Angra - Back to Life
Tour
Abertura: Slasher,
Kerozene, Dr.
Pumpkin e Barbaria
Sábado, dia 26 de junho de 2010 no Clube de Campo Santa Fé em Itapira/SP
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O Angra, uma das mais importantes e
consagradas bandas do cenário heavy metal brasileiro superou os problemas que
estavam acontecendo desde 2006. Em 2009, o quinteto iniciou a Back To Life Tour
com o Sepultura, anunciou um novo disco ( que sairá ainda este ano
) e
agora em 2010, pela primeira vez Edu Falaschi - vocais, Kiko Loureiro
e
Rafael Bittencourt - guitarras, Felipe Andreoli - baixo e o Ricardo Confessori
( que voltou na banda após Aquiles Priester dedicar-se
exclusivamente ao Hangar ) - bateria, estiveram pisando em solos itapirenses,
o que foi uma grande vitória para meus amigos que organizaram o evento, pois colocar uma banda
do porte do
Angra na cidade não deve ter sido uma tarefa fácil.
Um atraso durante a tarde de
autógrafos causou uma demora na abertura dos portões ( o horário
previsto era às 20:00hs ), mas nada que causasse algum prejuízo para os fãs.
Finalmente quando foram abertos, o Clube de Campo Santa Fé foi tomado pela
grande massa heavy metal de Itapira e região ( acredito que tinham bem
mais de 2000 fãs presentes ), e como sempre nós sempre revemos muitos
amigos.
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Barbaria
O Barbaria, banda de Mogi Mirim/SP
formada por Leandro Louback nos vocais, Marcelo Louback e Rodrigo Curielnas
nas guitarras, Ricardo Guariento no baixo e Fernando Piasecki
na bateria foi a responsável pela introdução das primeiras doses de
muita sonzeira no público com seu heavy metal direto e sem firulas. Além de tocarem com muita
empolgação, o que chamou atenção no Barbaria foram as vestimentas dos
integrantes da banda, pois todos estavam com roupas que lembravam os tempos
dos bárbaros.
A primeira
executada pelo quinteto foi um cover para Battle Hymm do Manowar
seguida por covers do gabarito de Under Jolly Roger
do Running Wild, Between The Hammer And The Anvil do
Judas Priest, e assim o Barbaria aproveitou a oportunidade para exibir
também criações próprias como as ótimas Legion United e Flaming
Waves.
Mesmo enfrentando alguns problemas no som
- é banda de abertura
sofre meus amigos, pois serve para regular o som para as que virão
em seguida - o Barbaria foi agradando bastante aos presentes. E outro ponto que ganhou um forte destaque na apresentação do
Barbaria foi quando tocaram Be Quick Or Be Dead
do Iron Maiden e a recepção dos fãs não poderia ter sido melhor,
pois a grande maioria cantou e pulou junto com a banda que mostrou muito
profissionalismo e enquadrou-se na altura do evento.
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Slasher
A banda de Itapira/SP
Slasher formada
por Daniel ( vocais ), Lucão e Lúcio
( guitarras ) e Wellington ( baixo ), Taddei (
bateria ), subiu no palco por
volta das 22:20hs e destilou o seu thrash metal agressivo e furioso com músicas
presentes no seu primeiro EP Broken Faith. Foi justamente a faixa título
do EP que abriu
o show e foi seguida por um cover matador para Creeping Death do Metallica.
Muito empolgado, Daniel executa o novo single Time To Rise
que também
foi muito bem recebida pelo público que agitou bastante sacudindo seus
pescoços como deve ser feito. Em seguida atacam com Art Of War, também do primeiro
EP, que exibiu alguns dedilhados antes do puro peso extraído das guitarras
de Lúcio e Lucão que enfeitiçaram a todos com seus poderosos riffs.
Essas primeiras
quatro músicas foram captadas em FullHD pelo Área Livre Studio
para um vindouro DVD ( vale lembrar que o Barbaria também teve
algumas músicas gravadas ). Depois o
Slasher toca duas músicas do seu futuro full lenght Pray For
The Dead com
Till The End e World Demise. Pedindo para abrir rodas mais
destruidoras, o meu amigo Daniel nos brinda com Enemy Of Reality
( do EP
Broken Faith ) e um cover para Violent Revolution do
Kreator, e olha que os itapirenses tocaram muito bem esse cover, estando de
parabéns.
