|
|
Sepultura
|
|
|
|
Set List do Sepultura |
|
|
|
|
A primeira da noite foi a clássica Creeping Death do Ride The Lightning ( 1984 ) - que provocou uma reação destruidora nos fãs que gritavam cada verso com a banda ( especialmente o refrão: "Die...Die... Die by my hand..." ) - sinceramente, creio que tenha sido a melhor maneira de começar o show, e assim víamos o todo tatuado James Hetfield cantar com uma grande vitalidade parecendo que a banda estava iniciando a turnê e não celebrando a 126ª apresentação só desta tour, e a afirmo, foi uma grande satisfação ouvir esta logo de cara e sentir a força precisa das guitarras de Kirk e James. Em seguida, outra do mesmo álbum, com For Whom The Bell Tolls, que realmente sacudiu o Morumbi, por onde se olhava, via-se todos pulando e cerrando os punhos no gesto mais tradicional do heavy metal ao ver os solos da dupla Hetfield/Hammett ( aliás, neste inicio de show, James usou uma Gibson preta linda, Kirk solou bravamente e sem dó, empolgando muito nós todos ). Quando a fase é boa, parece que tudo ajuda, depois de mais um mês de chuvas sem parar em São Paulo, neste sábado até a Lua deu as caras para ver o show do Metallica e com uma curta saudação, o quarteto americano emenda The Four Horsemen ( do Kill´Em All de 1983 ), petardo que acabou com qualquer pescoço que ainda tivesse conseguido ficar parado.
Então, James diz: “Esta noite, estou sentindo a energia", e então toca a devastadora Harvest Of Sorrow ( do And Justice For All... de 1988 ) e seu começo cadenciado e extremamente pesado que garante a empolgação em altares maiores ainda, e foi criada uma interação espetacular entre banda e platéia, pois, completávamos trechos dos versos cantados por James Hetfield, o que causou na banda uma enorme felicidade e um sentimento de energia positiva, que teve ainda um solo de Kirk Hammett que sobrou categoria e técnica por todos os lados. Para mim, foi uma excelente surpresa ouvir Fade To Black ( do Ride The Lightning ) de inicio mais lento e com James Hetfield lá no alto da plataforma tocando com um violão esta envolvente música. Outro ponto que tenho que destacar é o fato de ter assistido Kirk Hammett executando lindos fraseados de guitarra que atingem nossa mente e nos enfeitiçam. Uma pausa momentânea e James pergunta: "Vocês estão sentindo o que eu estou sentindo ?". Com a positiva resposta eufórica dos fãs ele toca a parte acelerada da música para aumentar ainda mais nossa satisfação. São em momentos como este que notamos a força que o heavy metal possui.
|
|
|
Eu disse ataque? Após uma breve pausa, para o inicio de One ( uma das mais aguardadas e presente no álbum And Justice For All... ) o Metallica enviou-nos todo seu arsenal de guerra ao som de helicópteros e metralhadoras aliados com altas labaredas de fogo no palco, além de fogos de artifício, luzes e pequenas explosões que trouxeram o clima beligerante para dentro do Morumbi. A resposta da plateia não poderia ser outra senão cantar com plena força cada verso pronunciado por James Hetfield e assim, participar de um êxtase coletivo inesquecível, marcando um momento pesado e único neste show.
Não é preciso falar que as rodas apareceram por todos os lados, pois, para onde se olhava via-se muitos fãs se "confraternizando" em muitas delas. Então com a "cabeça de ponte" consolidada, o Metallica invadiu e aniquilou todos os espaços ao disparar Master Of Puppets ( do álbum homônimo ), uma das mais pesadas e rápidas que eles gravaram, momento que será lembrado como um dos melhores do show ( que solos de guitarras!!! ), afinal, os fãs encontravam-se em estado de empolgação altíssima e correspondem dividindo o refrão " Obey Your Master.. Master..." com James. Em todo momento eles trocavam de posição o que facilitou para muitos poderem vê-los por todos os lados do palco. Sem descanso, a 'batalha' continua com a matadora Blackned ( And Justice For All... ) onde novamente as altas chamas eram acesas a cada 'fire' gritado por James Hetfield ( e faço uma pausa para ressaltar como ele solou sua guitarra Flying V ). Não posso me esquecer do calor causado pelas labaredas sentido por boa parte da pista VIP e a vibrante resposta da galera, que será levada para casa pelo quarteto e lembrada com carinho.
|
Para os sobreviventes desta trinca - que arrebentou com o pescoço de muita gente - James deixa Kirk Hammett realizando solos com timbres mais suaves e cheios de blues ( me lembraram até Stevie Ray Vaughan ) que prenunciavam que teríamos uma diminuída do ritmo forte do show e a balada Nothing Else Matters ( do Black Album ) veio à tona para emocionar muitas pessoas com o comprometimento que a banda aplicou nesta música. Mas, o show é de heavy metal e ao final de Nothing Else Matters James Hetfield vai aumentando a potência da distorção em sua guitarra, em poucos instantes começavam aparecer as notas da furiosa Enter Sandman - e foi a vez de Lars Ulrich metralhar ainda mais impiedosamente sua bateria, e se não bastasse, para um sentirmos um prazer ainda maior, vários efeitos pirotécnicos são vistos novamente. Neste momento não tinha como não bangear sem parar, e percebi muitos também acompanhando nas palmas esta que finalizou esta primeira parte do show. O quarteto agradece, e por alguns instantes Kirk deixa sua guitarra de lado, pega seu smarfone e filma os fãs no estádio. É... emocionamos mesmo os caras...!!!
Para o bis, James fez questão de avisar: "Este é o momento do show em que escolhemos uma banda que nós gostamos para prestar tributo. E a escolhida desta noite é o Queen", aliás para quem não sabe, o Queen foi muito pesado também a ponto de ser considerado heavy metal. E a versão mais Thrash do Metallica para Stone Cold Crazy arrebatou ainda mais os fãs que não se cansavam de agitar. Em seguida uma surpresa, Motorbreath do Kill´Em All, mais thrash impossível, e além da pegada imposta pela banda, ver e sentir a força das guitarras em ocasiões assim é tudo que nós sempre queremos.
|
|
|
|
|
Galeria de Fotos do Metallica e do Sepultura
Descrição:
|