Torture Squad em Santos/SP
Abertura: Al Qaeda, Groove Death e Hugin Munin
Sábado, dia 11 de junho de 2011 no Coliseu do Rock em Santos/SP

    A turnê AEquibrium da banda paulistana Torture Squad finalmente chega a Santos/SP e para recebê-la nada melhor que estar no Coliseu do Rock. Mesmo sendo uma banda que já esteve presente em renomados festivais como o Wacken Open Air na Alemanha, o Torture Squad, atualmente formado por Vitor Rodrigues nos vocais, Amilcar Christófaro na bateria, André Evaristo na guitarra e Castor no baixo, não perde sua veia underground e se apresenta por todos os cantos do Brasil sem preconceitos, mostrando sua fúria musical que mistura Death com Thrash Metal com muito humildade. 

Al Qaeda

    E entre amigos, durante algumas partidas de SNK versus Capcom, entra a banda de Death Metal Al Qaeda formada por Rodrigo nos vocais, Elias na guitarra, Luís na bateria e Victor Pimentel no baixo, e o quarteto mostrou logo de cara muita força nos vocais e muita empolgação dos músicos mesmo tocarando para um público ainda pequeno, mas com muita animação, destaque para as músicas A Força Do Punhal e Somente O Inferno É A Glória, duas músicas que agitaram muito. Eles apresentaram também os covers do Brujeria com "El Patron", "Revolucion"  e Colas de Rata.  Os dois primeiros agitaram tanto que tiveram de tocar uma música a mais de tanto que o público pediu.

Groove Death

    Já com os primeiros acordes Thrash do Groove Death - banda da cidade mineira de Guaranesia formada por Andre Luis nos vocais e guitarra, Fernando no baixo, João Paulo na guitarra e Márcio Torres na bateria - e para delírio do público, a banda começa com Urban War e Vain Prophecy para ninguém ficar parado, muito entrosados e técnicos, principalmente o baterista Márcio Torres que foi tocou com muita energia e garra, em um set list que incluiu além de musicas próprias, covers do Sepultura que ajudaram a ensaiar as primeiras rodas que seguiriam pelo show do Torture Squad. O melhor de se estar presente nos shows são os comentários, na hora em que eles apresentaram a música Occult Hell, o cara do meu lado grita: "se tem hell é bom!" E nesse caso concordo com ele.

Hugin Munin

    A terceira banda Hugin Munin, que atualmente está gravando o cd Ten Thousand Spears For Ten Thousand Gods é formada por Surt ( vocais ), Thorgrim e Hjalmar ( guitarras ), Sigurd ( baixo ) e Modi ( bateria ) e mesmo assim vieram prestigiar esta bela noite Metal, além de trazer alguns de seus fieis seguidores, fizeram a grande maioria do público agitar suas cabeças durante todo o show com "Thor In Jotunheim", "Heroes Rise", "Viking Brothers", "Kill Me If You Can" e na execução de Ten Thousand Spears For Ten Thousand Gods  ( título do próximo cd que será lançado em agosto ), já mostra que o próximo álbum da banda é muito promissor.

Torture Squad     As três bandas fizeram um ótimo aquecimento, mas o mais esperado começa, quando o Rodrigo do Coliseu do Rock, chama a todos para ver a banda principal, corro para conseguir um lugar na frente da banda, a intro do cd começa e os primeiros acordes também, com uma qualidade tão grande que penso estar ouvindo o cd e não eles ao vivo.     Logo nas primeiras músicas Generation Dead e Raise Your Horns, a energia e a presença de palco de Vitor Rodrigues levantaram a galera e fizeram todos cantar junto, mas foi na Living For The Kill do álbum Hellbound ( leia resenha ) que eu senti nas costas toda a fúria da roda que fizeram atrás de mim, mas isso não é nada comparado com ouvir o solo de guitarra na Holiday In Abu Ghraib e com o pessoal agitando ao som de Horror And Torture.

    Nas músicas Mad Illusions, a nova Storms e Black Sun já estava com dores no pescoço de tanto que me empolguei, e olha que isso nunca aconteceu em nenhum show antes. Depois de alguns mosh e pernas para o ar, vem uma pausa para agradecimentos a casa, ao público, o vocalista Vitor nos apresenta o novo guitarrista da banda André que foi aprovadíssimo pelo público presente, durante todo o show, todos os integrantes da banda interagiam de alguma forma com o público, mostrando uma simpatia única. A parada também serve para o pessoal retomar o fôlego, porque daí em diante foi só loucura com as músicas "Pandemonium", "Chaos Corporation" ( aliás, minha música favorita, eu gritei tanto ate não ter mais garganta, que música maravilhosa...) e Convusion. Para finalizar o clássico Unholy Spell fechou com chave de ouro esta noite matadora.

  Seria chover no molhado falar que o som estava ótimo? Que a qualidade dos músicos é inquestionável? Que o show foi perfeito? Que foi porrada do inicio ao fim? Só me resta dizer que mais uma vez o Coliseu do Rock abriu suas portas para receber o melhor do Metal Nacional e as bandas que tocaram mostraram que não importa o tamanho da plateia e sim a união e o barulho que elas são capazes de fazer, também não posso esquecer a galera de Minas e do interior de São Paulo que vieram acompanhar o GrooveDeath, mas que curtiram da primeira a ultima banda.

Texto e fotos por Erikalk
Junho/2011

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