Tony Martin: Headless Cross Tour
Domingo, dia 06 de setembro de 2009
no Blackmore Rock Bar em São Paulo/SP
  

  No último dia 06 de setembro, domingão, véspera de feriado, o Blackmore Rock Bar apresentou para mais de 250 pessoas, o vocalista Tony Martin, atualmente em carreira solo, mas que marcou presença em sua passagem pela banda inglesa Black Sabbath. Comemorando vinte anos do lançamento do consagrado álbum Headless Cross e vinte e um anos de sua primeira participação com o Sabbath no álbum The Eternal Idol, Martin se apresentou em Brasília no dia cinco de setembro e em São Paulo no dia seguinte. Acompanhado dos músicos Denny Needham ( bateria ), Davis Ramay ( guitarra ), Daemon Ross ( guitarra ), Geoff Nichols ( teclado ) e Diego Padilha ( baixo ), Tony desfilou as músicas mais marcantes de sua passagem pelo Sabbath que incluem os álbuns The Eternal Idol, Headless Cross, TYR, Cross Purposes e Forbidden e algumas de sua carreira solo.

Rainbow

    Mas vamos falar primeiro sobre a banda Rainbow Rising, Rainbow Cover, que abriu a noite com uma apresentação fabulosa. Nos vocais, a presença marcante de Abdalla Kilsam que também canta em bandas cover de Deep Purple ( Powerhouse ), Led Zeppelin ( Ledness ), Black Sabbath ( Born Again ) e Grand Funk ( On Time ). Na guitarra, Douglas Camargo, com mais de trinta anos de estrada fundamentados no classic rock. Israel Andrade nos teclados, pianista erudito bacharelado em música e Marco Almada na bateria que desde 86 acompanha músicos renomados e gravou trabalho autoral. Esse foi o time que entrou no palco à meia-noite e meia para prestar um tributo excelente ao Rainbow de Ritchie Blackmore, durante uma hora de show. Nem é preciso dizer que a banda foi muito aplaudida do início ao fim e contagiou todos os presentes que esperavam impacientes pela chegada de Tony Martin.

    A Rainbow Rising entrou no palco com a música Kill The King e numa tacada só, emendou Man On The Silver Mountain. Foi curioso reparar como Marco Almada se desdobrou para tocar na bateria montada com a configuração de Denny Needham, mas apesar da enorme diferença, ele arrebentou do início ao fim. Seguiram-se as músicas “All Night Long”, “I Surrender”, “Wolf To The Moon”, “Gates Of Babylon”, “Street Of Dreams”, “Since You’ve Been Gone”, “Stargazer” para a qual José Cardilho ( tecladista do Eterna ) foi convidado e “Long Live Rock & Roll” que encerrou a impecável apresentação da Rainbow Rising. É preciso destacar o maravilhoso trabalho de Douglas Camargo na guitarra que arrancou gritos da platéia. Um show extraordinário.

Tony Martin

    Mais de uma hora de espera, até que Tony Martin chegasse ao Blackmore... A platéia já estava impaciente quando às duas e trinta da manhã, finalmente a banda entra no palco. Logo de cara problemas com a engenhoca eletrônica montada ao lado do teclado de Geoff Nichols, faz com que a entrada ‘triunfal’ de Martin não aconteça conforme o planejado. Ele teve que socorrer o tecladista que não conseguia acertar sozinho, a parafernália de ‘recursos’ técnicos... Mas, aparentemente todos esperavam que Tony Martin viesse carregado com seus efeitos especiais e não prestaram lá muita atenção ao ocorrido.

    Interessante mencionar também, que durante a passagem de som, a equipe que acompanhou o músico pediu para todos saírem da casa, enquanto Tony acertava esse equipamento que serviu de apoio à banda durante todo o show. Mas tirando as panes tecnológicas, foi com Lost Forever que a festa começou. Todo de preto e agora com um sorriso no rosto, o que não aconteceu na passagem de som, Tony embalou com Born To Lose, duas faixas do álbum The Eternal Idol. Foi então que ele se dirigiu a platéia para comentar que há exatamente 20 anos atrás, o álbum Headless Cross havia sido lançado e que comemorar essa data com o público em São Paulo estava sendo fantástico. Seguiram-se Black Moon e Devil And Daughter que ele apresentou como uma música que nunca havia sido tocada ao vivo até então.

