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Skid Row
Sábado, dia 28 de novembro de 2009 no Manifesto Bar em São
Paulo/SP
Havia 13
anos que o Skid Row não tocava no Brasil, da última vez eles
tocaram na terceira edição do extinto e saudoso Phillips
Monsters of Rock no estádio do Pacaembú em SP e eu estava lá
já naquela época. infelizmente foi a segunda e última vinda da banda
ao Brasil com a formação clássica ( leia-se Scotti Hill e
Dave Snake Sabo nas guitarras, Rachel Bolan no baixo,
o baterista Rob Affuso e o vocalista Sebastian Bach
), pois a banda não andava bem das pernas naquela época (
financeiramente falando ).
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Seu último álbum Subhuman Race que é maravilhosamente pesado e
forte ( confira! ) não agradou muito à crítica e aos fãs de FM que
não o compraram, o ego de Bach já não cabia na banda e a gota d'água
infelizmente foi essa apresentação no Brasil, onde a banda foi fulminada no
palco, com aqueles tipinhos machistas e drogados que assolavam o rock pesado
brasileiro da época jogando de tudo no palco e procurando acertar
Sebastian de qualquer maneira, gritando palavrões e ofensas para a
banda, entre elas a mais proferida era BICHA!. A banda não aguentou e
saiu do palco antes do previsto, diminuindo o show para meros 46 minutos,
mas eu tava lá e vi o puta show que fizeram sem direito a baladinhas, mas
mesmo assim não deu. Esta foi a última turnê da banda com Big Bas.
Última até
2000, ano em que voltaram à ativa com um texano chamado Johnny
Solinger nos vocais, claro que não foi fácil a aceitação do
público que considera Bas um Deus entre os da banda e
Johnny ouviu ofensas até de ( pasmem ) Dee Snider,
mas a banda seguiu e lançou em 2003 o novo CD de inéditas
Tickskin uma puta paulada punk rock que veio pra calar a
boca dos incrédulos e em outubro de 2006 saia Revolutions per
Minute agora com o baterista David Gara e foi com
essa formação que os 'Skids' vieram ao Brasil pela terceira
vez para uma única apresentação só que agora não foi em um grande
estádio e sim numa pequena casa de shows em SP, o Manifesto
Bar, aconchegante casa de shows que ultimamente vem trazendo
vários nomes da gringa com preços convidativos, mas vamos ao show.
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Por volta
das 20:00hs as luzes se apagam e nos PAs estouram Blitzkrieg Bop
do Ramones de um cd dos Ramones mesmo e ao fim do
último '...hey ho Let's Go!' a banda emenda com Big Guns
do primeiro play da banda de 1989, lá se vão 20 anos e a galera
explode junto com a banda afiadíssima diga-se de passagem, sem
respiros emendam com New Generation do primeiro disco com
Johnny nos vocais de 2003 e todos cantam em uníssono enquanto os
guitarristas ficam pasmos com a loucura do público. Johnny dá
um 'hello' se apresenta e lá vem mais uma paulada, Riot
Act do segundo play Slave To The Grind de 91.
Snake agradece a nossa fidelidade por termos os esperados por
longos 13 anos e manda Piece of Me e em seguida o primeiro
FMhit da noite 18 and Life.
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Durante a paulada
Monkey Business os dois guitarristas e fundadores da banda Dave
Snake Sabo e Scotti Hill tomam conta do palco para um duelo de
guitarras bem insano e que prova a qualidade de ambos, amparados pelo baixo
preciso de Rachel e da bateria mais do que pesada e técnica de novato
David Gara ( novato na banda, claro! ). Ao final Johnny
volta ao palco e apresenta a dupla das 6 cordas como os "Guitar Heros do
Skid Row ". Vale ressaltar o poder de fogo que Johnny Solinger
tem durante todo o
show, esbanjando carisma, simpatia, feeling e acima de tudo muuuuuuito
talento não deixando a gente ter saudades de Bas e prova disso ficou
cravada no próximo som, Thick Is The Skin faixa título de seu
primeiro disco na banda foi ovacionada por todos e sem a peteca cair mais
uma das antigas Makin' a Mess de 89 provando que a banda não
tem nada contra o seu passado, mas sem deixar o presente de lado por muito
tempo trazem mais uma de 2003, desta vez uma mais pop e mas não menos
inspirada, Ghost, segunda faixa do Thickskin de 2003 que foi
de emocionar, inclusive nesta faixa Dave Snake me agradeceu de lá do
palco por eu tê-la cantado de cabo-a-rabo, eu estava bem de frente a ele,
não tinha como ele não me ver cantado e curtindo...demais!
