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Lethal Fear
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Em Last Crusade o vocalista Rodrigo fala para os fãs comprarem o material da banda, para que assim seja viabilizado o prosseguimento nas gravações do novo trabalho Y2Black?, afinal, em tempos de mp3 e downloads, os estúdios de gravação cobram normalmente o seu trabalho. Finalizam o show com a nova Burnning Wings, um Heavy Metal com uma grande ênfase na bateria e com as guitarras mostrando ótimos solos. Foram pouco mais de 30 minutos para o Lethal Fear dar o seu recado e mostrar que a banda continua muito bem sua proposta de Heavy Metal.
Circle II Circle
Depois do 70.000 Tons Of Heavy Metal Cruise, o Circle II Circle aportou no Brasil para a tour de divulgação do seu mais novo cd Consequence Of Power ( lançado em 2010 ) e por volta das 00:15 Zak Stevens nos vocais, Paul "Mitch" Stewart no baixo, Rollie Feldmann na guitarra e Jhonny Osborne na bateria, sendo que o último foi o primeiro a entrar no palco, e detalhe ele tirou suas meias para tocar sua bateria. A longa introdução trouxe os outros três músicos que abriram o show com Consequence Of Power e deu para ver como Zak Stevens interpreta com o coração a música, pena que o som estava novamente prejudicado, além da voz não aparecer, a guitarra não tinha nitidez, e o som dela se embolou bastante, enfim, a equalização estava realmente ruim, assim como no show do Lethal Fear, ainda bem que muitos dos fãs presentes nem deram muita bola para isso e curtiram bastante a música, entretanto outros como nós do Rock On Stage reparamos e chamamos a atenção para que não aconteça esse tipo de problema novamente.
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Depois Symptoms Of Fate - outra do novo trabalho - fez a galera balançar com seu ritmo mais Power Metal e era muito interessante olhar o tanto de caretas que Zak Stevens fazia durante a música. Antes de iniciar a terceira, ele pergunta: "Como vocês estão nesta noite.... Du Caralho?", completou dizendo também "que voltaria aos bons tempos e que está iniciando a tour em na cidade de Campinas...", em seguida brincou com os técnicos que estavam mexendo na bateria, e ao provocar a galera recebeu um "du caralho...." repetido por diversas vezes e aumentando o clima de diversão do show. Ainda bem que após as duas primeiras o som melhorou um pouco e quando Take Back Yesterday foi apresentada o engenheiro de som da casa havia dado um grau maior ao microfone de Zak, mas alguém aí acha estes problemas diminuíram a empolgação do vocalista? Muito pelo contrário, ele se mexia por todos os lados, cantava com muita emoção, tomava cervejas recebidas dos fãs e outras que estavam no palco, enfim, realizou um ótimo show. Quem também se destacou foi o baixista Mitch Stewart que fazia os backings vocals com muita exatidão.
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Aliás, quando Edge Of Thors foi apresentada é que o show pegou fogo mesmo, pois o cover do Savatage foi muito bem tocado pelo guitarrista Rollie Feldmann e pelo baixista Mitch Stewart e naturalmente que a reação do público foi cantar todos os versos com Zak Stevens, que além de muito contente, era uma sucessão de várias caretas. Retornando ao disco novo, o Circle II Circle tocou Out Of Nowhere, que trouxe uma bela dose de peso e energia. Do Delusions Of Grandeur ( de 2008 ) eles tocaram a pesada Soul Breaker, que foi seguida por mais um cover do Savatage com Tauting Cobras, essa após um pequeno discurso de Zak enquanto bebeu uma cerveja, e fez os fãs cantarem intensamente cada verso, só nos grandes agudos alcançados pelo vocalista que não dava mesmo para acompanhar.
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O quarteto aproveitou mesmo a tour para divulgar o disco novo, pois o set foi praticamente uma do álbum Consequence Of Power e um grande clássico do Savatage, o que diga-se de passagem foi muito bom e ajudou deixar a passagem do Circle II Circle no Brasil mais marcante ainda, agradando aos novos e antigos fãs das duas bandas. Assim, Anathema com seu ritmo cadenciado e seus longos solos de guitarra conservaram o pique do show lá em cima. Depois, mais uma nova, Episodes Of Mania que é mais pesada e exibe as linhas mais progressivas da banda. Fechando a série de músicas gravadas pelo Circle II Circle, a semi balada Watching In Silence, título do primeiro álbum da banda teve suas partes no piano feitas em samplers que não enfraqueceram a sua beleza, muito pelo contrário, a tornaram um grande momento do show com a vocalização emocionada de Zak que conseguiu facilmente os aplausos e o coro dos presentes. E além de mostrar muita potência com seus vocais, ele sempre apertava as mãos dos fãs em sua excelente atuação e carisma.
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Mas o melhor ainda estava por vir, pois Zak Stevens avisou que traria surpresas especiais no set para o Brasil e tivemos quatro músicas do Savatage na sequencia, sendo a primeira a ótima Conversation Piece - com sua pegada marcante de guitarra e bateria, depois He Carves His Stone - que Zak colocou sua voz nos mais altos níveis que conseguiu expressar no Sebastian Bar, isso sem contar o solo de muita competência de Rollie Feldman; fechando a trinca do excelente álbum Edge Of Thorns tivemos o Heavy Metal rápido de Lights Out. A última do Savatage foi Anymore ( de 1996 do cd Wake Of Magellan ) novamente com os samplers do piano e com Zak trazendo muita energia a cada verso pronunciado, e a vibração que se seguiu trouxe uma felicidade muito grande a todos, que agitaram bastante com o empolgado vocalista em melodias maravilhosas. Resultado: fãs extasiados que sacudiram seus pescoços com muita intensidade e um contentamento imenso por terem assistido o show do Circle II Circle, devidamente estendido com a tradicional distribuição de palhetas e baquetas para os fãs.
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Antes de partir, deu tempo para agradecer cada um dos quatro músicos pelo grande show que marcou o início de nossa temporada em 2011, e quero comentar que eles autografaram e tiraram fotos com os fãs que ficaram mais um pouco no Sebastian Bar. Fica a prova que mesmo no interior podemos ter shows internacionais de qualidade como o Circle II Circle, pois a casa teve um ótimo público e teve as adequações necessárias para um show internacional. Mas, um detalhe deve ser mencionado: não adianta os músicos no show darem o máximo de si se o som não estiver nítido, a banda tocou muito bem, porém, houve incompetência de quem estava no comando dos canais dos músicos, bandas como o Circle II Circle merecem maior cuidado no que diz respeito a isso. Esperamos que esse detalhe não seja difícil para ser melhorado e que em breve possamos novamente assistir o Circle II Circle em Campinas, que praticamente nos revelou seu segredo: eles mantém um olho no futuro - nos brindando com ótimos álbuns, como por exemplo, o atual Consequence Of Power - e outro no passado com os grandiosos covers do Savatage.
Por Fernando R. R. Júnior e André Torres
Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Gustavo Garcia da Overload Records - www.overloadrecords.com.br
pela atenção e credenciamento
Fevereiro/2011
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