Old Man's Child - Slaves Of The World
9 Faixas - 2009/2010 - Shinigami Records

    O guitarrista do Dimmu Borgir ( e aqui multi instrumentista ) Galder iniciou as atividades do Old Man's Child com o baterista Tjodalv e o guitarrista Jardar no ano de 1989 e de lá para cá, o Old Man´s Child consolidou-se na cena extrema com gravou seis álbuns gravados. É bem verdade que o último saiu apenas em 2005, e quatro anos depois, em 2009, o Old Man's Child finalmente lançou o seu sétimo cd Slaves Of The World ( aqui no Brasil chegou em 2010 pela Shinigami Records ) que foi gravado e mixado no Studio Fredman em Gothemburg na Suécia por Henrik Udd e Fredrik Nordström entre 8 e 27 de setembro de 2008 com a masterização de Peter De Betou no Tailormaid na Noruega.

    A ótima e obscura arte da capa é mais um trabalho do desenhista brasileiro Gustavo Sazes, responsável pelas capas de muitos artistas nacionais e internacionais. E assim, como no Dimmu Borgir, o som é voltado para o death/black metal melódico bastante agressivo, só que neste cd, Galder toca todos os instrumentos muito bem, exceção feita apenas para a bateria, que ficou sob o comando de Peter Wildoer ( do Pestilence ).

     O disco é aberto com a faixa título Slaves Of The World que emite um intenso e sombrio death metal melódico vocalizado com muita fúria por Galder, seu andamento é pesadíssimo, muito bem trabalhado e garante ótimas evoluções ao longo dos seus quase cinco minutos. Saviors Of Doom, a segunda, é mais rápida e cantada de forma mais gutural, e mesmo com todas as linhas melódicas do Old Man's Child, o resultado é uma pancadaria bem forte e densa para bater cabeça mesmo, com todos os instrumentos aparecendo muito bem, o que comprova o bom trabalho de produção que agradará os fãs do metal extremo.

    The Crimsom Meadows é mais cadenciada e Galder deixou sua voz o mais sinistra e urrada possível, e como é de costume, nas partes aceleradas, notamos a bateria de Peter Wildoer sendo executada com muitos triggers. Unholy Foreign Crusade começa bem veloz, com uma parte instrumental destruidora e vociferações guturais mortíferas que são ideais para a abertura das rodas nos shows. Os teclados preenchem as lacunas restantes e deixam um clima mais soturno e melódico no ar. A seguinte, Path Of Destruction é um ode aos mais poderosos death metal, pois seu andamento - que lembra uma marcha militar com muitos repiques - é bastante pesado e o Old Man´s Child inclui suas ótimas alternações de dedilhados e piano que dividem o espaço com a pegada forte na bateria, se isso não bastasse, o vocalista a deixa ainda mais visceral com seus guturais.

    The Spawn Of Lost Creation possui um sufocante riff inicial e assim que os vocais de Galder aparecem, o ambiente devastador é mantido, seja nas evoluções vigorosas do baixo e da bateria ou ainda no caos imposto pelo poderio dos solos de guitarra; estes fatos, fazem desta música uma das melhores de Slaves Of The World. On The Devil´s Throne dá sequencia ao cd com uma alternância de ritmos significativa e por alguns momentos é mais calma, para em seguida mergulhar no mais violento, rápido e profundo death metal. Nesta, os vocais estão caminhando tão juntos com o instrumental que escancaram a ódio que Galder quis aplicar na composição.

    Ferden Mot Fiedens Land tem seus primeiros minutos com muito peso e depois a ênfase nos teclados evidenciam o porque do 'melódico' no estilo do Old Man´s Child, mas a guitarra -  que está mais cadenciada e devidamente pesada - deixa o caminho seguro para que Galder urre furiosamente e faça desta música um perfeito inferno sonoro. Os dedilhados iniciais de Servants Of Satan´s Monastery são rompidos assim que a vigorosa força aplicada pelo Old Man´s Child tomam conta desta última faixa de Slaves Of The World, e os instantes mais calmos são destruídos com os urros amaldiçoados de Galder.

    Em suma, Slaves Of The World é um álbum implacável, fará muita gente bater a cabeça com avalanche sonora monstruosa - e afirmo, muito bem produzida -  a que um trabalho mais melódico. Quem gosta de um som massacrante, que honre as tradições do death/black metal e tenha algumas pitadas melódicas, corra atrás deste disco.
Nota: 7,0

Site: www.myspace.com/officialoldmanschild

Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2010

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