Made In Brazil
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Valvulados, Blood Mary, Kerozene
Sábado, dia 31 de julho no Woodstock da Casa do Rock  Mogi Mirim/SP

    Fechando o mês do Rock ( que foi bem agitadinho aqui na nossa região este ano ), rolou na Casa do Rock o seu primeiro Woodstock, que na verdade seria composto de sete bandas, mas por problemas que insistem em perseguir os eventos deste porte no Brasil, duas não puderam tocar, a saber Casa Velha e o duo Bruno Folks.

Valvulados

    Lá pelas 19 horas se inicia a noite com a banda Valvulados de Mogi Mirim/SP, com um repertório impressionante que consistia, entre outros clássicos, de Stormbringer do Deep Purple, The Show Must Go On do Queen, Mr. Crowley do Ozzy Osbourne e até Cherokee do Europe entre outros de Bon Jovi, Van Halen e claro DIO, este último dedicado à minha pessoa! Obrigado ao pessoal do Valvulados que tiveram um imprevisto de uma hora criado pela equipe da banda principal da noite que mais abaixo você saberá quem era, atrapalharam e interromperam o show dos garotos em uma hora, acredita? Pois é, tem bandas ditas veteranas que ainda não aprenderam a respeitar os iniciantes...

Blood Mary

    Com todo o repertório do Valvulados distribuído entre os percalços a segunda banda da noite começou após às 22 horas, Blood Mary de Mogi Guaçú/SP, rolou o fino do blues com uma banda de músicos super afinadíssimos e que sabem em que território estão desfilando, destaques para o guitarrista Bolacha e a vocalista Taís que empunhou o microfone com maestria de sobra pra interpretar clássicos de B.B. King, Neil Young, Bob Dylan, The Animals e, claro, Janis Joplin.

    Passava da 00:30 quando a banda cover mais conhecida da região subiu ao palco, Kerozene de Mogi Mirim/SP, por aí desde 2002 toca em tudo quanto é casa e show da nossa região e quem viu uma resenha deles viu todas, são sempre os mesmos clássicos de Metallica, Creedence Clearwater Revival, Pink Floyd, The Doors, Iron Maiden, Velhas Virgens, Raul Seixas e afins, o que não é um ponto negativo não, pois eles sabem botar o público na palma da mão sem muito esforço, mas que falta uns sons próprios ah isso não tem como negar.

   

Made In Brazil

    O próximo a subir no palco seria o Bruno Folks de Mogi Mirim/SP também, mas ficou de fora para beneficiar a banda principal da noite, o bom e velho Made In Brazil que vem com uma formação focada nos três Vecchiones, Oswaldo ( baixo/vocal/harmônica/guitarra base ), seu irmão e fiel escudeiro Celso ( guitarras base e solo/baixo ) e o filho Rick Monstrinho há 20 anos tocando a bateria com muita vontade e precisão. Além deles agora temos o iniciante mas bem talentoso Tiago Mineiro nos teclados, Fábio Bad Boy na guitarra solo e as duas backing vocals Paulinha e Roberta Abreu ( a caçula da banda ), sim foi preciso duas para o lugar da insubstituível e saudosa Déborah Carvalho ( falecida em janeiro do ano passado ).

    O repertório com poucas novidades começou com a bluesy Fiquei com o Blues de 1990 do disco In Blues, seguida de três clássicos "Rock de São Paulo", "Gasolina" e "Paulicéia Desvairada" que há muito tempo perdeu aquele peso habitual, aliás, não foi a única, pois Treta de Rua do pesadíssimo play Deus Salva... o Rock Alivia! de 1984 ficou insossa e sem graça nesta nova versão, sinais dos acústicos.

    Rolaram ainda dois sons do último disco Rock de Verdade! com: "Todo Dia Rola Um Blues", "Meu Bem Me Abraça E Me Beija" que funciona muito bem ao vivo e uma do anterior de 99 Sexo, Blues & Rock And Roll com "Tô à Tôa" e aí o pau comeu, o peso começou a crescer após a inédita Gata Ingrata e com Anjo da Guarda do primeiro play, "Minha Vida é Rock and Roll", "Rock de Verdade" e o gran-finale com a pesadíssima quase heavy Uma Banda Made in Brazil.

    Um baita show que nem as mancadas anteriores com as outras bandas ficou manchado. Longa vida à Casa do Rock, longa vida ao Made, longa vida ao Rock And Roll!!!

Por Alexandre WildShark
Agosto/2010

 Galeria de Fotos do Made In Brazil, Valvulados, Blood Mary e Kerozene

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