Mas o show
estava só no meio e vem agora Sweet Little Sister também do
primeiráço de 89 e após essa Johnny se dirige ao público
dizendo que tinha falado muito sobre Scotti Hill e Snake
mas agora era hora dele apresentar outra peça fundamental para a
linha de frente da banda, o baixista Rachel Bolan que assumiu
o microfone enquanto Johnny deixava o palco de fininho. Todos
nós já sabíamos o que iria acontecer quando Rachel expressou
sua admiração aos Ramones e anunciou o cover Psycho
Therapy que ele mesmo cantou no EP do Skid Row B-Sides
Ourselves de 1992 ( procure e compre, uma pérola de disco),
o teto desceu nas nossas cabeças literalmente com este som, demais
da conta. Depois dessa a banda deixa o palco, menos Snake que
recebe de seu roadie um violão e Johnny volta para
interpretarem a baladássa I Remember You que até o meio foi
acústica e do solo em diante a banda toda volta plugada e ela se
torna aquela power-balad que estamos acostumados...digno de
lágrimas!!!
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Com todo
mundo ainda emocionado Johnny agradece a todos os fãs
brasileiros pela recepção à banda, mas especialmente à ele mesmo e
ao batera David pois estavam no Brasil pela primeira vez e
para aqueles que não acreditaram no talento dele e ficaram em casa
chorando a viuvez de Sebastian Bach e mandou um sonoro Get
the Fuck Out!, um recado mal educado que a banda gravou em 1991
e veio a calhar. Logo em seguida ele anuncia a única faixa do
mais recente álbum Revolutions per Minute de 2006, a
primeira faixa Dicease que foi muito bem aceita e um fã até
ergueu a capa deste cd. Aliás tudo que o público jogava ao palco
Johnny pegava e vestia, fosse bandanas, luvas, camisetas,
bandeiras, enfim, carisma e mais carisma, se ele queria conquistar o
público, conseguiu sossegado.
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Agora era vez da
última do set list, o mega clássico Slave To The Grind que
enlouqueceu até o mais tímido dos fãs, que aliás, aos
desconhecidos se misturavam conhecidos músicos da cena brazuca, a saber, os
que eu vi por lá estavam Edu Falaschi e Felipe Andreoli (
Angra ) e Ivan Busic ( Dr. Sin ), todos
muito solícitos aos fãs. Pausa para o suspense e a banda volta pra o
magro-bis de uma única música, adivinhem se não foi Youth Gone Wild
com a habitual quebradeira e loucura que se seguiu a noite toda a banda
encerrou este show cumprimentando os sortudos fãs da beira do palco que não
tinha nenhuma barreira entre eles e o palco, demais. Uma noite para nunca
ser esquecida, e como dizia uma escritura nas costas da camiseta da turnê
Rocks not Dead e o Skid Row também não!
Por Alexandre WildShark
Fotos: Manifesto Bar e Alexandre WildShark
Dezembro/2009
Set List:
1 - Big Guns
2 - New Generation
3 - Riot Act
4 - Piece Of Me
5 - 18 and Life
6 - Monkey Business
7 - Thick Is The Skin
8 - Makin' a Mess
9 - Ghost
10 - Sweet Little Sister
11 - Psycho Therapy
12 - I Remember You
13 - Get the Fuck Out
14 - Disease
15 - Slave to the Grind
16 - Youth Gone Wild
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Edu Falaschi e
Alexandre WildShark |
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