Prong - X-No Absolutes
13 Faixas - Shinigami Records - 2017

    Atualmente com o formato de um Power Trio, os veteranos norte americanos de Nova Iorque, que em 1986 instituíram o Prong chegaram com X-No Absolutes ao seu décimo primeiro cd de estúdio. E em suas treze faixas vamos encontrar seu dilacerante e poderoso Heavy Metal agregado com elementos de Thrash, Punk, Hardcore, Industrial, Djent e até Doom.

    Toda essa mistura de estilos conta com Tommy Victor nos vocais e guitarra, Jason Christopher no baixo e Art Cruz na bateria, sendo que Tommy Victor assina a produção de X-No Absolutes e também ficou responsável também pelos processos de engenharia, mixagem e masterização, que aconteceram no Mission Black Studios em Santa Clara na Califórnia/Estados Unidos. Para a capa, que faz uma alusão aos recentes conflitos armados, o Prong escolheu o artista Sebastian Rohde da Freeimauer.

   E é com uma pegada mais cadenciada, onde percebemos sinais claros de Thrash, que Ultimate Authority abre o cd traçando flertes com o Hardcore, graças à forma agressiva e empolgante que Tommy Victor canta seus versos. Depois, eles enviam a esmagadora Sense Of Ease, que é mais rápida, caótica e agressiva em seu ritmo e nos seus vocais, que conquistam o fã de um Crossover logo de cara, além de ser ótima para se abrir uma roda. Para Without Words somos expostos a riffs mais cadenciados e a um misto de vocais mais agressivos com outros mais melodiosos, que conferem a esta terceira faixa um ar mais atual, onde o destaque vai para as viradas do incansável baterista Art Cruz em seu kit.

    A linhagem instrumental de Cut And Dry em seus primeiros instantes já chamam a nossa atenção, sendo que depois com a eclosão de seus vocais, o rumo seguido é voltado mais para um Thrash mais veloz e arrebatador, que são ótimos para um headbanging, cujo título berrado várias vezes será cravado na cabeça e enriquecido pela participação de Dame Markanson do Glass Cloud nos solos de guitarras com Tommy Victor. Em No Absolutes, cujo título faz parte do nome do cd, temos uma canção mais cadenciada, melódica e até eletrônica, ou seja, navegando pelo lado mais Industrial, cujo refrão fixará na memória, mesmo se tratando de uma música com várias misturas, pois foram realizadas com primor pelo Prong. Do Nothing traz Tommy Victor cantando de forma mais aguda e com emoção, para depois eles aplicarem um tanto de peso, que produzem uma alternação mais New Metal em uma surpresa em comparação ao que ouvimos anteriormente, onde os fãs do Linkin' Park vão gostar e ponto para sua versatilidade.

    O peso e a cólera retornam com Belief System em um formato mais cadenciado, que são inspiradores para se socar o ar, onde sua atenção deve estar direcionada aos ótimos solos de guitarras, que estão mais melódicos em meio ao caos proposto, que deixam claro que o Prong sabe olhar para o futuro, pois, esta música agregou muito do várias bandas contemporâneas estão conferindo ao seu som. Também com ares modernos Soul Sickness segue por linhas agressivas, riffs distorcidos e vocalizações melodiosas, que tem sido utilizado por muitos nomes na atualidade, mas, para fãs mais antigos não provoca tanta adrenalina, mesmo com os bons solos de guitarra do convidado John Browne do Monuments.

    O Thrash rápido e destruidor contido em In Spite Of Hindrances é a nona canção altamente inflamável de X-No Absolutes e o Prong mais uma vez incorporou riffs escaldantes, bateria detonadora e vocais na medida, que a tornam disparada uma das melhores do cd. Com ótimos toques do baixista Jason Crhistopher, Ice Runs Through My Veins também se alinha com o lado mais moderno praticado pelo Prong, que de certa forma dá uma esfriada comparando-se com a anterior, porém, poderá capturar os fãs mais novos e provavelmente, esta é sua intenção, entretanto, a canção não é ruim, longe disso, apenas com este estilo mais recente.

    Depois, o Power Trio ataca com a eletrizante Worth Pursuing, que pende para um Heavy Metal com pitadas de Thrash evidenciando os vocais e os solos de guitarras, que são para deixá-los nos conduzir para longe nos momentos certos e produzir a vontade de erguer as mãos de punhos fechados repetidamente para curti-la. Outra que caminha para os lados do New Metal/Metalcore é a With Dignity, cujos vocais estão limpos, os coros estão interessantes, as guitarras não possuem tanto peso e exibem mais melodia, que somados resultam em uma linhagem notada em muitas bandas desta segunda década do Século 21. A última do cd e inclusa como bônus exclusivo desta versão da Shinigami Records no Brasil é a Universal Law, que parece unir o lado mais Thrash com o mais Melódico, sendo que vale dizer que o Prong se deu muito bem neste processo, méritos para eles.   

    X-No Absolutes é um álbum que explora tanto o passado quanto o presente e por conta disso é merecedor de audições com atenção, pois, pode causar surpresas, além de contar um amálgama de vários estilos e estar de olho ao que acontece ao seu redor. Acredito que seja um disco de transição, não para o Prong, mas para nós... apreciadores(as) do Heavy Metal para que possamos olhar também para o futuro do estilo como o ótimo, criativo e experiente Power Trio norte americano aplicou aqui.
Nota: 8,5.

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Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2018

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