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A destruição começa com a matadora Angels Of Steel - e conforme o aguardado - a toda velocidade e com ferozes urros de Piotr "Peter" Wiwezarek, que passam a ideia de colocar tudo abaixo em uma canção destinada a abertura de rodas e bons momentos de headbanging, quando eles a tocaram ao vivo. Disposta a ser ainda mais pesada Tempest segue com a aniquilação sonora do Vader promovendo um verdadeiro esmagamento por conta de suas linhas rápidas de guitarras que são aplicadas, que estão significativamente bem gravadas e nos deixam ouvir com clareza cada solo, cada toque de baixo e também o massacre na bateria, por mais extremo que os vocais estejam. Com um ritmo que te convoca a participar da música, especialmente nos toques do baixista Tomasz "Hal" Halicki, Prayer To The God Of War já é a terceira de The Empire e aqui sentimos a riqueza sonora do quarteto polonês colocada em prática, pois, eles alternam com precisão seus trechos rápidos com os cadenciados, porém, sempre com os urros dilacerantes de seu vocalista.
Mais cadenciada e dotada de solos melodiosos em seu início, Iron Reign mantém o nível de fúria do cd intacto e te conclama a socar o ar enquanto Piotr "Peter" Wiwezarek canta com ódio cada um de seus versos, onde destaco o ótimo solo de Marek "Spider" Pajak na sua guitarra, que é mais voltado para o Heavy Metal. Para No Gravity, o Vader atira uma veloz e violenta composição, que é um convite para entrar nas rodas por sua energia em uma letra bastante interessante ( que trata sobre este tema ) e também podemos perceber o baterista James Stewart executar suas partes de forma incontestável, que termina mais cadenciada. Na mais agressiva faixa do cd a Genocidius, os poloneses desferem um golpe certeiro dotado de uma cortante velocidade nos solos de guitarras, que depois ficam mais cadenciados e cheios de linhas melódicas, porém, sempre com os vocais eficazes de Piotr "Peter" Wiwezarek. Atravessando camadas repletas de cólera e com um andamento pronto para te fuzilar, a sétima de The Empire, cujo título é The Army-Geddon é daquelas que curtimos instantaneamente por conta de sua intensidade característica do 'padrão Vader'.
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A primeira é a Parabellum, que é a mesma que a anterior, porém, sem problemas... batemos a cabeça novamente da mesmíssima forma que na seguinte, a Prayer To The God Of War e como se tratam de duas canções repletas de dinamite este 'repeat' é mais aceitável ainda. Com um ritmo cadenciado Pięść I Stal, uma versão do Panzer X, que te pega pela técnica aplicada e nos conduzem a ótimos solos de guitarras e uma junção de baixo e bateria simplesmente infectante, que liberam seus vocais agressivos em uma linhagem mais Thrash Metal. Fechando as quatro do Ep Iron Times e a versão brasileira do cd The Empire temos um cover para Overkill do Motörhead, que além de prestar uma homenagem ao sr. Ian Lemmy Kilmister ficou tão incendiária quanto a original, exceção apenas aos vocais de Piotr "Peter" Wiwezarek, que estão mais revoltos que os de Lemmy, porque de resto é uma sonzeira pura.
Dentre os muitos lançamentos que chamaram a atenção no ano de 2016, este The Empire do Vader assegurou o seu lugar entre os melhores por se tratar de um álbum cru, rude, direto e com os dois pés fincados em um Death Metal avassalador e que empolga o ouvinte do começo ao fim.
Nota: 10,0.Sites: www.vader.pl/ e https://www.facebook.com/vader.
Por Fernando R. R. Júnior
Março/2017