Vader - The Empire
 14 Faixas - Shinigami Records - 2016

   Devidamente consolidada no Death Metal mundial como uma de suas mais importantes instituições do estilo e com seu nome inspirado em um dos maiores vilões do cinema, o Sith Darth Vader do Star Wars, os poloneses do Vader da cidade de Olsztvn, na ativa desde 1983 estão lançando petardos extremos e qualitativos que ajudaram a definir e propagar o estilo por todo o planeta. Na continuação desta importante missão, o Vader conta com o líder e criador Piotr "Peter" Wiwezarek nos vocais e guitarra, Marek "Spider" Pajak na guitarra, Tomasz "Hal" Halicki no baixo e James Stewart na bateria, line up que está junto desde 2011.

    Neste novo cd intitulado como The Empire temos dez matadoras faixas e que neste lançamento da Shinigami Records no Brasil temos como brinde o EP Iron Times de maio de 2016 e gravado no Hertz Studios - assim como o álbum The Empire - na cidade de Bialys Tok entre maio e junho de 2016 com produção, mixagem e masterização dos irmãos Wojtek e Slawek Wiesawski. A capa que mostra a temida morte em um misto de cadeira e máquina de guerra é do conhecido Joe Pentagno ( que já trabalhou com o Motörhead, Nazareth, Sodom, Marduk, Led Zeppelin e tantos outros ).

    A destruição começa com a matadora Angels Of Steel - e conforme o aguardado - a toda velocidade e com ferozes urros de Piotr "Peter" Wiwezarek, que passam a ideia de colocar tudo abaixo em uma canção destinada a abertura de rodas e bons momentos de headbanging, quando eles a tocaram ao vivo. Disposta a ser ainda mais pesada Tempest segue com a aniquilação sonora do Vader promovendo um verdadeiro esmagamento por conta de suas linhas rápidas de guitarras que são aplicadas, que estão significativamente bem gravadas e nos deixam ouvir com clareza cada solo, cada toque de baixo e também o massacre na bateria, por mais extremo que os vocais estejam. Com um ritmo que te convoca a participar da música, especialmente nos toques do baixista Tomasz "Hal" Halicki, Prayer To The God Of War já é a terceira de The Empire e aqui sentimos a riqueza sonora do quarteto polonês colocada em prática, pois, eles alternam com precisão seus trechos rápidos com os cadenciados, porém, sempre com os urros dilacerantes de seu vocalista.

    Mais cadenciada e dotada de solos melodiosos em seu início, Iron Reign mantém o nível de fúria do cd intacto e te conclama a socar o ar enquanto Piotr "Peter" Wiwezarek canta com ódio cada um de seus versos, onde destaco o ótimo solo de Marek "Spider" Pajak na sua guitarra, que é mais voltado para o Heavy Metal. Para No Gravity, o Vader atira uma veloz e violenta composição, que é um convite para entrar nas rodas por sua energia em uma letra bastante interessante ( que trata sobre este tema ) e também podemos perceber o baterista James Stewart executar suas partes de forma incontestável, que termina mais cadenciada. Na mais agressiva faixa do cd a Genocidius, os poloneses desferem um golpe certeiro dotado de uma cortante velocidade nos solos de guitarras, que depois ficam mais cadenciados e cheios de linhas melódicas, porém, sempre com os vocais eficazes de Piotr "Peter" Wiwezarek. Atravessando camadas repletas de cólera e com um andamento pronto para te fuzilar, a sétima de The Empire, cujo título é The Army-Geddon é daquelas que curtimos instantaneamente por conta de sua intensidade característica do 'padrão Vader'.

    Na sequencia, eles explodem tudo com a pedrada Feel My Pain, que é possuidora de um ritmo instrumental frenético e vocais devidamente encolerizados, mas, que tem mantém querendo 'banguear' em cada um de seus minutos dotados de solos de guitarras marcantes, aliás tente ouvi-la e não ficar com o refrão na cabeça. Com o baterista James Stewart entrando 'à todo vapor' e sendo acompanhado pelos guitarristas Piotr "Peter" Wiwezarek e Marek "Spider" Pajak chegamos a Parabellum, faixa em que o Vader não permite nenhum instante de sossego, nem para piscar... ou seja, é porrada o tempo todo e com sua categoria única e diferenciada, que é dotada de solos melodiosos.

    A última do tracklist normal do cd é a Send Me Back To Hell, que é furiosamente mais cadenciada, urrada da forma que gostamos e dispõe também de um cativante ritmo de baixo, bateria e guitarras, que é excelente para 'banguear'. Se The Empire acabasse aqui, ele já seria um álbum altamente recomendável para os fãs, porém, a Shinigami Records sempre apronta das suas... e como disse anteriormente temos o EP Iron Times incluso, então... vamos aos seus detalhes.

    A primeira é a Parabellum, que é a mesma que a anterior, porém, sem problemas... batemos a cabeça novamente da mesmíssima forma que na seguinte, a Prayer To The God Of War e como se tratam de duas canções repletas de dinamite este 'repeat' é mais aceitável ainda. Com um ritmo cadenciado Pięść I Stal, uma versão do Panzer X, que te pega pela técnica aplicada e nos conduzem a ótimos solos de guitarras e uma junção de baixo e bateria simplesmente infectante, que liberam seus vocais agressivos em uma linhagem mais Thrash Metal. Fechando as quatro do Ep Iron Times e a versão brasileira do cd The Empire temos um cover para Overkill do Motörhead, que além de prestar uma homenagem ao sr. Ian Lemmy Kilmister ficou tão incendiária quanto a original, exceção apenas aos vocais de Piotr "Peter" Wiwezarek, que estão mais revoltos que os de Lemmy, porque de resto é uma sonzeira pura.

    Dentre os muitos lançamentos que chamaram a atenção no ano de 2016, este The Empire do Vader assegurou o seu lugar entre os melhores por se tratar de um álbum cru, rude, direto e com os dois pés fincados em um Death Metal avassalador e que empolga o ouvinte do começo ao fim.
Nota: 10,0.

Sites: www.vader.pl/ e https://www.facebook.com/vader.

Por Fernando R. R. Júnior
Março/2017

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