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O processo de mixagem é assinado por Logan Mader e a capa de Golgotha - desenhada por Julia Lewis e Sandra Evans - expressa mais uma história bíblica utilizada por Blackie Lawless, pois, assim como os antecessores Babylon e Dominator, este novo álbum possui uma referência ao cristianismo, desta vez o nome do monte onde Jesus Cristo foi crucificado, que foi definida pelo mentor do W.A.S.P. da seguinte maneira: "liricamente tudo está escrito a partir do ponto de vista da minha fé, tudo [ foi feito ] é através desse filtro. Estamos falando de um gênero [ Heavy Metal e Hard Rock ] que, em geral, é obcecados com a ideia de Deus e/ou o diabo. Não há gênero que seja tão obcecado com isso.". Dito isso vamos conhecer mais detalhadamente o álbum Golgotha, que no Brasil saiu pela Shinigami Records em um luxuoso 'digipack' triplo e que só demorou muito tempo ( em comparação ao último disco de estúdio da banda ) por conta de que Blackie Lawless quebrou sua perna e teve um detalhado - e esmerado - processo de composição ( que durou do final de 2011 ao primeiro semestre de 2015 ).
Com riffs que recebem um ritmo puramente Heavy Metal e melodias cativantes de vocais, Scream abre o cd e já conquista o ouvinte logo de cara, afinal, Blackie Lawless é dono de uma das melhores vozes do estilo e sabe solar sua guitarra com bravura, timbres geniais e muita técnica. Em Last Runaway sentimos uma vibração positiva em seus versos, que são cantados com muito 'feeling' por Blackie Lawless e Mike Duda em um ambiente Hard Rock e com dosagens mais voltadas ao Rock´n´Roll, que inspiram a pegar o seu encarte para acompanhar sua letra ( que conta da época que Blackie Lawless foi um sem teto em Hollywood ), isso além de sentir o brilho dos solos de guitarras fincados no melhor dos anos 80. Para Shotgun, o W.A.S.P. exibe outra inspirada sonzeira Hard´n´Heavy, onde as melodias vocais e os riffs de guitarras andam juntos envolvendo o fã com facilidade pelo nível apurado de seu clima festivo das evoluções de seus solos de guitarras, que nos fazem até participar com o chamado 'air guitar' em sua audição.
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A sexta de Golgotha é a longa Slaves Of The New World Order e começa um tanto introspectiva até estourar em um Heavy Metal mais rápido e que é dos melhores criados por Blackie Lawless por conta de suas linhas melódicas, bateria rápida e seu poderoso refrão, que fica na memória, tais como os seus eficazes solos de guitarras, que mais ao final sofrem cada virada empolgante, que tornam esta uma das melhores do cd, cujos versos entrarão em sua cabeça. Eyes Of My Maker traz um ar intimista em seus primeiros acordes, que são suplantados por um pesado andamento no estilo do W.A.S.P., onde a voz de Blackie Lawless se destaca e te chama a atenção graças aos toques mais fortes do baixista Mike Duda. Entretanto, quero que perceba as mudanças de ritmo realizadas por eles nos trechos mais suaves para os outros que - podemos dizer desta maneira - são a essência do Heavy Metal.
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Seja cantando letras que são mais para o 'lado do mal' ou para o 'lado do bem' ( desde que se re-converteu ao cristianismo ), Blackie Lawless mantém o W.A.S.P. com uma das maiores instituições do Heavy Metal e neste grandioso álbum Golgotha temos mais um exemplo disso, com nove candidatas a hinos da banda de do estilo, que causam vontade de escutar várias vezes e o levaram ao posto de um dos melhores álbuns de 2015 na minha opinião ( confira a lista ).
Nota: 10,0.Sites: http://www.waspnation.com, https://www.facebook.com/W.A.S.P.Nation,
https://www.facebook.com/WASP-163026404087/ e https://www.youtube.com/user/theWASPchannel.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2016