    Continuando a saga de Headless Cross veio Nightwing. A simpatia de Geoff Nicholls merece destaque. Durante todo o show o tecladista que toca ao lado de Tony Martin desde o álbum foco dessa turnê, tentou contagiar a platéia ora conversando, ora batendo palmas, sempre sorridente e animado. Outro destaque que não se pode esquecer é o incrível baterista Danny Needham que durante todo o tempo chamou a atenção de todos com sua habilidade e estilo e obteve diversos comentários elogiosos no final do show. Simplesmente maravilhoso.

    As duas músicas seguintes, Breath e The Raven Ride ( da sua carreira solo ), também agitaram muito a platéia e apresentaram uma banda coesa e bem entrosada. De volta ao álbum Headless Cross, foi a vez de When Death Calls. A cada nova música, a reação calorosa dos presentes. The Law Maker do álbum TYR arrancou gritos da platéia. Tony avisa que o show está chegando ao fim e apresenta a banda. Comenta que está sendo acompanhado por três grandes músicos brasileiros, Davis Ramay, Daemon Ross e Diego Padilha e que os demais ‘são ingleses mesmo’, num tom de brincadeira.

    As próximas músicas Raising Hell e Scream também são de sua carreira solo. Em Scream Tony toca trechos com um violino elétrico e faz um pequeno solo. Despede-se rapidamente da platéia e sai do palco. O silêncio toma conta com lugar... As pessoas pareciam não querer acreditar que tudo houvesse acabado. Depois de alguns minutos a galera pareceu cair na real e começa a chamá-lo de volta. É com The Eternal Idol que ele retorna ao palco, agora vestindo uma jaqueta de couro. Tony Martin apresenta ainda The Shining e Headless Cross até despedir-se e sair do palco novamente. Mas logo depois todos voltam para apresentar a última música da noite, Feels Good To Me do álbum TYR e ele comenta brincando, que essa música tem um vídeo-clipe horrível. Despedindo-se e dizendo que viajariam no dia seguinte para a Inglaterra, agradece a presença de todos e promete voltar.

    Já eram mais de quatro horas da manhã e muita gente ainda estava firme na casa, na esperança de que Tony saísse para fotos e autógrafos. Os primeiros a aparecer e receber os fãs que se aglomeravam no mezanino da casa, foram o baterista Denny Needham e o tecladista Geoff Nicholls. Ambos extremamente simpáticos e atenciosos distribuíram autógrafos e tiraram muitas fotos com os fãs presentes. Tony, porém, continuava no camarim e não dava o menor sinal de que sairia e receberia os presentes. A grande maioria desistiu e foi embora. Eram mais de cinco horas da manhã quando Tony chegou ao balcão do bar no mezanino do Blackmore, para autografar álbuns dos fãs mais insistentes e tirar algumas fotos. Ele foi simpático com todos nesse momento, apesar de que ouvi muitas histórias de fãs que tentaram abordá-lo no hotel em que estava hospedado. Todos mencionaram que ele havia sido muito antipático e que se recusara a tirar fotos ou autografar discos. Felizmente tivemos um desfecho feliz e por volta das 6 horas da manhã Tony e banda deixaram a casa.

Por M. Lourdes M. Azevedo
Fotos: M. Lourdes M. Azevedo e Tati Rocha
Setembro/2009

Set List

Lost Forever
Born To Lose
Black Moon
Devil And Daughter
Nightwing
Breathe
The Raven Ride
When Death Calls
The Law Maker
Raising Hell
Scream
The Eternal Idol
The Shining
Headless Cross
Feels Good To Me


Lu Wolff ( Rock On Stage ) e Tony Martin

 Galeria de Fotos do Tony Martin

Descrição:
Número de imagens: de

 

Voltar para Shows