Sascha Paeth's Masters Of Ceremony - Signs Of Wings
11 Faixas - Shinigami Records/Frontiers Records - 2020

     O famoso guitarrista, produtor e compositor alemão Sascha Paeth da cidade de Wolfsburg, que começou sua carreira musical nos anos 80 e 90 tocando em uma linhagem Blues com Hard Rock e pouco depois entrou no Heaven's Gate ficando durante 1987 a 1999 e gravando cinco álbuns e dois EP's com eles.

    Já como produtor Sascha Paeth é o responsável por muitos álbuns do Metal Melódico de nomes como Angra, Rhapsody, Epica, Kamelot e Avantasia, entre tantos outros. Além de produzir, ele gravou o disco Virgo ao lado do nosso saudoso maestro Andre Matos e é 'cadeira cativa' da constelação que roda o mundo a bordo do Avantasia desde que Tobias Sammet decidiu colocar sua Opera Metal nos palcos, além de estar presente em todos os os álbuns lançados pela banda.

    Em 2019, Sascha Paeth apresentou sua mais recente iniciativa: o Masters Of Ceremony, projeto de Heavy Metal que se tornou uma banda com os amigos e companheiros de turnê do Avantasia ao agregar Felix Bohnke do Edguy na bateria, André Neyugenfind no baixo, Corvin Bahn nos teclados e a revelação ( ao menos para mim ) de 2019... a linda e talentosa Adrienne Cowan ( do Seven Spires ) nos vocais.

    Como se pode imaginar, a produção, engenharia e mixagem de Signs Of Wings é de Sascha Paeth no seu Pathway Studios em Wolfsburg e a masterização é do amigo e parceiro de tantos outros trabalhos Miro Rodenberg, que foi realizada junto à ele no Gate Studio, localizado também na sua cidade natal na Alemanha. A capa que mostra a anatomia de um pássaro é de Alan Penn-Berkeley e sabendo disso, vamos conhecer mais detalhes da nova incursão de Sascha Paeth em um projeto próprio.

    E o álbum é aberto com solos pesados, rápidos e virtuosos de Sascha Paeth que recebem a versátil Adrienne Cowan alternando vocais melódicos com agressivos em The Time Has Come, que mostra seus momentos direcionados ao Power Metal, mas, é em geral um envolvente Heavy Metal de linhas modernas. De ares progressivos e vocais calmos, Die Just a Little explora a vertente épica de Sascha Paeth em uma composição que sente-se a entrega de Adrienne Cowan ao cantar sua letra ante as suas melodias devidamente viajantes, que ganham solos repletos de uma ótima harmonia e um peso criando um ambiente diverso e bastante interessante feito pelos demais integrantes do Masters Of Ceremony. Em Radar temos uma faixa inicialmente cadenciada que é bastante cativante e convidativa para se socar o ar e cantar com Adrienne Cowan pelo seu estilo de hino. Inclusive, além de nos encantar com sua voz, ela ainda toca o violino ao fundo desta música.

    Exibindo linhas de Power Metal, uma marcante percussão à cargo da atuação de Felix Bohnke, vocais calmos e um ritmo crescente, Where Would It Be? é a quarta de Signs Of Wings e lhe captura tanto nos vocais angelicais de Adrienne Cowan quanto em seu andamento rápido executado com precisão pelos outros quatro. Para My Anarchy, Sascha Paeth mostra em seus primeiros momentos solos hábeis para depois aliar um andamento de muita melodia junto dos demais de forma que Adrienne Cowan cante seus versos passando muita emoção a cada um deles nesta que contém os mais esbeltos solos de guitarra até aqui e unidos aos belos toques feitos por Corvin Bahn em seus teclados. Com letra de Adrienne Cowan, Wide Awake é possuidora de uma linhagem pesada salientando a potência dos seus vocais e também pode se notar intrigantes solos de guitarra feitos por Sascha Paeth, além de muita melodia gostosa de se ouvir o tempo todo, que caminha para um ápice Melódico deveras impactante.

    A sétima é a balada no piano The Path em que Adrienne Cowan exala muita dramaticidade e feeling nesta canção imersiva que você sentirá sua intensidade se ouvi-la de olhos fechados e não posso deixar de mencionar a atuação de Andre Neygenfind no Double Bass. Marcando a volta ao Metal de linhas modernas com a agressiva Sick, que é orientada nos solos robustos de guitarra e na dualidade de vocais calmos e raivosos de Adrienne Cowan sustentados em uma base Melódica consistente.

    A seguinte é Weight Of The World e após um início formidável, a canção segue por linhas que os amantes de Power Metal apreciarão instantaneamente, particularmente o seu refrão ( que é para se pegar o encarte do cd e cantar junto ) bem como os seus solos de guitarra corretamente combinados com os de teclados, que fazem desta uma das minhas favoritas.

    A penúltima de Signs Of Wings é Bound In Vertigo e também é voltada ao Power Metal, porém, agora é exibida de forma mais cadenciada e com a levada épica te conclamando a cantar seu refrão com Adrienne Cowan e curtir seu admirável solo de guitarra feito por Sascha Paeth. Encerrando este primeiro álbum do Sascha Paeth's Masters Of Ceremony temos a sua canção título Sings Of Wings em que somos conquistados pela leveza e pela beleza da voz de Adrienne Cowan até que seu ritmo lento sofra uma eclosão de um empolgante Heavy Power Metal em que ela canta com muito brilho cada trecho e a termina de forma calma, além de consideravelmente emocionante e instrospectiva.

    Sabendo dosar peso, velocidade, melodia e virtuose, este Signs Of Wings do Sascha Paeth's Masters Of Ceremony é um álbum bastante diversificado que provavelmente cairá no gosto dos discípulos do Power Metal, Heavy Metal e de quem curte vocais femininos tão eficientes quanto os de Adrienne Cowan. Fique de olho e - principalmente - ouvidos neste lançamento da Shinigami Records no Brasil em parceria com a Frontiers Records, que sempre aposta em ótimas novidades.
Nota: 9,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2020

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