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Polar - Nova
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Sobre a sonoridade das doze composições, eles declararam: "Este álbum é muito mais profundo no aspecto criativo. As partes pesadas são muito pesadas e os refrãos são muito mais interessantes. Também tem muito mais Pop, mas da nossa maneira única. Quando muitas outras bandas ficam mais leves à medida que passa o tempo, sem dúvida nós ficamos mais pesados porém, ao mesmo tempo mais acessíveis. Afinal, existem muitas formas diferentes de ser pesado". Vejamos seus detalhes para concordar ou não com os membros do Polar.
A instrumental Mære abre o disco com breve viagens que são suplantadas com a agressividade contida em Devil, que como manda o figurino do estilo contém partes Melódicas em meio o seu clima tenso e são exatamente neles que o Polar consegue te deixar interessado em seu Post Hardcore. E os vocais furiosos de Adam Woodford estão de volta em Cradle, pois, graças ao ritmo de toques poderosos feitos pelo baixista Johnny Bowman, o Polar dá o curso da música aliando suas partes melódicas e diminuindo sua cólera até que chegam ao seu refrão todo cheio de melodia que é parar ficar na memória.
Para Drive, os vocais raivosos dividem o espaço com riffs robustos e até algumas incursões eletrônicas antes de seu contagiante refrão em uma alternância de andamento bastante variada. A quinta de Nova é a encorpada Adore, que entre seus acalorados vocais temos seus momentos melódicos em que o Polar não corta a intensidade de sua raiva e é também interessante de se mencionar como o baterista Nick Jones segura o ritmo nos bumbos para que as evoluções aconteçam com muito peso a cada uma delas.
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Logo em seguida a tanta ferocidade ouvida na anterior, o Polar concede um tranquilo interlúdio nos vocais e no piano com uma nova presença da convidada Ellie Price em Dusk, mas, isso ocorre apenas para voltar quebrando tudo em Midnight, a opressiva décima primeira canção de Nova, que só é menos impetuosa no seu refrão melódico, porque de resto eles não economizaram suas porradas sonoras. Por fim, temos aos vocais limpos Brother, que até começa calma, mas ganha seu peso ao decorrer de suas partes nervosas para duelarem com as calmas seguindo desta maneira até o seu encerramento consideravelmente melódico e porque não dizer .... viajante.
Mesmo com toda a aspereza inerente ao Post Hardcore percebida neste lançamento da Shinigami Records em parceria com a Arising Empire no Brasil, posso seguramente afirmar que nos momentos onde o Polar colocou bastante melodia, progressividade e até um pouco de Pop em suas músicas acabaram fazendo a diferença neste álbum Nova, pois trouxe uma combinação distinta à este sexto registro de estúdio dos ingleses e também devo concordar com a posição definida pela banda no princípio desta resenha. Ouça e tire sua opinião.
Nota: 8,0.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2020
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