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Stratovarius -
Enigma: Intermission II
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Enigma Intermission II consolida a formação atual do Stratovarius, que está junta desde 2012 e além dos citados Timo Kotipelto e Jens Johansson é completado por Lauri Porra no baixo, Matias Kupiainen na guitarra e Rolf Pilve na bateria. As novas canções "Enigma", "Burn Me Down" e "Oblivion" foram produzidas por Matias Kupiainen, assim como os registros de voz, guitarra e bateria ( este último em parceria com Topias Kupiainen ), sendo que os trabalhos foram realizados no Sonic Pump Studios. Além disso estas canções atestam que a capacidade criativa dos finlandeses continua intacta e muito boa. Topias Kupiainen também gravou o baixo e Perttu Vänskä fez os arranjos orquestrais, enquanto que o experiente Mikko Karmila assina a mixagem. As versões orquestrais contaram com o apoio da Vantaa Pops Orchestra e as gravações aconteceram no famoso Finvox Studios aos cuidados de Risto Hemmi e a mixagem é de Tommi Vainikainen.
Já a capa de Enigma: Intermission II exibe uma mistura de cristais de gelo, peixes e o espaço sideral em um desenho do artista Gyula Havancsak e segue o 'padrão' de beleza da maioria de seus álbuns, em especial dos seus últimos ( Polaris, Elysium, Nemesis e Eternal ). Nos encartes temos as letras das novas canções e fotos dos músicos.
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A quarta é outra inédita e agora o Stratovarius mescla seu estilo Melódico com um peso diferente do que já fez anteriormente, e isso torna Burn Me Down, uma canção instigante, porém, nas partes onde Jens Johansson assume o destaque com os seus teclados junto aos solos do guitarrista Mattias Kupiainen sentimos a velha fórmula presente, mesmo que por pouco tempo. Outra que 'debuta' neste álbum é a Last Shore, que é detentora de um ritmo mais lento no formato de uma balada épica e melodiosa, que é vocalizada com muita emoção por Timo Kotipelto e é para se cantar cada verso com ele, além de nos fornecer a oportunidade de viajar em seus trechos claramente Progressivos, que evidenciam os solos de teclados.
Dotada de muita energia e um andamento acelerado calcado no que o Stratovarius se tornou referência mundial, Kill It With Fire é um Power Metal Melódico altamente contagiante com direito a algumas ousadias nos teclados executados por Jens Johansson, que amplificam a satisfação em ouvir esta outra exclusividade até então conhecida apenas pelos sortudos fãs japoneses. A terceira criação de 2018 do quinteto é a emblemática Oblivion e é disparada a melhor das três, seja por conta de seu estilo animado presente nos vocais de Timo Kotipelto, pelo seu ritmo esplêndido ou mesmo pela grandeza dos solos de guitarras feitos por Matias Kaupiainen.
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A eletrizante Castway é outra daquelas canções rápidas e puramente Power Metal em que gostaremos imediatamente, pois, seu notório crescimento com toques expressivos nos teclados feitos por Jens Johansson e também por ser portadora de uma imponente inversão de ritmo antes do solo de guitarra, que lhe garantem o posto de uma das melhores deste Enigma: Intermission II. Nos toques de violão feitos por Matias Kupianen, que trazem Timo Kotipelto cantando com muito feeling cada verso chegamos à balada Old Man and The Sea, que é para fazer como está em sua letra: fechar os olhos e sentir a beleza deste momento introspectivo nunca registrado em cd até então.
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O Stratovarius superou as minhas expectativas neste Enigma: Intermission II ao unir novas composições com outras que oscilam entre raras e raríssimas juntamente com as belíssimas e grandiosas orquestradas e acústicas. Posso seguramente afirmar que o quinteto olhou para o futuro, compartilhou seus momentos não tão conhecidos dos últimos anos e demonstrou ousadia ao tocarem canções acústicas com a orquestra, que levam este lançamento da Shinigami Records tornar-se também um item importante para quaisquer fãs do Stratovarius de todas as suas fases e comprovar que mesmo sem ostentar aquela força de outrora, eles ainda são importantes para o cenário do Heavy Metal Melódico/Power Metal.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Março/2019
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