Royal Republic - Club Majesty
11 Faixas - Shinigami Records/Nuclear Blast - 2020

    Os músicos Adam Grahn ( vocais ), Hannes Irengard ( guitarra ), Joans Almén ( baixo ) e Per Andreasson ( bateria ) se conheceram na Academia de Música da Suécia da cidade de Mälmo e decidiram fazer um Rock livre de rótulos que fosse capaz de misturar Disco, Jazz, Pop e outros estilos em suas músicas formando assim o Royal Republic em 2007. A ideia deu certo e em 2010 saiu o álbum We Are Royal, que  trouxe o megahit Tommy-Gun. No turnê do segundo disco, Weekend Man de 2016, o quarteto conquistou a plateia de vez, que lotou todos os shows e com este Club Majesty, o quarto da carreira, que foi lançado em 2019 lá fora e que chegou aqui em 2020 pela parceria a Shinigami Records com a Nuclear Blast.

    Vamos conhecer mais a banda que foi inspirada por Adam Grahn após assistir o Electrical Banana no Sweeden Rock Festival, conforme ele enfatiza: "Eles são uns comediantes suecos que estão por aí desde os anos 80, se vestem como frutas e tocam músicas bem escuras. Letras como 'eu quero ser um cogumelo', letras para crianças, mas tudo bem tocado e arranjado. Eu os vi tocar no palco principal, entre o Hammerfall e Napalm Death, e estava lotado. Foi uma loucura. E foi uma coisa linda: todas essas pessoas super 'Metal' acompanhando com suas tachas e tatuagens, porque isso trazia lembranças da sua infância ou porque eles estavam bêbados e felizes".

    Club Majesty foi produzido por Christian Neander, Michael Tibes e o vocalista Adam Grahn e gravado por Michael Tibes no Fuzz Factory Berlin e Vicious D. Licious Production em Mälmo. A mixagem é de Michael Ilbert no Hansa Mix Room em Berlin e a masterização é de Joe Laporta no Sterling Sound em Nova Iorque/Estados Unidos. Para a capa temos uma arte de Mathias Krebser e Daniel Strohhäcker, que mostra a fachada de um teatro com todas as luzes e neons anunciando o show do Royal Republic e o seu Club Majesty ao qual faço o convite para você caro leitor(a) do Rock On Stage conhecer mais nas linhas seguintes. 

    E é com a inflamada e divertida Fireman & Dancer que o Club Majesty é aberto através de uma empolgante mistura de Pop Rock notadamente descompromissada, que é explicada por Adam Grahn: "[A música] 'When I See You Dance With Another' foi um catalisador para [o álbum] Weekend Man, e 'Fireman & Dancer' é a mesma coisa desta vez. Quando fiz o riff, senti instantaneamente aquela conexão com o palco. E então gritamos um grande 'É isso aí!!!' e pensamos: 'com certeza, vamos fazer isso, que é bem brega, vamos fazer!". Depois, em Can't Fight The Disco, eles trazem a atmosfera da Disco Music dos anos 70 te convidando para dançar e ao fundo sente-se um ótimo Rock'n'Roll de base Pop em que seu refrão ficará na memória por ser repetido tantas vezes.

    Despojada e com uma aura sarcástica a Rock'n'Roll e Pop Boomerang já é a terceira do cd, que é exibida com flertes de Soul e Disco em linhagem bastante alto astral lembrando inclusive trilha de filmes como Dirty Dancing. Mergulhando de vez na Disco Music Under Cover será bem aceita por ouvidos menos radicais, pois, é altamente convidativa para se dançar em uma festa e a forma que é cantada realmente nos leva aos anos 70, mas, atenção ao seu ótimo, porém, discreto solo de guitarra feito por Hannes Irengard. Cada música deste Club Majesty é uma certa surpresa, pois, não temos uma noção do que esperar e em Like a Lover temos peso, bons riffs de guitarra, Pop, flertes com o Blues, efeitos, variações, todos realizados com habilidade pelo Royal Republic tornando esta quinta canção deveras intrigante.

    Blunt Force Trauma parece que foi extraída de musicais norte-americanos dos anos 70, onde Soul de James Brown imperava e os suecos agregaram algumas outras particularidades na música como Groove e Funk, que inclusive se assemelham ao Marroon 5, enfim, é ouvir e dançar, simples assim. Em seguida, o Pop Eletrônico de Fortune Favors, que lembra filmes dos anos oitenta com um fundo de Rock e um ar irreverente nos vocais. Novamente cantando a la James Brown, Adam Ghran exibe a veia Pop/Soul do Royal Republic em Flower Power Madness.

       A nona de Club Majesty é a para as pistas de dança e os DJ's europeus irão adorar tocá-la nas futuras festas pós pandemia, já os fãs de Rock'n'Roll e Metal... bem canções com Stop Movin' não é o que ouvimos e o que apreciamos, entretanto,  numa festa cheia de garotas e após alguns goles, podemos até relevar o som 'bizarro' e deixar o embalo nos levar. Apesar de ser voltada ao Pop, Anna-Leigh é dotada de boas melodias com seu andamento flertando com o Rock e vocalizações passando um bom tanto de emoção, que se tornou a minha favorita. Para encerrar, vez do Pop/Rock rápido da extravagante ( para não dizer outra coisa ) Bulldog, que não chega a ser ruim, mas, salvo os seus breves solos de guitarra é consideravelmente esquisita.

    Salvo a capa, a produção, as linhagens de Soul e Disco ligadas ao Pop Rock, este álbum Club Majesty do Royal Republic não chega a empolgar, pode até agradar seguidores os fãs que acompanham fielmente a banda, mas, não é um daqueles clubes que vamos retornar outras vezes em nossa vida, se é que você me entende, à não ser que seja o 'point das gatinhas' da cidade e que você esteja com a mente muito aberta para ouvir canções deste padrão.
Nota: 6,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2021

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