Overkill - The Grinding Wheel
11 Faixas - Shinigami Records - 2017

    Os 'operários trituradores de cabeças' do Overkill da cidade de Nova Jérsei estão na ativa desde 1980 e nestes 37 anos são juntos ao Metallica, Exodus, Slayer, Megadeth, Anthrax e outros, responsáveis por forjarem o Thrash Metal do jeito que conhecemos. Em fevereiro de 2017, época que o 18º álbum de estúdio do Overkill foi lançado sob o nome de The Grinding Wheel, o line up era o seguinte: Bobby "Blitz" Ellsworth nos vocais, Dave Links e Derek "The Skull" Tailer nas guitarras, D. D. Verni no baixo e Ron Lipnicki na bateria ( que saiu e foi substituído por Jason Bittner ), pouco tempo depois do disco ser disponibilizado. Na capa feita por Travis Smith ( que já desenhou para o Death, Amorphis, Anathema, Katatonia, Iced Earth, King Diamond, Opeth e até o Overkill ) vemos as engrenagens da 'usina de fundição metálica' que é o Overkill em pleno funcionamento já dando uma ideia do que vamos encontrar nas 14 faixas, que comento mais abaixo.

   As gravações foram realizadas no Gear Recordind Studio em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, no SKH Studios em Stuart na Flórida e no JRod Productions, sendo somente a bateria registrada no Shorefire Studio em Long Beach em Nova Jérsei com Joey DeMaio ( Manowar ). Os processos de mixagem e masterização ficaram por conta do experiente e renomado Andy Sneap ( que já trabalhou com Nervermore, Exodus, Accept, Opeth, Saxon, Megadeth e muitos outros ).

   Aberto com uma sequencia marcante na bateria de Ron Lipnicki, que se liga em uma eletrificada e contagiante 'rifflerama' de Dave Links e Derek "The Skull" Tailer nas guitarras, que trazem os vocais de Bobby "Blitz" Ellsworth, Mean, Green, Killing Machine deixa claro o poderoso nível de Thrash Metal que teremos neste álbum, onde já nesta primeira faixa contamos com excelentes flertes com o Heavy Metal. Depois temos Goddaman Trouble, que é mais rápida, pulsante e vocalizada com fúria por Bobby "Blitz" Ellsworth em um ritmo Thrash simplesmente frenético, que gosta-se imediatamente, onde recomendo perceber seus solos de guitarras e sua parte final, e em seu decorrer, vários pontos te convocam para abrir uma roda. A explosiva e acelerada Our Finest Hour é a terceira de The Grinding Wheel e o Overkill a toca com uma linha bastante "sangue no zóio", onde cada um dos cinco membros da banda detona sua parte com precisão.

   Para Shine On, o estilo destrutivo do quinteto permanece intacto e suas "rodas dentadas" vão moendo nossas cabeças em uma linha mais cadenciada e provocando assim, o desejo de agitar bastante em sua execução, que contém excelentes variações rítmicas, inclusive um trecho com dedilhados e vocais mais calmos, que são consideravelmente exuberantes e destacam a versatilidade do vocalista. E aí... já socou o ar? Não? Então, certamente fará isso ao ouvir The Long Road, canção de começo épico e 'riffleramas' impactantes, que ganham força e passam sua voltagem assim que Bobby "Blitz" Ellsworth brada seus versos com agressividade em outra 'martelante' composição deste cd, que conta com um fabuloso solo de baixo tocado por D. D. Verni entre os muitos solos de guitarras, que estão sempre avassaladores. Cadenciada e bastante robusta em suas primeiras notas, Let´s All Go To Hades marca a sexta de The Grinding Wheel, que no seu decorrer o Overkill a torna um Thrash Metal de média velocidade, onde os vocais e as guitarras caminham juntos aumentando o grau desta música de forma impressionante, inclusive recomendo também uma atenção em sua letra.

    Sempre com linhas instrumentais que evoluem e cativam o ouvinte, o Overkill mostra porque são um dos melhores nomes do Thrash Metal mundial como está explanado no caso desta Come Heavy, que remete ao Black Sabbath, porém, com uma pegada que gostamos do quinteto que gostamos rapidamente, cujo destaque ai para o baixista D. D. Verni e seus toques, que somados à variação instrumental cheia de riqueza executada pelos demais integrantes da banda e os vocais inflamados tornam esta música uma das melhores do cd.

    A toda velocidade para entrar em uma roda das mais matadoras... assim posso definir Red, White and Blue, que chega e continua convocando cada um de nós para interagir com a banda em seus solos de guitarras, suas implacáveis linhas na bateria e no baixo, além de claro, seus flamejantes vocais, que sintetizam um 'soco na cara do jeito' nesta que é uma fortíssima candidata a hit do cd. Na nona de The Grinding Wheel, o Overkill vem ligeiro e esmagador com The Wheel, que é um Thrash Metal de primeira, conforme está comprovado nos vocais ou na sua consistente parte instrumental, que é daquelas para passar por cima de tudo e sem piedade, sempre com a notória habilidade da banda, que não tenho como citar um músico apenas, mas, posso afirmar que é garantia de sonzeira.

    Coube a faixa título, a elaborada The Grinding Wheel finalizar de forma cadenciada o tracklist normal do cd, e sabe aquela linhagem Thrash oitentista que basta uma audição somente para curtir a música? Então, é o que temos aqui: vocais agressivos, riffs envolventes, baixo e bateria pesados, além de certeiros. Agora, quando eles aceleram o ritmo... só penso nas rodas e no 'headbaning' que a canção causará. Para surpreender mais D. D. Verni sola seu baixo ante aos eficazes repiques de Ron Lipnick na bateria em uma aura épica que fazem desta música se diferenciar positivamente das demais. Incluída como bônus, temos Emerald do Thin Lizzy, que pende para o Heavy Metal e que ficou formidável na versão do Overkill, olho nos solos de guitarras e baixo em conjunto.

    Em tempos que todos os principais nomes do Thrash Metal Mundial estão nos brindando com álbuns sensacionais, um dos fundadores do estilo como é o caso do Overkill também não poderia deixar por menos e colocar um álbum de tamanha grandeza como este The Grinding Whell, que é vibrante em cada uma das suas onze faixas, que estão repletas do mais puro Thrash Metal. E a versão brasileira lançada pela Shinigami Records está embalada em 'digipack' e conta com um grande encarte enaltecendo assim a sua aquisição física. Enfim, pegue logo seu cd e o coloque esta máquina de Thrash Metal para rodar o quanto antes.   
Nota: 10,0.

Site Oficial: http://wreckingcrew.com/Ironbound/.
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Twitter: https://twitter.com/OverkillBand.

Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2017

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