The Cult
Sábado, dia 14 de maio no HSBC Brasil em São Paulo/SP

    Dia 14 de maio ficará marcado em minha memória como o dia em que virei fã da banda The Cult, formada por: Ian Astbury vocais, Billy Duffy e Mike Dimkich nas guitarras, Chris Wyse no baixo e John Tempesta na bateria. Fui ao show sem altas expectativas, afinal só conhecia alguns dos seus hits de sucesso, mas felizmente fui surpreendida por uma banda forte, impecável e um público a sua altura. Logo na primeira música o público já mostrou ao que veio, dos mais velhos aos adolescentes todos cantavam junto com a banda.

    As três primeiras músicas foram "Everyman And Woman Is A Star", "Rain" e "Electric Ocean" que funcionaram quase como um aquecimento para a Sweet Soul Sister, que realmente levantou toda a galera. Para acalmar os ânimos White e Saints Are Down, deixaram o público ( pelo menos a minha volta ) mais tranquilo junto com alguns que ainda cantavam e levantam os braços ao ritmo lento das músicas. Não conhecia a música The Phoenix ( tudo bem que não conhecia 70% do set list ), mas foi apaixonante, belos solos ( bem curtos ) de guitarra, baixo e bateria, sacudiu todos que estavam parados. Já em Lil' Devil, já não sabia se cantava, pulava ou dançava e muito provavelmente essa era a reação de muitos a minha volta.

    Houve uma pausa para um vídeo cheio de subjetividade com imagens do deserto, fogo, flores, luzes e efeitos de câmera, que eu particularmente... Adorei!!! No fim começou uma animação bem lenta com apenas a tela de fundo preta e flores, eles voltaram ao palco para tocar Embers, enquanto o telão continuava passando a mesma animação ( um detalhe: já que investiram em uma animação, poderiam ter feito sem aquele loop infernal, uma animação que tivesse começo, meio e fim junto com a música teria sido melhor, a meu ver ). Depois disso começa uma crescente empolgação com a execução das músicas "Spiritwalker", "Rise" ( essa é a música que me motivou a ir ao show! ), o peso dos riffs, a voz poderosa de Ian Astbury, enfim, não tem como descrever a sensação de ver ao vivo uma música que eu gosto tanto.

    Voltando a resenha "Dirty Little Rockstar", "Wild Flower", "She Sells Sanctuary", aumentaram a animação da multidão que lotou o HSBC Brasil, não houve folga nem para o povo, muito menos para os músicos que se empolgaram com a resposta dos fãs, interagiam, brincavam e tocavam muito. Dei uma olhada no set list do The Cult e constatei o que senti no show: eles refizeram muita coisa ao vivo, tiraram músicas, alteraram a ordem, mas, o mais importante é que todas foram muito bem tocadas. Hora do parabéns para o senhor Ian Astbury, que estava fazendo aniversário naquele mesmo dia, com a animação do guitarrista Billy Duffy puxando o coral de vozes, Ian fazia uma gracinhas para o público e aproveita para emendar a ótima Love Removal Machine, com o belíssimo solo do guitarrista, que a propósito esteve impecável durante toda a noite.

    Nova pausa e eu penso pode ficar melhor do que isso? Sim. Com a Fire Woman tive a impressão que eles iriam descer do teto barras para pole dance devido a tantas mulheres remexendo ao som dessa música. Mas a grande surpresa ficou mesmo para o fim, quando ouvimos os primeiros acordes da Break On Through ( To The Other Side ) - e  pensei será que vão tocar essa música? Tocaram e não me desapontaram, pois toda a casa veio a baixo com a música, somada a voz possante de Ian Astbury combinada com as guitarras mais pesadas de Billy e Mike Dimkich, fizeram do cover do The Doors a grande sensação da noite.

    Bom terminado o show, com uma vontade de que durasse pelo menos mais uma hora, fui embora com um enorme sorriso, surpresa com a qualidade dos músicos e a certeza de que o The Cult conseguiu mais uma fã de carteirinha. Quero ressaltar alguns pontos: a acústica, espaço e organização do HSBC Brasil me chamaram a atenção; também a empolgação e descontração da banda e da plateia em um show direto sem muito falatório e firulas; além é claro do visual de Ian Astbury, que gerou todo o tipo de comentários e que eu achei muito louco ( lembrando muito o visual de Jim Morrinson na época do álbum L.A. Woman ).

Por Lillith
Fotos: Lauro Capellari - Rock On Line
Maio/2011

    Nota da Edição: Vale lembrar que esta resenha foi trazida até vocês pela amiga aí do lado que ganhou a promoção realizada pelo Rock On Stage e o HSBC Brasil e quis compartilhar com todos nós suas emoções e sensações da apresentação do The Cult em São Paulo/SP.

Set List:
1. Everyman And Woman Is A Star
2. Rain
3. Electric Ocean
4. Sweet Soul Sister
5. White
6. Saints Are Down
7. The Phoenix
8. Lil' Devil
9. Embers
10.Spiritwalker
11. Rise
12. Dirty Little Rockstar
13.Wild Flower
14.She Sells Sanctuary
15.Love Removal Machine

Bis:
16.Fire Woman
17.Break On Through (Cover do The Doors)

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