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Gente com bandana na cabeça, fumando charuto, com dread locks, com bigodinhos característicos, bonés e andando em grupos grandes ou pequenos mostravam que ali a coisa ia ficar agitada e ao adentrar no Credicard Hall notei que era muita gente, mas muita gente mesmo e até gente famosa como a super-modelo Isabeli Fontana e o Badauí, vocalista do CPM22, para quem conhece eles pela TV, já que estão expostos na grande mídia. Isabeli entrou com uma morena de cabelo preso cheia de tatuagem e pensei ser a Penélope Nova, filha do Marcelo Nova, ex-Camisa de Vênus, mas tirando esses “famosos”, não vi mais nenhum por lá e nenhuma confusão, afinal se rolasse alguma “treta” o clima ia esquentar feio.
Pelo menos todos estavam ali em paz, apesar de muita gente fumando isso ou aquilo. Os seguranças esqueceram da lei anti-fumo por cerca de três horas, que foi o tempo total das duas apresentações contando com o intervalo de cerca de 25 minutos entre as duas bandas. Ainda teve uma terceira banda, de abertura, que pelo jeito deve ter tocado bem mais cedo já que o show foi marcado para começar as 21:30, mas atrasou cerca de 35 minutos.
Cypress Hill
Filas grandes em todos guichês para bebidas ou comidas fazia o hall ficar sempre cheio. Qual das bandas entraria primeira, afinal ambas tem sua devida importância e alguém comentou que a primeira a se apresentar seria o Deftones, que pelo que vi depois era a que o pessoal queria ver mais, mas o Cypress Hill entrou primeiro e para mim parece que eles andaram rápido com o show, sem muito papo e tocando música atrás de música. Claro que B-Real falou com o pessoal, fumou um baseado que lhe jogaram e agitou bem de perto com o pessoal. Não só ele mas o outro MC, Sean Dog, os frontmen do grupo. O percussionista Eric Bobo mandava bem ali e nada de batidas eletrônicas no lugar dó músico e sim um cara só para fazer isso. A princípio, como em quase todos os shows o som ficou prejudicado no começo, mas mais para o percussionista, mas na terceira música em diante o som estava perfeito.
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Conheci o Cypress Hill há bem mais de 15 anos, mas me lembro da música Insane The Brain que na minha opinião é a mais famosa dele, para um leigo na banda como eu. Lembro dessa música especialmente por causa de um episódio dos Simpsons em que o desenho parodiou o festival Lollapalooza que além do Cypress tinha Sonic Youth, Peter Frampton e claro... Homer Simpson. No desenho animado uma orquestra com quatro músicos chega e alguém da produção pergunta “quem pediu uma orquestra?” e olhando para alguns músicos o ajudante de produção fala “Foi você?” e eles respondem não acenando com a cabeça até que ele fala “Foram vocês, Cypress Hill?”, e nisso os músicos cochicham e perguntam “Vocês sabem tocar ‘Louco da cachola’?” e daí eles tentam acompanhar o ritmo dessa música que foi uma das primeiras do repertório da noite do Cypress Hill.
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Confesso mesmo que conheço pouco da banda, mas agitação de todos ali demonstrava o quanto a banda era querida e esperada. Apresentaram um remix de Insane In The Membrane que foi remixada com Jump, do grupo House Of Pain. Nomes parecidos, mas efeitos idênticos na plateia. Com meu inglês parco, entendia algumas coisas que eles falavam com a plateia, mastodos ali, inclusive eu, sentiram uma conexão maior com eles quando falaram em espanhol e isso era notado nos olhos das pessoas e na reação de todos. Sucessos do grupo como “How I Could Just Kill A Man”, “I Wanna Get High”, “Rock Superstar” e o novo hit “Rise Up”, do cd homônimo lançado no ano passado fizeram a plateia vibrar até as 23:15h quando o show deles se encerrou. Claro que muitos queriam mais e muitos como eu queria que o show tivesse começado mais cedo para pegar condução de volta para casa. Uma parada de 25 minutos seria feita para a entrada do Deftones e de volta a galera vai para o hall de entrada e os que estavam ali fora esperando apenas o Deftones, adentraram o salão do Credicard Hall e pelo que se notou uma boa parte do público foi embora após o show do Cypress Hill, bem mais de 500 pessoas dos mais de 3.000 que ali estavam.
Deftones
O Deftones, em sua quarta passagem pelo Brasil, entra por volta das 23:40hs apresentando um show semelhante ao de 2009 com a diferença que desta vez entraram canções do último álbum da banda lançado no ano passado, Diamond Eyes. O vocalista Chino Moreno, comandava e emocionava os fãs que cantavam e pulavam com o peso da banda. Sim, ele emocionava mesmo, pois havia algumas garotas que choravam sem parar a medida que o show avançava, fora gritos intermináveis das que ficaram na grade. Deftones é uma banda que também não me agrada tanto, mas o que se via ali parecia algo incomum, que faziam fãs mais se parecerem como seguidores e adoradores deles. Muitas gente se esticou na grade para tentar encostar nele e olha que ele chegava tão perto da plateia que achei que seria puxado num momento qualquer.
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Chino sabe agitar, andando pelo palco, subindo em caixas de som e fazendo grunhidos com sua voz ou coisas do gênero. Ah, ele cumprimentou todos ou quase todos que estavam ali apertados junto a grade de proteção e também reclamou um pouco do retorno de som e até brincou com um sutiã que lhe jogaram no palco. Chino também agradeceu a alguns fãs pela homenagem feita por ao baixista Chi Cheng, que se recupera de um acidente de carro. Como desconheço a história e a carreira do Deftones achei que o baixista que se apresentou ali era da banda, pois o cara agitava muito com seu agasalho com capuz que deve ter feito ele perder uns dois quilos no show. Aliás, quando vi o baixista me lembrei da turma do Living Color, que é mais comportada no palco do que esse baixista que era agitadíssimo.
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