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O show foi marcado para as 22:00 horas, segundo alguns acham que iria ser ainda mais quem não sabe como funciona esses horários que são por volta da meia noite, ou seja, ia rolar até umas 3:30 h da madrugada com certeza. As 22:00 o bar foi aberto mas os fãs faziam fila para esperar entrar e tomar um lugar no pequeno bar que cabe cerca de 350 pessoas para ser chamado de lotado. Lá dentro a banda de Blaze, a saber: Blaze Bayley nos vocais, Nico Bermudez e Jay Walsh nas guitarras, David Bermudez no baixo e Claudio Tirincanti na bateria. E eles estavam se preparando para passar o som e isso era mais de 23:00 horas.
Felizmente eu consegui entrar rápido, pegar a bar vazio e dar um olá para o Blaze e rapidamente que disse que falaria comigo após o show. E não só comigo, mas com os demais fãs que quisessem conversar com ele, pegar autógrafos e fotos, como foi no ano passado em todas as cidades do Brasil, imagino eu. Segundo eu soube em outros shows pelo país ele fez a mesma coisa, atendendo os fãs para tentar descansar no final. Nem imagino o que se passa na cabeça de alguém que já tocou no Iron Maiden para dezenas de milhares de pessoas durante meses e acabar tocando para poucas centenas aqui e ali pelo mundo afora. Não sei se ele se desanima muito, aceita sua condição atual ou se mantém forte devido a sua repudia por gravadoras grandes que ele afirma que roubam os artistas, coisa que ele enfatiza em seu discurso no shows.
Seventh Seal
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É um quinteto que tem um vocalista com voz potente. Você olha para ele de perto e é baixo e magro com um cabelo liso comprido, mas não longo ( na altura do pescoço ) caído sob um parte do rosto e não dá muita bola para o que o rapaz pode fazer em cima do palco. O som ficou um pouco embolado e lembrei-me da abertura do Seventh Seal para o Circle II Circle em 2008 onde os músicos falavam entre si no microfone sobre algo da banda e que era para a platéia ouvir, mas o som estava abafado e baixo e imaginei o que iria acontecer de ruim com a banda quando vi uma certa demora no palco para a continuação do show deles e eis que a corda mais fina da guitarra do guitarrista Tiago Claro se quebra e ele não tinha nem uma corda para trocar e nem outra guitarra. Daí eles levaram o resto do show com uma guitarra e Tiago fazendo backing vocais num outro microfone agitando a cabeleira e brincando de air guitar. Depois do final do show perguntei para ele que guitarrista era esse que não tinha corda de reserva e ele disse que até tinha a corda mas iria demorar para trocar e preferiu agir assim para que o show não atrasasse mais ainda. Legal se ele pensa assim. Ponto para o cara!
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Blaze Bayley
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Blaze saudou o pessoal logo nessas três músicas e mandou mais do seu som. Logo vieram “Waiting for My Life To Begin”, “City Of Bones” e “Voices From The Past” e ao final dela, Blaze começou a discursar sobre a banda repetindo de novo o falatório do ano passado sobre suas ideias, os fãs, falta de grana para gravar o cd e falou contra as gravadoras grandes como Sony, Warner e BMG. A música Surrounded By Sadness foi o primeiro momento alto do show, em que Blaze a cantava com emoção - e sua voz estava melhor do que nunca - e cumprimentava todos a beira do palco, coisa que se repetiu mais vezes durante o show. Os guitarristas Jay Walsh e Nicolas Bermudez e o baixista colombiano David Bermudez, irmão deste último guitarrista, agitavam bem, mas David se sobressaía e tinha uma presença de palco forte.
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O show seguiu com “The Trace Of Things That Have No Words”, “Letting Go Of The World 10” e “Confortable In Darkness”, sendo bem interpretadas e alterando o clima do pessoal que ora agitava mais, ora agitava menos. Daí veio um som esperado ou nem tanto assim para os desavisados do salão, a música Futureal cover do Iron Maiden da época em que Blaze fez parte da banda. Foi daí que a primeira roda do show se abriu, coisa que era de certa forma previsível por causa de um cidadão que já vi em outros shows que começou a agitar ali no meio nas outras vezes. Pois bem, cerca de 20 pessoas estavam ali se acotovelando e pulando um contra o outro durante a execução da música que parecia um Thrash Metal avassalador daqueles das bandas da Bay Area ( lê-se Exodus, Forbidden, Testament, etc ).
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O público sabia que teria que vir mais Iron Maiden por aí e depois seria só alegria e bate papo com a banda e a dobradinha que encerrou o show foi com Sign Of The Cross e Man On The Edge. A primeira música não tinha sido apresentada nessa parte da turnê e Blaze resolveu registrar toda a agitação frenética do público filmando eles de cima do palco. Alegre, feliz, contente e ciente de que vale a pena seguir em frente, ele encerra o show com a supracitada que foi single e vídeo-clipe do primeiro trabalho dele no Iron Maiden, o X-Factor.
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Bom, terminado o show, a turma sai do palco, dá um tempo no camarim e logo os músicos vão descendo, sendo os guitarristas e o baixista, que vão tirando fotos com a plateia e dando autógrafos e logo chega Blaze para fazer o mesmo e conversar mais com os fãs do que eles conversavam com os demais, afinal ele era a estrela. O baterista que se manteve afastado recolhendo seus pertences de palco e até perguntei para ele sorrindo “Não tem roadie pra te ajudar?” e ele riu dizendo que não e ele tinha que fazer quase tudo sozinho, mas alguém o ajudaria. É, banda independente tem isso.
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Tiago pensou que não iria ter seu autógrafo, afinal, ele ficou cuidando dos preparativos para sua banda e saiu do camarim, mas depois que Blaze se trocou e estava renovado chamou-o para uma foto e lá vai o Tiago super-feliz tirar foto com o Messiah. Ambos se cumprimentaram, Tiago ficou feliz e foi embora assim como eu. Blaze foi simpático como sempre, e atencioso e fica o registro aqui do que aconteceu, do que vi e o que achei necessário falar. Os fãs e companheiros de música torcem para que Blaze sempre continue assim e consiga um sucesso maior do que ele tem agora e ele merece! SUCESSO BLAZE!
Por Hamilton Tadeu
Fotos: Marcos Cesar Almeida
Fevereiro/2011
Set List Blaze Bayley 1 - Blackmailer
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