Foto acima: Cortesia de Mauro Henrique

W.A.S.P.
Sábado, dia 10 de abril de 2010 no Santana Hall, São Paulo/SP 

    Foi uma espera de 5 anos para os fãs do W.A.S.P. presenciarem mais uma vez esta banda que é um ícone do Metal dos anos 80 e que ainda hoje tem uma força sonora explosiva, tão quanto ou até melhor do que na época em que eles apareceram no cenário Metal. Mr. Blackie Lawless tem uma voz incrível, selvagem e tempo não é problema para ele. A banda estava melhor no ano de 2005, quando tocaram na Via Funchal, não em termos de vitalidade, mas sim pelo excelente tratamento de som ocorrido naquele show inesquecível.

    O show começaria cedo 18:30hs, porém houve atraso e quase foi uma realidade não ter o show, em Curitiba/PR o W.A.S.P. cancelou o show alegando que faltava equipamento. Em São Paulo a produção deixou o palco preparado às 10:30hs da manhã, para eles passarem o som tranquilamente, mas quando se depararam com o palco, acharam que tinha aparelhagem demais e aconteceram atritos, porém felizmente as portas do Santana Hall foram abertas depois de um longo tempo de espera ( apesar de que por um fio quase não teve o show, que só finalmente iniciou às 20:30 ), a produção brasileira teve que trabalhar bastante para que a tour sul-americana do W.A.S.P. ficasse resumida à apenas um show na Argentina e a cidade do rock/metal não tivesse o prazer de rever a banda.

    Vou falar um fato engraçado antes de tecer as linhas deste ótimo show. Teve uma vez que o W.AS.P. fez o show juntamente com o Motörhead e houve um problema de camarins, Blackie com seu gênio difícil mandou tirar todos os pertences do Motörhead, mais ou menos isso, depois do incidente Lemmy Kilmister tirou um sarro dizendo: “Antes eu até chamava eles de Wasp ( vespa ou americanos brancos Anglo-Saxões ), agora daqui pra frente vou chamar eles de bee ( abelha )”.  Bem, mas atrasos e fatos cômicos a parte vamos falar do show, o show foi muito bom, excelente como já disse não quanto o show de 2005, neste o som estava muito abafado e os timbres agudos não eram tão evidentes, a não ser a voz de Blackie Lawless, que grita com categoria nas músicas. 

    O W.A.S.P. começou o show com um medley muito bom com "Mephisto Waltz", "On Your Knees" e "The Real Me". A Mephisto Waltz foi clássica, e não há como negar que Blackie na voz é soberano, é um dos melhores vocalistas de Heavy Metal mesmo não sendo tão reconhecido, não somente no momento que grita, mas a linha melódica que ele compõe em cima do grito. Logo após eles mandaram a clássica L.O.V.E Machine, muito boa, foi bárbaro e logo após Blackie falou que a próxima nos deixaria louco e eles tocaram a Crazy, muita potência apesar de um pouco da falta da clareza do agudo da guitarra o show estava excelente, selvagem. Tocaram Babylon’s Burning do novo álbum como a anterior e depois a poderosa, melhor do show, a Wild Child, cantada por toda a platéia, que composição incrível do W.A.S.P. um verdadeiro clássico, o refrão é um hino do Heavy Metal

    Depois fizeram mais um medley que levou a galera ao delírio com "Hellion", "I Don't Need No Doctor" e "Scream Until You Like It", eu seria omisso se não falasse dos músicos do W.A.S.P. Mike Duda ( baixo ), Mike Dupke ( bateria ) que fazem uma ótima cozinha e sustentam toda a tonelagem que é som do W.A.S.P. e o guitarrista Doug Blair é um virtuose e excelente guitarrista. Em seguida tocaram "Arena of Pleasure" e "Chainsaw Charlie ( Murders in the New Morgue )". The Idol, lenta com o belo solo de Doug Blair que usou e abusou de escalas e efeitos talvez fazendo sua melhor aparição com sua curiosa guitarra. É uma Gibson Les Paul, porém o braço é característico de uma guitarra Floyd Rose ( um pecado para os amantes da Gibson Les Paul ). Logo após ela foi I Wanna Be Somebody, não é a melhor, mais é o maior clássico do W.A.S.P. a galera mais uma vez adorou. 

    Depois veio o bis e nele foram tocadas duas músicas Heaven’s Hung in Black, boa e seria melhor ainda se o som estivesse com maior equalização e finalizaram o show com a explosiva Blind in Texas que foi tocada com muita energia, mais uma vez Doug Blair voava nas seis cordas, e essa musica teve direito a um improviso feito com Blackie Lawless, em que ele ritmou aquele canto nosso em homenagem as bandas “olê, olê, olê, olê!!!!”, ele cantou junto com a platéia até o momento em que ele falou “pssiu...pssiu!!!!” ( para nós ficarmos quietos ) não era arrogância, e aí com muita energia, como uma chuva de artilharia, eles voltaram com o peso total da Blind in Texas e encerraram o show. O show foi excelente deu para matar a saudade, não foi excepcional, mas foi muito bom, sorte do pessoal que viu em São Paulo, ficamos apreensivos, mas felizmente deu tudo certo. 

Bom, o que está acontecendo!!??

    O W.A.S.P. veio para divulgar o seu novo álbum Babylon ( lançado em novembro de 2009, mal saiu do forno ), o W.A.S.P. é uma banda digna de tocar num Credicard Hall, um Via Funchal e me pergunto por que tocar num lugar pequeno. Se isso aconteceu por burrice de seu empresário entendo que pode acontecer e burro o Blackie não é, ele deve dar um pé na bunda do cara, agora se for por falta de carisma, apesar de eu admirar e muito a postura do Blackie ele tem de por um freio na selvageria ( só um pouco ).

Por André Torres
Fotos: Fernando R. R. Júnior
Abril/2010

 Set List:
1. Intro / Mephisto Waltz
2. On Your Knees / The Real Me
3. L.O.V.E. Machine
4. Crazy
5. Babylon's Burning
6. Wild Child
7. He
llion / I Don't Need No Doctor / Scream Until You Like It
8. Arena Of Pleasure
9. Chainsaw Charlie (Murders in the New Morgue)
10. The Idol
11. I Wanna Be Somebody
Bis:
12. Heaven's Hung in Black
13.
Blind In Texas 

Galeria de Fotos do W.A.S.P.

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