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By The Hammer Of Zeus ( And The Wrecking Ball Of Thor ) abre o cd com uma linha de guitarras fortes e vocalizadas com muita competência por David DeFeis, que utiliza sua voz de uma forma suave e muito cativante. Na hora dos solos de guitarras é que sente-se a aura da grande categoria do som do Virgin Steele, cujo final desta primeira faixa é épico, sinistro e o refrão te pega logo de cara. Pagan Heart possui ares ainda mais medievais em uma linda melodia construída pela banda, que exibe momentos belos e mais pesados em um ritmo que é muito agradável de se ouvir. Senão fosse suficiente, o Virgin Steele realiza solos mais viajantes no piano, onde percebe-se a classe que foi aplicada na canção. The Bread Of Wickedness começa com solos de sinos e com um ritmo mais cadenciado, que sofre uma elevação de riffs e assim, o quarteto realiza muitas e competentes variações de andamento, que estão perfeitamente bem vocalizadas pelo líder da banda, David DeFeis.
Com um inicio orquestrado, que mais parece um convite para entrar em uma batalha, a quarta In Dream Of Fire caminha com muita harmonia feita nos teclados, cuja letra mostra o diálogo dos personagens Lilith e Adam na versatilidade do vocalista, aliás, citar só o vocalista nesta faixa é uma injustiça, pois todo o quarteto atua perfeitamente trazendo mais beleza à canção. Em Nepenthe ( I Live Tomorrow ), David DeFeis canta ao piano e traz muita emoção a cada verso, que é devidamente acompanhado nos repiques dos pratos da bateria de Frank Gilchriest, que juntos recebem o peso e os solos da guitarra de Edward Pursino e Josh Block, deixando esta balada ainda mais bonita e emocionante.
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Sem dar tréguas The Black Light Bacchanalia ( The Age Of That Is To Come ) entra com seu ritmo mais voltado para o Power Metal ( dos pesados ), com mais uma ótima atuação de todos os músicos do Virgin Steele, pois a música te envolve sem que seja necessário muito esforço, como por exemplo, nos belos solos de guitarra ou no ótimo refrão. The Torture´s Of The Damned começa no piano e vocais em uma harmonia muito bonita cantada por David DeFeis, que vai ganhando mais peso, mas sem perder o imenso feeling que é aplicado pelo vocalista. Necropolis ( He Answers The With Death ) é mais leve e o peso aparece quase de sopetão, de uma maneira vibrante muito bem trabalhada pela banda. Nos trechos falados de David DeFeis sabe como emocionar o ouvinte e se não bastasse, eles realizam várias mudanças de andamento com uso intenso dos teclados e guitarras. Eternal Regret é mais melancólica e tocada no piano com a devida capacidade de David DeFeis, que vai aplicando uma energia grande na música seja com gemidos, com seu feeling ao cantar ou com os solos mais melosos que sentimos, e assim, o Virgin Steele a modifica e intensifica de uma forma muito positiva para finalizar o primeiro cd, mas não o álbum.
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E resolvi acrescentar um comentário do mentor e líder da banda sobre o novo trabalho: " Será um álbum longo ... cerca de 80 minutos. O álbum diz respeito à inversão de todas as coisas. Uma vez conquistada por culturas invasoras, as antigas divindades pagãs se tornam demônios da nova religião. “The Black Light Bacchanalia” é uma inversão dos sagrados costumes sexuais, e a profanação final da "Deusa Principal”, mudança de descendência matrilinear para descendência patrilinear, com o surgimento da ideia do Deus da Montanha de Fogo.... E também tem a ver com antigos medos, como o medo de o sol não se levantar... Liricamente, é uma espécie de continuação da história que contei sobre o último álbum Visions of Eden... Musicalmente, é muito mais....” . E ouvindo The Black Light Bacchanalia com suas melodias, harmonias, tudo muito bem encaixado pelo Virgin Steele criando um Heavy Metal de muita qualidade, concordei plenamente com ele, e você caro leitor(a) que você tem que conhecer.
Nota: 9,5.Site: www.virgin-steele.com.
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2011