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Pänzer -
Fatal Command
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E a tropa preparou um disco que é uma referência ao Heavy Metal oitentista nos padrões da NWOBHM, conforme esclarece o líder Schmier: "Sabíamos desde o início que devíamos superar nosso anterior trabalho. Por isso, nos concentramos por completo nas duas guitarras." Ou seja, uma celebração ao Heavy Metal que crescemos ouvindo e adoramos. Na capa temos um desenho com dois 'figuras' mundiais ( precisamente Donald Trump e Kim Jong-un ) que parecem estarem caminhando para a paz um tanto que doidos em um tanque de guerra com groupies, bebidas, bombas e as cabeças de alguns "bãos" do passado, tais como: Adolf Hitler, Josef Stalin, entre vários outros. A produção de Fatal Command foi realizada no Little Creek Studio pelo guitarrista V. O. Pulver e pelo baixista Schmier, sendo o primeiro assinando a mixagem e o segundo a masterização.
E o Heavy Metal rápido, raivoso e contagiante nos padrões teutônicos, ou seja, na linhagem de nomes como o Accept, Kreator e até o Destruction, começa com Satan's Hollow, onde Schmier canta mais limpo e a dupla P. O. Pulver e Pontus Norgren despeja sua vibrante tonelada de solos de guitarras com a esperada habilidade. Com o baixo de Schmier em evidência e um acelerado ritmo Old School nas guitarras e bateria, a faixa título Fatal Command chega transbordando eletricidade a cada nota te convocando para erguer suas mãos no gesto do "Horns Up" e também para cantar seu refrão com o quarteto, que faz questão de mandar uma música desenfreada e cheia de adrenalina. A 'blitzkrieg' sonora prossegue com a encorpada We Can Not Be Silenced, canção que percebe-se a potência vinda do motor do Pänzer: os constantes bumbos duplos tocados por Stefan Schawarzmann em um ritmo mais cadenciado, que é dotado de uma letra interessante e vocalizada com a devida cólera por Schmier em uma base de guitarras que fazem a diferença positivamente.
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Mais cadenciada, significativamente pesada e com um ritmo um tanto que sombrio, Skrull Breaker traz à tona aquele Heavy Metal "Sabbathico" próprio para banguear bastante em sua execução nesta faixa de baixo opaco, que vai conquistando ao passar seus vocais rancorosos em que recomendo uma atenção especial aos fervorosos solos de guitarras. A dinamite Bleeding Allies é a oitava e seu poder de fogo é sentido através dos canhões sonoros de Stefan Schwarzmann, que martela seu kit de bateria sem piedade em outro coeso Heavy Metal do Pänzer, onde os vocais novamente estão robustos ( aliás, será que Schmier cantaria mais sossegado? ) e em ponto de bala, já os solos de guitarras estão avassaladores como o ritmo da música solicita.
The Decline ( ... And The Downfall ) é a cadenciada, pesada e que facilmente vai empolgar o fã por conta de seu estilo carregado e constante em que Schmier despeja sua ímpeto em uma crítica à sociedade ocidental nos provocando a socar o ar e banguear para liberar sua energia em uma base de guitarras simplesmente notáveis e puramente centrada no Heavy Metal oitentista, o que convenhamos, ajuda este álbum melhor ainda.
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O Pänzer retornou novos integrantes em sua tropa, que junto aos que ficaram preparam um fabuloso e impactante álbum chamado Fatal Command que é puramente Heavy Metal do começo ao fim. A máquina de guerra alemã está rodando perfeitamente, está armada e perigosa até os dentes. Quem vive Heavy Metal, precisa conhecer este trabalho e preparar seu pescoço, que vai se movimentar sem que você perceba em suas audições.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2018
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