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Ultraphonix -
Original Human Music
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Curioso no line up deste verdadeiro supergrupo que é o Ultraphonix é que tanto Corey Glover quanto George Lynch são músicos que dispensam maiores apresentações e também são um gabarito tão grande que não precisam mais provar nada a ninguém, mas, ainda assim, eles talvez precisem provarem a si mesmos que podem criar um novo projeto que una Rock, Funk e Jazz com a imensa qualidade que demonstraram ao longo dos anos de suas respectivas carreiras.
Na capa temos um corvo trajando uma camisa desenhada numa folha de papel junto a uma radiografia do mesmo, sendo bastante estranha esta colagem de imagens. Original Human Music foi gravado no Nightbird Studios em Sunset Marquis ( Los Angeles/Califórnia nos Estados Unidos ) e sua mixagem foi realizada por Bob Daspit ( Sammy Hagar ), que trabalhou na co-produção junto a George Lynch. Lá fora o disco foi lançado em agosto de 2018 e em 2019 chegou ao Brasil graças à parceria da Shinigami Records com a Earl Music.
Sem muito alarde, apenas com a voz de Corey Glover e os solos fortificados feitos pelo guitarrista George Lynch ante a uma base pesada dos outros dois, Baptism abre Original Human Music em um Rock direto, envolvente e empolgado, que merece uma atenção aos solos do "Guitar Hero" do quarteto. De início calmo, Another Day é possuidora de uma linhagem espiritual nos vocais de Corey Glover e um andamento instrumental cativante, especialmente, nos emblemáticos solos feitos por George Lynch, que conferem uma beleza maior à música, que demonstra vários flertes com o Soul.
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Wasteland já é a sétima de Original Human Music e prossegue com seu estilo experimental e de andamento viajante, porém, sempre com muito peso garantido nos precisos toques feitos pelo baterista Chris Moore, mas, o destaque fica para os solos de George Lynch em sua guitarra, que não parecem terem fim e nos fazem desejar fechar os olhos apreciar mais profundamente cada um deles, entretanto, não posso deixar de salientar também o jeito 'largado' de Corey Glover cantar seus versos.
Depois de uma base voltada para o Funk e o Soul, que produzem um formato dançante em que o baterista Chris Moore se evidência com sua atuação, assim como o baixista Pancho Tomaselli tornando Take A Stand uma intrigante composição deste álbum, que salta de um estilo para outro com uma facilidade enorme e feita com tranquilidade, isso, óbvio é graças ao talento dos músicos envolvidos no Ultraphonix e ao jeito carismático que Corey Glover cantar seus versos te capturando facilmente. A estranha Ain´t Too Late é uma das mais pesadas do cd e alterna trechos falados com gritos em seu refrão, onde o suingue trazido pelo vocalista concede um contraste imenso à canção, o que a torna bastante desafiadora e não posso esquecer de enaltecer os toques feitos pelo baixista Pancho Tomaselli repletos de técnica.
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Original Human Music é um álbum totalmente desafiador em que o quarteto soube como poucos mesclarem estilos com o Jazz, Blues, Soul, Funk com o Heavy Metal e fecharem um discão, que é definido por George Lynch da seguinte forma: "O álbum soa como uma fusão de Red Hot Chili Peppers antigo com King Crimson e Judas Priest. É uma banda superdivertida."
E embora este posicionamento de George Lynch seja uma excelente definição do que ouvimos em Original Human Music, acredito que a visão de Corey Glover sobre o disco é também deveras impactante de ser comentada aqui, confira: "Você ouve um pouco de mim e do George, ou do Pancho e do Chris, mas, a combinação de nós quatro juntos fazendo acontecer soa bastante particular. Não queríamos fazer uma música que não tivesse características bem definidas, mas também não queríamos fazer um disco do Dokken ou do Living Colour. Queríamos fazer algo que prestasse homenagem ao Dokken e ao Living Colour, mas, que seguisse em frente." E isso me leva a concluir sem discussões... eles conseguiram em um dos cd's mais interessantes que ouvi em 2019!!!
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2019
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