Muito interessante também foi a execução de outra do
Broken Faith com Tormento Ou Paz cantada em português com
toda a agressividade dos vocais de Daniel. E como o show estava agradando
bastante, tivemos ainda Rainning Blood do Slayer para destruir
de vez com tudo. Um aquecimento à altura para o show do Angra.
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Dr. Pumpkin
Infelizmente,
segundo informações colhidas em conversas com os amigos, a banda Dr. Pumpkin cancelou sua apresentação
devido à um acidente com o baterista da banda e nós aqui do Rock On Stage
desejamos que não tenha sido nada grave e que logo ele se restabeleça e que
a possa rapidademente voltar a realizar shows. Assim, a espera pelo Angra seria menor,
seria tempo de arrumar o palco para que pudéssemos ver ( e no
meu caso rever ) a banda.
Angra
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Eram praticamente meia noite quando o
Angra adentrou o palco do Clube de Campo Santa Fé, e instantes antes o
sampler de Unfinished Allegro, como no passado, fez a introdução para que os
integrantes da banda fossem tomando suas posições no palco. E o frissom
causado na platéia por ver a banda iniciando sua apresentação foi imenso. Edu Falaschi
entrou cantando Carry On, hit para martelar os fãs logo de
cara, seguida com a dobradinha Nova Era ( melhor sequencia de
abertura impossível ). Deu para perceber como
o Angra estava tocando com garra, firmeza e vontade; claro que toda banda
precisa ter isso, mas após tanto tempo frequentando tribunais, entre outros
problemas, o atual recomeço trouxe a impressão de algo como: "
Voltamos
para onde não podíamos ter saído...". E de fato, bandas como o Angra não
poderiam ficar tanto tempo afastadas dos fãs, mas os problemas que eles passaram
foram tão complicados que a banda quase acabou, quase.
Continuando o set,
Waiting Silence do
Temple Of Shadows é exibidida e rever ( pelo menos para mim )
Edu, Kiko e Rafael
passando a grande dose de emoção, especialmente no refrão, quando cantam juntos é uma sensação que
deve-se guardar no coração. Entretanto, enquanto estiveram 'afastados' do Angra, todos
os músicos lançaram seus projetos solos e aprimoraram muito mais suas técnicas
musicais, e naturalmente trouxeram isso para a banda, tanto que nos solos,
parecia que tinha algo mais neles, pois foram muito mais bonitos comparados
aos que já assistira em apresentações anteriores.
Edu fala com a galera itapirense e
avisa que o novo cd está quase pronto e eu acreditava que eles pudessem nos
brindar com alguma música nova, mas isso não aconteceu, entretanto, eles
foram buscar Silence And Distance do Holy Land e o vocalista realiza uma
performance vibrante ao interpretar cada verso com muito feeling. Em
seguida, Angels Cry, do disco de mesmo nome, incendeia de vez as dependências do
Santa Fé e por onde se olhava todos estavam agitando sem parar e exibiam
rostos felizes.
Depois, tivemos uma grande surpresa, e
com certeza daquelas inesperadas, mas que acertam em cheio: Lisbon do
Fireworks é tocada, e esta música gravada originalmente com André Matos,
ficou muito bela na competente interpretação de Edu Falaschi, creio que a volta de
Ricardo Confessori possibilitou o seu resgate ao atual set. Bem, a
recepção não poderia ter sido melhor, pois todos cantaram à plenos pulmões.
Edu Falaschi pergunta se conhecemos o último álbum de estúdio do Angra, o
Aurora Consurgens, com a resposta positiva, anuncia The Course Of Nature,
a faixa que abre o cd com muito peso e devidamente trazido ao palco neste
show em Itapira.
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Voltando ao Holy Land,
Rafael
Bittencourt executa os primeiros acordes de Carolina IV e essa longa música traz tudo o que
os fãs esperam, sejam nos riffs melódicos, baixo rápido, excelente trabalho na
bateria, aliás, Ricardo Confessori está melhor do que nunca nesta. O
Angra
realizou uma passagem por vários de seus grandes sucessos de todos os
álbuns, de forma que agradaria a grande maioria dos fãs, e em seguida tocam
a rápida Acid Rain ( do álbum Rebirth ) e, posso seguramente
relatar, o hino melódico rendeu até algumas rodas na platéia. Foi muito bacana ver Edu Falaschi
dividindo os fãs por todo o Santa Fé para que gritassem cada vez
mais alto os "heeeiiiii!!!!", e o entrosamento da dupla Kiko Loureiro/Rafael
Bittencourt está ainda maior, e eles disparam solos que cravam suas
notas dentro da alma de cada um.
