouco mais de dois minutos, porém, frenéticas o tempo todo, como é o caso da matadora Shrednecks, que é uma pancadaria pesadaça e que te pega no ritmo instrumental ou no ódio incrustado em seus vocais. Em Poison The Preachers, os guitarristas enviam solos que convocam a esmagadora bateria de Dave Witte de forma que Tony Foresta possa disparar seus vocais revoltos e em seguida, o Municipal Waste alterne a trechos mais cadenciados com a devida precisão em um Crossover imperante e desordeiro.

     Para Bourbon Discipline, os solos de guitarras realizados por Nick Poulos e Ryan Waste ditam o caminho que a música seguirá é um Speed Metal devastador e com vocais inflamados, que te levam a pensar a agitar bastante mesmo ouvindo o cd em casa. A destruição continua com a fulminante Parole Violations, que é veloz, tem suas guitarras soladas com 'brabeza' e de forma constante, além de trazer Vinnie Stigma do Agnostic Front como um policial contracenando com o 'transgressor' Tony Foresta nos vocais em um verdadeiro caos sonoro. Na oitava, sim, isso mesmo, o álbum é de tempo reduzido e sua audição é bastante rápida, encontramos a faixa título Slime and Punishment, cujo refrão e ritmo nos convidam a gritar com o Municipal Waste em uma linhagem Heavy Metal muito bem construída e um tanto que cadenciada.    

    Depois temos a incendiária Amateur Sketch, que mantém amplificada a ferocidade do quinteto, seja nos vocais ou nos avassaladores solos de guitarras, que juntos aos toques de baixo e bateria não param por nada. E a banda continua a 'descer a ladeira à milhão' com Excessive Celebration, onde percebe-se também os sempre certeiros e fortes toques do baixista Phil "LandPhill" Hall além de vocalizações simplesmente implacáveis. Carregada e ainda mais explosiva, Low Tolerance é a décima primeira faixa de Slime and Punshiment com os níveis de violência sonora elevados ao topo, porém, mesmo neste acelerado ritmo, podemos notar a qualidade dos solos de Nick Poulos e Ryan Waste em suas guitarras... ponto para a produção e mixagem.

    Under The Waste Command é uma impactante faixa instrumental, que é tão insana quanto as demais e por conta disso, conta com solos mais vigorosos, que cativam facilmente. A penúltima recebeu o nome de Death Proof e torna-se mais rápida e pesada à maneira que é exibida, sendo que aqui os vocais de Tony Foresta estão exalando toneladas de selvageria. Em álbuns como Slime and Punishment, quase não se consegue comentar sobre o baterista, mas, sem a eficaz atuação de Dave Witte... metade do peso do Municipal Waste não existira, conforme está cravado também na última música do cd, a crua até o talo Think Fast, que também evidencia o baixista Phil "LandPhill" Hall em toques poderosos, que deixam os demais livres para outra libertadora composição, que é acelerada a plena potência.

    Um álbum como Slime and Punishment do Municipal Waste só pode ser definido através de palavras como intenso, caótico, brutal, insano, acelerado e capaz de conquistar o fã tão rápido quanto os seus 28 minutos de tempo total. É Thrash Metal, é Crossover, é fabuloso e pronto para aniquilar com tudo e todos.
Nota: 9,5.

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Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2018

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