Na capa, que é muito bonita por sinal, encontramos um dragão à noite e vários seres brilhantes ( e na contracapa unindo-se ao desenho temos um castelo no alto de uma montanha, que mais medieval é impossível ) foi desenhada pelo artista Kerem Beyit baseado no conceito trazido por Blackwald e Lynd. E na definição da banda, Heroes Of Might Magic é a seguinte "um conto de reinos míticos, batalhas épicas e antigas profecias". E acrescentam: "Histórias e tradições dos Reinos do Crepúsculo [The Twilight Kingdoms] são trazidas à luz e, pela primeira vez, a origem e missão de Twilight Force serão parcialmente reveladas". No encarte, além da história de cada um dos personagens/músicos, temos também as 'Skills' de cada um, suas habilidades e seus poderes, além das letras de cada uma de suas faixas ( quem é acostumado com R.P.G. sabe bem o que é cada item destes ).

   E é com um clima mítico embalado em um Power Metal rápido que somos expostos aos empolgantes vocais de Chrileon com toda a atmosfera sinfônica dotada de coros e solos rápidos de guitarras na primeira que recebeu o título de Battle Of Arcane Might, que nos apresenta a história contada nas músicas do cd. Com ares positivos em sua harmonia, porém, sempre com seu estilo acelerado, Powerwind recebe as vozes de Sangeeta Chauhan e Jens Prahls nos coros, que nos conduzem a exuberantes solos de considerável técnica dos guitarristas em linhas velozes e que caminham juntos servindo para levar nossa imaginação até aos The Twilight Kingdoms.

    Para There And Back Again, o Twilight Force nos mostra um andamento delicioso de se ouvir ( mas, sempre rápido ), onde o vocalista Chrileon recebe a presença de Fabio Lione ( do Angra e ex-Rhaposdy Of Fire ) enriquecendo ainda mais a música com seus potentes e únicos vocais. E em tempo, chamo sua atenção para a viagem emocionante que temos no meio desta quinta faixa até que a aceleração plena retorne com um formidável solo de teclados de Blackwald, que são sempre comuns ao Power Metal e deveras aguardados pelos fãs. Próximo ao final, Lynd, Chrileon e Aerendir mantém a mágica no ar com seus solos de guitarras que solicitam mais uma vez o seu refrão, em suma: Bravo!!!

    Riders Of The Dawn é mais sinfônica com o uso de arranjos orquestrados e coros, porém, sempre com o ritmo Power Metal 'pé na tábua' executado de forma alucinante e envolvente. Depois temos a emblemática Keepers Of Fate com seu começo 'pré-batalha', andamento emocionado, vocais esbanjando carisma e melodias de baixo, teclados, guitarras e bateria tão esbeltas, que te fazem sorrir satisfeito em ouví-las. Sara Lindberg e especialmente H Jalmarlund Blad, que fazem o jovem Chrileon participam da excelente Rise Of a Hero e conferem mais brilho para a épica composição do Twilight Force com outra notável sequencia de evoluções instrumentais, que são até difíceis comentá-las detalhadamente me levando a afirmar: ouça o álbum e sinta cada uma delas.

     A décima primeira faixa do cd é a Epilogue e é uma longa narração feita por Blackwald, que diminui a adrenalina até o presente momento, porém, que é fundamental para a história do cd com vocais em alguns momentos cansados e em outros aflitos. Com ares de hino cantado por felizes pessoas, no caso, o coro composto por Borgana Shören conduzido por Marcus Moszny, Knights Of Twilight's Might encerra o cd com a grandeza que uma obra assim merece.

    A intensidade e o glamour heroico das composições deste fascinante Heroes Of Might Magic nos convida para conhecer os mitos e as lendas dos The Twilight Kingdoms e em tempos de tamanha violência e insanidade pelo mundo real... é saudável aventurar nossa mente em um álbum de Power Metal mais sinfônico de histórias no padrão do Rhapsody antigo e dos livros de J. R. R. Tolkien ( Silmarillion e O Senhor dos Anéis ) e George R. R. Martin ( Game Of Thrones ) proporcionado por este sexteto sueco. Longa vida aos Knights Of Twilight Might que formam o Twilight Force.
Nota: 9,5.

Sites: www.facebook.com/twilightforce.

Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2017

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