Mais uma do Aurora Consurgens
com a rifflerama pesada e velocíssima de The Voice Commandind You
que encantou a todos, sim encantou mesmo, pois o Angra
realizou uma apresentação brilhante e com muito comprometimento com os fãs,
tanto que é arrisco a dizer chegou a nos enfeitiçar, aliás, complementando
esta ideia, acrescento o seguinte comentário: Edu Falaschi mexia seus
braços e mãos semelhante à um mago
quando está realizando seus principais feitiços. E os fãs, que estavam de
sorrisos abertos, sempre cantavam com o carismático vocalista.
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Não parecia, mas o show já estava
entrando em sua reta final, e após três números pesados, era vez de acalmar
um pouco com a linda Rebirth ( do disco homônimo ), que novamente foi
acompanhada por muitas e muitas vozes dos fãs, de um modo tão entusiasmado e
cheio de energia que
lembrou-me da primeira que vez que assisti um show do Angra em 2002. A
empolgante Nothing To Say do álbum Holy Land veio na sequencia e foi
recebida aos berros de felicidade da platéia que completavam o refrão
com Edu. Nothing To Say encerrou a primeira parte do show.
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Na volta da banda
ao palco para o bis, foi a vez de Spread Your Fire do Temple Of Shadows
com todo o peso esperado
pela galera e então se despedem jogando muitas palhetas, baquetas e exibindo
muitos sorrisos para
os fãs, visivelmente felizes e isso ao ao som do sampler de Deus Le Volt!.
Instantes depois agradecem aos fãs e saem do palco e rapidamente vão embora
do Clube de Campo Santa Fé pois logo cedo ( às 6:00hs da manhã
) o Angra já estaria no avião para um show em Bogotá na Colômbia.
A volta de
Ricardo Confessori
fez muito bem à banda, e para quem possa dizer que o set list foi curto ( em
torno de uma hora e meia ), aguarde para quando ele estiver recheado com as
novas músicas do vindouro novo trabalho. Longa vida ao Angra e ao
Heavy Metal Nacional.
Set List
1 - Unfinished Allegro
2 -
Carry On/Nova Era
3 -
Waiting Silence Play
4 -
Silence And Distance
5 -
Angels Cry
6 -
Lisbon
7 -
The Course Of Nature
8 -
Carolina IV
9 -
Acid Rain
10 -
The Voice Commanding You
11 -
Rebirth
12 -
Nothing To Say
Bis:
13 -
Spread Your Fire
14 -
Deus Le Volt!
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Kerozene
Bem, o Angra realizou um grande show é
verdade, mas o quarteto de Mogi Mirim/SP formado pelos meus amigos Alexandre nos vocais e
guitarra, André guitarra e backing vocals, Rodrigo baixo e backing vocals
sendo completados por Tuco na bateria tiveram a missão de encerrar a
noite de metal no Clube de Campo Santa Fé.
E olha que mesmo
com a maioria dos presentes e indo embora ( muitos vieram de cidades
bastante longe ), tivemos ainda condições de curtir grandes clássicos da
história do heavy metal como For Whom The Bell Tolls do Metallica,
Breaking The Law do Judas Priest,
Highway Star do
Deep Purple, Crazy Train do Ozzy Osbourne e Sad But
True
do Metallica, entre outros muito bem interpretados pelo quarteto.
Alexandre aproveita a
oportunidade e agradece à todos, fala da importância de 'fechar' o
show do Angra e mais uma vez, ele e seus três companheiros de banda
deixam bem claro toda a potência e capacidade do Kerozene.
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Aos amigos de Itapira
Leandro e André os meus parabéns pelo evento, por deixar a cena do interior mais forte e com shows
nesse nível, além disso, a estrutura de palco, iluminação, som, são dignas de grandes
casas da capital. Outro ponto importante, nenhum incidente foi registrado e
prova a harmonia e a grande confraternização que acontecem com o público heavy metal ( ao contrário
do a maioria da mídia mesquinha imagina ). Que venham mais shows como o
Angra em nossa
região.
Texto e Fotos: Fernando R. R.
Júnior
Julho/2010
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