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Sober Truth -
Psychosis
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E complementam: "Com títulos como 'Akardos ( Heartless )','Solitude' e especialmente a faixa-título'Psychosis', entramos em um universo pessoal de tristeza, solidão, dúvida que muitas pessoas conhecem. 'Psychosis' desperta talvez uma verdade que reprimimos... mas também esperança, poder e confiança. O Sober Truth nos leva a uma montanha-russa mental que permite que a última pista seja lançada de forma agradável. Estamos mudando todos os dias, todas as nossas vidas. O novo álbum começa onde nós começamos a reprimir. 'Psychosis' olha para nossa pysche marcada e conta nossa história".
E é com uma elaborada linha instrumental que a história do cd Pyschosis começa a ser contada com a canção Solitude, onde os vocais agressivos de Torsten Schramm se misturam a robustos riffs voltados ao Thrash Metal se aproximando a um Death Metal com direito a alguns urros e tudo exibido em um ritmo instrumental empolgante. A baixista Jules Rockwell mostra sua técnica no princípio de Akardos com ótimos toques, que no momento que entram os demais instrumentos percebe-se como a canção se torna mais furiosa e estridente, especialmente nos vocais, porém, o que chama a atenção mesmo é a virada ocorrida no meio da música através de linhas progressivas e consideravelmente pesadas.
Com as guitarras de Torsten Schramm e Aaron Vogelsberg se destacando mais temos a pedrada Dark Valley, onde o timbre dos vocais lembra da banda também alemão Rage, só que deveras mais encorpado e tanto no ritmo quanto no que acontece em seguida percebe-se flertes direcionados ao Death Metal, porém, sempre com modificações instrumentais instigantes. Em Ode To Really, o Sober Truth exibe uma linhagem épica e beligerante nesta curta canção instrumental, que introduz e se liga aos riffs melódicos presentes em Riven, a quinta de Psychosis, que é alinhada a um Thrash Metal com diminuições de andamento em que destacam-se as partes melodiosas, mas sempre embasadas por vocais coléricos e não posso deixar de ressaltar os seus esbeltos solos de guitarras.
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A instrumental Dying Dreams alterna ares viajantes e sinos, que pouco depois fazem eclodir os seus dedilhados em um estilo devidamente mais lento e sombrio, que chegam na faixa título Psychosis a maneira que seus versos são cantados percebemos uma elevação que culmina em um ódio muito grande e sabiamente a banda mergulha em partes calmas, que dividem as atenções com as robustas, entretanto, a cada nova volta, mais brutais, insanas e violentas, que trazem um final devastador à esta décima canção do disco, onde vocais agressivos, urros e a pegada Industrial se mistura com as linhas melódicas envolvendo bastante o ouvinte. Com gaita, violões, percussão em Collapse Unplugged, o Sober Truth finaliza Psychosis de forma acústica como o título da música sugere, porém, não menos agressiva.
Se misturar estilos como Thrash, Death, Groove, Industrial, Rock Progressivo, Gothic em um mesmo caldeirão e em alguns momentos lembrar de nomes como o Rage e o Rammstain te agradam, então, vale conhecer esta intrigante banda alemã Sober Truth e seu mais novo álbum intitulado como Psychosis.
Nota: 8,5.
Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2020
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