The Unity 
12 Faixas - Shinigami Records - 2017

   O guitarrista Henjo Richter do Gamma Ray, que há mais de vinte anos é o braço direito de Kai Hansen em sintonia com o baterista Michael Ehré ( no Gamma Ray desde 2012 e antes em nomes como Firewind, Uli Jon Roth, Metallium, Unisonic, entre outros ) começaram a trabalhar em canções que caminham pelo Hard Rock e o Metal Melódico, óbvio que no estilo das outras bandas que passaram e para concretizar este novo projeto, eles contaram com a ajuda do vocalista italiano Gianba Manenti, o guitarrista Stef E., o baixista Jogi Sweers e o tecladista Sascha Onnen, sendo todos do Love.Might.Kill.

    Foram dezoito meses para a concepção deste primeiro álbum do The Unity, que é autointitulado e teve sua produção pelos próprios músicos no estúdio de Michael Ehré, o B. Castle Studio. A mixagem e a masterização foram realizadas no Psychosomatic Recording Studio com o espanhol Miquel A. Riutort. A capa deste cd que mostra uma versão do nosso planeta Terra explodindo é do artista Alexander Mertsch, que já criou capas para o Deep Purple, Gamma Ray, Status Quo e Europe.

   Para a abertura, o The Unity escolheu a faixa Rise and Fall, que é candidata a hit, pois, começa rápida e vibrante em suas linhas instrumentais com as ótimas vocalizações de Gianba Manenti, além de solos melódicos da dupla Henjo Richter e Stef E. em uma pegada Power Metal mais pesada, que a aproximam de um Heavy. Como não poderia ser diferente seu refrão em coro vai para a memória com facilidade. Já na segunda, após algumas falas que dão um ar mais sério, os riffs de guitarras eclodem com firmeza e levam um ritmo cadenciado a No More Lies, que evidencia uma canção onde os teclados de Sascha Onnen aparecem mais e os vocais de Gianba Manenti conferem um ambiente positivo, que nos fazem querer cantar sua letra com ele, cujo refrão também será memorizado em uma ou duas audições e novamente você deve reparar nos solos de guitarras. Depois, com os cativantes repiques feitos por Michael Ehré em sua bateria e também com uma linha melódica grande nas guitarras, o Hard Rock de God Of Temptation com suas inúmeras variações, a tornam uma das melhores do cd com seu crescente, que é consideravelmente empolgante, onde recomendo atenção maior nos solos de guitarras e atuação do vocalista.

    Em Firesing temos uma ambientação de teclados mais épica, que pouco depois se tornam uma canção voltada ao Metal Melódico com toda a categoria acumulada dos músicos do The Unity demonstrando influências de Heavy Metal oitentista, além de possuir também um contagiante refrão deveras poderoso. Com ares de uma balada Heavy, Always Just You mostra Gianba Manentti cantando de forma mais calma no início e depois várias alterações são percebidas no seu decorrer, com ênfase nas linhas melódicas, que fazem esta música ser muito interessante de se ouvir e absorver cada variação, pois, são diferentes do padrão, porém, sempre com passagens instrumentais exuberantes. Depois que os sons de uma caixa de música fazem a introdução, o Heavy Metal Melódico de Closer To Crazy solta sua inflamável energia através de seus encorpados solos de guitarras e de seus vocais, que sempre estão envolventes e contém outro refrão para se cantar com o The Unity.

    Na seguinte recebemos dedilhados esparsos e um belo clima nos teclados de Sascha Onnen, que trazem Gianba Manentti cantando de uma forma animada e convocando para participar de seu refrão no Hard Rock de The Wishing Well, canção que também surpreende em sua primeira audição. Mergulhando no lado mais Melódico, Edens Fall apresenta vocais dedicados e cheios de feeling de Gianba Manentti em uma concepção inspirada e para cima em sua parte instrumental, além de um refrão cujos vocais em coro grudarão na cabeça. 

    Para Reedemer, o sexteto se direciona mais para o Hard Rock de ritmo pulsante e de base oitentista com vocais e guitarras caminhando juntos, conquistando assim o ouvinte, como fica declarado no refrão, onde notam-se os pontos para mais uma vez participar com a banda e também tenho que enaltecer o trecho final da música que é mais rápido e todo voltado ao Power Metal com aquela junção de teclados, bateria e guitarras transbordando eletricidade e melodia.

    A instrumental Super Distortion chega com suas linhas pesadas um tanto que cadenciadas e se ligam na diversificada Killer Instinct, que é dotada de distorções de guitarras em um estilo de vocais mais viajantes e que serão necessárias algumas audições para uma maior absorção, entretanto, os flertes com o Metal Melódico estão presentes e o seu crescente que temos no seu decorrer facilitam o processo com destaque aos solos de teclados de Sascha Onnen e ao seu final com o sinal de ataque aéreo. Por fim temos Never Forget, que é uma canção para cima, cujo refrão captura instantaneamente, assim como sua melodia e sua letra, que é outra que devemos ouví-la de olho em sua letra. Aliás, após essa, a vontade que é resultante é uma só: ouvir o álbum inteiro novamente, pois, esta música é tão boa que nem parece uma composição recente e sim um clássico do estilo.

    Se a intenção do The Unity for de unir os fãs de Hard Rock e Metal Melódico, conforme está no seu release, devo dizer que eles conseguiram este objetivo com sobras nestas doze excelentes canções cheias de emblemáticas melodias, que mesmo sendo compostas por veteranos e experientes músicos, me fazem apontar o The Unity como uma das revelações de 2017 e um álbum que vale estar na sua coleção.
Nota: 9,5.

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Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2018

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