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Days Of The Lost, nome escolhido para o álbum começou a tomar forma na casa de Peter Iwers, depois teve as partes dos demais e foi gravado no Crehate Studios em Gotemburgo na Suécia por Oscar Nilsson. Sua mixagem foi realizada por Jens Bogren no Fascination Street Studios em Örebro na Suécia e a masterização aconteceu no mesmo local aos cuidados de Tony Lindgren. Já a elaborada e sombria capa de Days Of The Lost é de Adrian Baxter e o álbum lançado no Brasil conta com um encarte de mais de 20 páginas e dez composições, que contarei seus detalhes a partir de agora.
A excelente Shadowminds, a primeira música revelada pelo The Halo Effect ( ainda em 2021 no dia 1º de novembro ) abre o disco de forma cadenciada e bastante envolvente com os vocais de Mikael Stanne se destacando seja no refrão ou nas outras partes, bem como a melodia da música, que faz o contraste aos seus vocais urrados. Em seguida, a faixa título Days Of The Lost, que até começa Melódica, porém, ganha um pouco de velocidade e a veia Death Metal fica evidente nos vocais agressivos e no andamento da música, que pela forma que é conduzida pela banda mostraram serem bastante cativantes empolgando o ouvinte instantaneamente.
Depois em The Needeless End temos uma canção deveras melodiosa e não tão acelerada quanto a anterior, mas, com dosagens corretas de urros e variações em seu ritmo, como é observado nos caprichados solos de guitarras de Niclas Engelin e Jesper Strömblad que ficam na mente e te fazem querer repetir a audição desta música.
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De ótimos repiques na bateria executados por Daniel Svensson, toques de baixo atraentes feitos por Peter Iwers e elaboradas linhas melodiosas, que exibem um crescimento e um andamento consideravelmente de seu peso, Gateways é verdadeiramente marcante e vai te capturar com facilidade, mesmo com todos os seus vocais enraivecidos garantidos pelo ensandecido Mikael Stanne.
A dupla de guitarristas Niclas Engelin e Jesper Strömblad chama a atenção na sétima de Days Of The Lost, que é a Truth Worth Lying For com seus fascinantes solos, onde eles apresentam ótimas evoluções e modificações em suas linhas instrumentais e também de vocais em que devo salientar a atuação de Mikael Stanne tanto nos vocais coléricos quanto nos limpos ( especialmente no brilhante refrão ). A vibrante, rápida, robusta e mais Death Metal do disco, a Feel What I Believe vem para cima como um rolo compressor e sua divisão harmonica é merecedora de um destaque, pois, de um lado temos os seus vocais agressivos e do outro suas linhas melodiosas tornando esta música outro grande momento do álbum.
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Por fim, vale mencionar que Days Of The Lost exibe em suas dez faixas em certeiros quarenta minutos o que o quinteto The Halo Effect se propôs a fazer: um resgate de uma apurada qualidade do Death Metal Melódico original de Gotemburgo e feita por quem entende como poucos do assunto. Para quem não concorda com os caminhos seguidos pelo In Flames atualmente vale conferir este álbum imediatamente. Em tempo, este lançamento da Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast Records no Brasil é só a estreia destes veteranos e competentes músicos suecos, então, logo... logo... teremos mais outro álbum deste gabarito e já estamos ansiosamente esperando.
Nota: 9,5.
Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2023
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